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Longevidade Feminina: Viver Mais Significa Viver Melhor?
Biologicamente, as mulheres são moldadas para serem resistentes. Não digo isso com aspecto sexista, mas sim em um aspecto biológico. Nós, mulheres, somos construídas biologicamente para resistirmos a dores como a de um parto, por exemplo, de maneira que somos capazes a compartilharmos nossa “carne” por um novo ser. Isso não se trata de superioridade, ou tampouco de uma vantagem em comparação aos homens; somente fomos feitas assim. E está tudo bem!
Além disso, por algum motivo que não cabe a mim justificar, a expectativa de vida de uma mulher é superior à de um homem. Segundo alguns estudos, um deles publicado pela BBC, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou um dado interessante. Em 2019, a média da expectativa de vida ao nascer da população mundial era de 74 anos para mulheres e 69 anos para homens. No Brasil, no mesmo ano, essa expectativa era ainda maior. A previsão de vida média ao nascer era de 80 anos para as mulheres e 73 anos para os homens.
De acordo com as previsões do IBGE o ano seguinte, que já se faz passado (na época 2020), fundamentadas nas informações do Censo era que 0,12% da população consistia em homens com 90 anos ou mais, enquanto para as mulheres nessa mesma faixa etária, o percentual era de 0,24%.
Estou falando de dados mencionados há anos. Por isso, consideremos que possa ter ocorrido alguma atualização, porém, dificilmente para menos: continuamos sendo um pouco mais resistentes às mazelas de saúde contemporâneas. Todavia, trago uma reflexão: viver mais significa viver melhor?
Uma nova pesquisa investigou as principais disparidades de saúde entre homens e mulheres, analisando as 20 causas mais relevantes de doenças e mortalidade nos últimos 30 anos.
Um estudo publicado em maio de 2025 na revista científica The Lancet Public Health revelou outro dado bastante interessante.
Apesar da maior expectativa de vida das mulheres, elas enfrentam um estado de saúde mais precário do que os homens ao longo de suas vidas. De acordo com a pesquisa, condições não letais, como distúrbios musculoesqueléticos, problemas de saúde mental e enxaquecas, afetam mais as mulheres.
Em contraste, doenças que podem resultar morte prematura, como Covid-19, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e problemas hepáticos, além de acidentes de trânsito, impactam mais os homens.
Os cientistas destacam que essas disparidades de saúde entre os gêneros tendem a aumentar com o avanço da idade. Embora as mulheres vivam mais, elas também enfrentam uma maior incidência de doenças e incapacidades ao longo da vida.
No estudo, os autores fazem uma distinção entre “gênero” e “sexo”. O primeiro se refere aos papéis, comportamentos e identidades socialmente construídos, incluindo a identidade de gênero. O segundo termo se relaciona às características biológicas e fisiológicas de homens e mulheres.
Os pesquisadores acreditam que essa análise funcionará como um apelo para que os países atualizem as informações sobre sexo e gênero e revisem suas abordagens de saúde com base nessas diferenças.
Não estou considerando ainda algumas situações que nós, mulheres, passamos com relação a nossa saúde que talvez passariam despercebidas em homens. Por exemplo, uma mulher entra na menopausa entre seus 45 e 55 (considerando os avanços da ciência contemporâneos). O que acontece neste período?
Nossos hormônios ficam a mil, problemas como calvície, envelhecimento de pele, sobrepeso, mudanças de humor, alterações estéticas, entre outras mudanças não perceptíveis tão facilmente nos ocorre!
Será que viver mais é sinônimo de viver melhor?
Um estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a McKinsey, uma consultoria estratégica, no início de 2024, intitulado “Superando as Desigualdades na Saúde das Mulheres: Uma Oportunidade de US$ 1 Trilhão para Transformar Vidas e Economias”, divulgado pelo UOL, revela que, na realidade, as mulheres tendem a viver mais tempo com problemas de saúde.
A versão mais atual das Estatísticas Mundiais de Saúde, publicada pela OMS em maio de 2024, revela que, no período de 2019 a 2021, a média de longevidade ao redor do planeta reduziu-se em 1,8 anos, estabelecendo-se em 71,4 anos.
A expectativa de vida saudável ao redor do mundo reduziu em 1,5 anos, atingindo 61,9 anos em 2021, retornando aos índices de 2012. Em informações do IBGE publicadas em novembro de 2024, no Brasil em 2023, a expectativa de vida de um indivíduo era, em média, de 76,4 anos.
Para os homens, essa média era de 73,1 anos, enquanto para as mulheres, atingia 79,7 anos. Comumente vistas como o “sexo mais saudável” devido à sua maior longevidade em comparação aos homens, esta pesquisa desafia essa e outras noções populares acerca da saúde das mulheres ao revelar quatro mitos principais.
Além disso, essas ideias equivocadas podem resultar em efeitos adversos, levando a um investimento insuficiente em pesquisa e dificultando o acesso a tratamentos adequados, ampliando ainda mais a desigualdade na saúde entre os gêneros.
Sou mulher. E mulher na melhor idade. Prezo, todavia, pela melhor forma de vida humana, porém, busco a todo tempo trazer a nós, mulheres, uma melhor qualidade. Viver bem não significa viver mais. Significa viver em uma magnitude, viver intensamente. Viver de forma saudável e ampla.
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Quer saber mais sobre o que fazer para que as mulheres tenham mais longevidade, mas acompanhada de mais qualidade de vida e bem-estar? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Edna Vasselo Goldoni
https://www.institutoivg.com.br
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Pausa necessária
Pensando em devolver à sociedade um pouco do que havia conquistado, criou o projeto “Semeando Pérolas”, uma ação social que realizava em comunidades carentes, hospitais e empresas, empoderando mulheres e valorizando suas histórias. Em pouco tempo, foi convidada pela ONU para representar o Brasil no Congresso Mundial ONU Mulheres.
Nasce o Instituto
Em 2017, nasceu o IVG – Instituto Vasselo Goldoni com o objetivo de trabalhar o protagonismo feminino. Desde então, sua missão tem sido mostrar para as mulheres, o quanto elas são capazes de conquistar tudo o que quiserem.
Com grande força realizadora e muito senso de responsabilidade, segue à frente do IVG, trabalhando pelo empoderamento feminino, desenvolvimento e capacitação de mulheres, através de programas de mentoria, entre outras atividades diversas que ocorrem em paralelo com o mesmo foco: protagonismo feminino | empoderamento feminino | a força da mulher | liderança feminina | carreira de sucesso |
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