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Mães profissionais

Nem sempre a vida das mães é fácil quando se trata de conciliar maternidade e profissão. Há ainda muito preconceito e discriminação já na contratação se a candidata está na idade de engravidar ou é uma mãe recente.

É realidade que as mulheres estão em maior número nas salas de aula, buscando melhorar a qualificação, mas seus salários ainda estão longe de serem equiparados aos dos homens. Há menor número de mulheres em cargos de liderança, no Brasil e no mundo.

Em média, elas ocupam apenas 23% das posições de presidência, vice-presidência e diretoria, conforme o estudo International Business Report 2013, e o IBGE aponta números muito próximos em relação às brasileiras. Há um gargalo a partir de certa idade, entre 30 e 40 anos, que faz com que elas não ascendam profissionalmente, certamente por conta da maternidade.

As mulheres em busca do aumento da empregabilidade estão investindo fortemente na carreira, seja nas empresas, seja empreendendo. Dados da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) mostram que 52% dos novos empreendedores (com menos de três anos e meio de atividade) são mulheres.

A opção pela carreira e a busca por autonomia e independência faz com que as mulheres optem por engravidar mais tarde. Dados divulgados no fim do mês passado pelo Ministério da Saúde indicaram que o percentual de mães de “primeira viagem” na faixa dos 30 anos cresceu de 22,5% em 2000 para 30,2% em 2012. Entre as que têm 12 ou mais anos de estudo, o índice é de 45,1%.

Entretanto, nem sempre a vida das mães é fácil quando se trata de conciliar maternidade e profissão. Ainda há muito preconceito por parte das empresas, havendo, em muitos casos, discriminação já na contratação quando a candidata está na idade de engravidar ou é uma mãe recente.

Não é comum que as empresas desenvolvam políticas de flexibilização para as mães. Benefícios como entrar mais tarde ou sair mais cedo para levar os filhos à escola e poder fazer “home office” alguns dias na semana poderiam representar ganhos para a empresa e até ser fator de retenção.

As mulheres conseguiram conquistar um importante espaço no mercado e não querem perdê-lo. Pequenos ajustes são possíveis e necessários. Caso contrário, pensando no longo prazo, teremos uma população idosa e não conseguiremos repor a força de trabalho.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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