fbpx

Mais que OUVIR

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? O contato virtual nos rouba o real? Nos acostumamos com as estatísticas e ficamos menos atentos para a percepção do indivíduo? É preciso mais que ouvir!

A comunicação é, sem dúvida, um dos grandes entraves no mundo corporativo. A questão que trago hoje nem é tanto a comunicação verbal, o falar, mas, sim, o escutar. Nas últimas semanas venho observando o quanto a paciência e a tolerância com o processo de escuta, importantíssimo para que haja, efetivamente, a troca de informações, parecem estar reduzidas.

Nada me tira da cabeça que os índices de violência do país refletem, de certo modo, a falta de escuta dos governantes e dos gestores sobre as carências, as necessidades e as insatisfações.

As pessoas não se sentem ouvidas, então berram por meio dos atos de violência. Querem atenção, de alguma maneira. Quando a pessoa se sente ignorada, excluída ou marginalizada, fica muito frustrada.

Nas organizações também. Entre as maiores queixas dos profissionais está a falta de reconhecimento, que pode ser entendida como a baixa percepção do outro – é possível incluir nesse pacote a falta de escuta.

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? Será que o contato virtual nos rouba o real? Será que nos acostumamos com as estatísticas e os números e ficamos menos atentos para a percepção do indivíduo?

Lembro que escutar é diferente de ouvir. Se você não tem problemas no aparelho auditivo, você ouve. Mas escutar implica dar atenção ao que o outro está dizendo e compreendê-lo: não só com palavras, mas também com gestos, postura, expressão facial e tom de voz.

A escuta é uma exigência para as relações, mas está em baixa.

Fazer esse exercício implica olhar e observar cuidadosamente seu interlocutor, compreender o que ele diz e os sentimentos envolvidos, sem julgamentos. Fique atento também para a fluidez do discurso e as vacilações, pois todos esses detalhes podem revelar o que as palavras não conseguem dizer.

Quando a pessoa sente que é escutada, dá mais abertura para a mudança de atitudes, pois ela se sente valorizada e, por isso, menos defensiva e mais flexível.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa