A Humanidade está (de fato) em busca de Sentido?!
Dando continuidade ao artigo publicado anteriormente, hoje vamos à parte III. Caso você não tenha lido as partes anteriores, então acesse: A Humanidade está (de fato) em busca de Sentido?! (parte I) e A Humanidade está (de fato) em busca de Sentido?! (parte II)
“Se quero me tornar o que eu posso, então preciso fazer o que eu devo. Se quero me tornar eu mesmo, então preciso realizar tarefas e exigências concretas e pessoais. E se o homem quer chegar ao seu si mesmo, então o caminho passa pelo mundo”. (Viktor Frankl)
Em 1921, (entre 15/16 anos) Viktor Frankl ministra a sua primeira palestra intitulada: “Sobre o Sentido da Vida”. Nessa época interessou-se também pela hipnose. Nessa fase já era capaz de hipnotizar. Posteriormente chegou a utilizar essa técnica em uma situação de emergência para ajudar a operar uma paciente sem anestesia quando trabalhou no Hospital Rothschild.
Tornou-se engajado com a juventude socialista da Áustria. A revolução russa era uma novidade, o socialismo trazia consigo a promessa de um mundo mais igual e reunia jovens em todo o mundo. Viktor apresenta discordâncias com essa visão de mundo e acaba por abandonar esses ideais.
Viktor nunca apresentou a Logoterapia como sendo uma teoria perfeita e pronta, mas como uma plataforma aberta que poderia receber contribuições tanto de outras teorias como de outros logoterapeutas que viriam a contribuir no futuro.
Essa postura de humildade intelectual de Viktor serve para muitos intelectuais que acreditam ser os detentores do conhecimento supremo, menosprezando outros saberes e a contribuição de outras pessoas. Mais humildes = mais sabedoria.
Em 1924, aos 19 anos, Viktor começa a estudar Medicina. No mesmo ano, o seu ensaio sobre “Os movimentos mímicos da afirmação e negação” é publicado no International Journal of Psychoanalysis (IJP), por indicação do próprio Freud. Em 1925, o seu artigo “Psicoterapia e Cosmovisão” é publicado também no IJP, de Adler. Viktor está envolvido com a Psicologia Individual e se esforça para explorar a fronteira entre a Filosofia e a Psicoterapia, focado na questão dos sentidos e dos valores.
“O homem revela-se como um ser em busca de um sentido. O esvaziamento dessa busca explicita muitos males de nosso tempo. Como pode então um psicoterapeuta se recusar a priori a ignorar os gritos existentes por um sentido para a vida e defrontar-se com as neuroses de massa dos dias atuais?” (Viktor Frankl)
Infelizmente os jovens não têm espaço para falar o que pensam, sonham, as suas fraquezas, os seus limites, os seus talentos, etc. O Ensino nas Escolas e Universidades não propiciam estes espaços. O diálogo através dos Meios Virtuais, dificulta o autoconhecimento.
Muitos jovens já se encontram com quadros de depressão, ansiedade, uso de medicação, álcool, drogas, etc. Eles precisam buscar o sentido da vida no dia a dia, superando os desafios e refazendo assim o seu caminho com mais disciplina e determinação. Uma nova proposta pedagógica deve existir a partir da Logoterapia.
“Com as vivências infelizes (ou improdutivas) não só nos enriquecemos, mas também nos tornamos mais profundos e, na maioria das vezes, chegamos até a crescer nelas e nelas amadurecer”. (Viktor Frankl)
Até o próximo encontro!
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Elizabeth Kassis
Coluna Tudo Azul
Referências: Wikipédia, Página Oficial: www.univie.ac.at/logotherapy/ , Viktor E, Frankl (1984), Alberto Nery.
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