No artigo passado, tratamos de um modelo que tenta orientar os passos do Coach ao atender seu cliente em um domínio típico do Coaching de Negócios. Aquele modelo é o sugerido pela WABC – World Association of Business Coaches. No artigo de hoje, vamos mostrar a proposta metodológica da ICF – International Coaching Federation, a qual se apresenta como uma comunidade global que se conecta tendo em vista desafios comuns, quer inspirar as melhores lideranças e motivar o crescimento das pessoas. O ICF está presente no Brasil e promoverá uma Conferência Global, em novembro de 2014.
Na visão do ICF, o Coach deve começar garantindo a plena compreensão dos fundamentos do Coaching pelo cliente. Isso significa ter muito bem explicada a forma como será conduzido o trabalho, as questões éticas a serem respeitadas e, nunca é demais comentar, quais os padrões profissionais a serem atendidos pela dupla. Depois, como segundo passo da metodologia, vem o esforço conjunto de criar uma relação positiva e de confiança entre o Coach e o Coachee. Muitos profissionais ignoram um aspecto fundamental, que é a disponibilidade de dar conforto emocional ao cliente para evitar potenciais rupturas e desgastes. Ou então, esquecem-se de manter um clima de bom humor e simpatia, sem falsas posturas de superioridade (o guru).
O terceiro momento dessa metodologia está na comunicação efetiva, que carrega três linhas de ação que não podem ser separadas. A “Escuta Ativa” exige do Coach a capacidade de se concentrar completamente no que o cliente está dizendo com as palavras e, tão importante quanto, com o corpo. No diálogo, é essencial saber fazer as “Perguntas Poderosas”, que revelam a informação necessária para o objetivo do Coachee. E para completar, vem a “Comunicação Direta”, ou seja, a capacidade de comunicar de forma objetiva durante as sessões de Coaching, usando a linguagem que tem o maior impacto positivo no cliente.
A metodologia do ICF ainda tem outra etapa. Facilitar com que o cliente atinja seus resultados esperados é obrigação de qualquer Coach e isso, apesar de complexo, pode ser alcançado com uma técnica que envolve quatro dimensões. Comece por criar “Conscientização”, que é a capacidade de integrar múltiplas fontes de informação e dar interpretações que ajudam o cliente a alcançar os resultados esperados. Depois vem a capacidade de “Design de Vida”, que significa projetar o trabalho com o espírito da aprendizagem contínua, tanto no processo de Coaching como nas decisões pessoais.
A metodologia ainda não acabou e você precisa dar o bom arremate final para não perder o jogo aos 45’ do segundo tempo. “Planejamento de Metas” envolve um Coach e um Coachee devotados a desenvolver e manter um plano eficaz e realista. Finalizando, resta uma dupla engajada na questão do gerencimento do “Progresso e Responsabilidade”. O processo de Coaching deve ter foco no que é importante para o cliente e, neste caso, o Coach deve ter a postura ativa em cobrar as responsabilidades e compromissos estabelecidos com o cliente desde o início. O Coach é responsável por verificar, controlar e até documentar os progressos do cliente, devendo confrontá-lo caso isso demonstre falhas.
Pois bem, espero que o artigo tenha sido útil e, para quem tiver interesse em ver o documento original (em inglês), clique aqui. Até outra vez!
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