Quando nos relacionamos com os outros, levamos em consideração os fatos? Ou simplesmente julgamos através do nosso juízo de valor?
Em contextos digitais, remotos onde estamos distantes uns dos outros, novos canais de comunicação entraram em cena. As reuniões on-line, mensagens pelo celular são cada vez mais frequentes, o que dá agilidade para o negócio. Mas fica aqui uma reflexão: como anda nossa comunicação e empatia?
Precisamos acima de qualquer coisa, compreender que estamos vivendo algo completamente novo para todos. Com isso, nossas emoções ficam a flor da pele. É uma adaptação constante, dias que se misturam cada vez mais atividades de casa com as profissionais. Dias que parecem bons, outros nem tanto. Está tudo bem não elevarmos nosso crítico. Mas quando nos relacionamos com os outros, levamos em consideração estes fatos? Ou simplesmente julgamos através do nosso juízo de valor?
No exercício da liderança é fundamental ter este cuidado na construção de um time. A forma de fazer negócios muda a cada semana. Somos chamados a nos reinventar, inovação e sair da zona de conforto. Isso é sensacional! Porque levamos o potencial das pessoas nos seus talentos e cocriamos juntos. Assim aceleramos nossa proposta de valor e propósito, com soluções efetivamente interessantes.
Mas chamo atenção para não colocarmos foco apenas em resultados. Não interpretemos as pessoas através do nosso juízo de valor, sem olhar a real necessidade por trás dos comportamentos. Empatia é um oxigênio que conecta as perguntas nas relações. É gerar a confiança de forma amorosa. Não falo aqui de vitimismo. Nem das pessoas não assumirem a responsabilidade pelos seus erros. Ou fazer tudo o que o outro quer.
Falo de construção, de juízo real, dos fatos e não dos achismos que temos muitas vezes. Isso pode demonstrar uma unilateralidade na nossa fala.
Ser líder é ter a humildade para ensinar. Mas acima de tudo de aprender com o outro. De não nos acharmos um super-herói sabe tudo e tirar espaço da colaboração.
Precisamos ser autênticos como líder. Internalizar que vamos errar. E mais ainda que vamos nos fortalecer através da troca com o time. Seja por nossas soluções, pelos resultados, num feedback ou na troca de boas práticas para lidar com este novo momento.
Mais importante do “o que” com o outro, precisamos pensar no “como” as pessoas se sentem na interrelação.
Do que adianta dizer que confia e exerce controle? Por que dizer que valoriza feedback, sendo que coloca foco só em entregáveis e não nas expectativas das pessoas de fato?
É um constante aprendizado, mas que possamos nestes tempos cuidar das nossas pessoas e de nós mesmos, nesta rede colaborativa.
Por mais diálogos e menos juízo de valor.
Aline Gomes
http://www.mdifferent.com.br/
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