Marca Pessoal: O que aprendi profissionalmente depois dos 50 anos
Quando estava me aproximando dos 50 anos eu era diretor de divisão de uma conhecida empresa internacional. E, apesar de uma situação confortável, o etarismo já existia e isto me preocupava.
Minha preocupação não era apenas com meu cargo, preocupava-me também por estar chegando “na outra metade da vida”. E, segundo alguns diziam naquela época, eu queria buscar a minha felicidade, mesmo que custasse uma redução do padrão financeiro. Eu tinha um excelente salário inversamente proporcional com a minha qualidade de vida.
Fiz um planejamento e elaborei um road map com os passos mais importantes para uma mudança de rumo e com foco na minha carreira profissional. O mapa contemplava desde a família até obstáculos a serem transpostos. O primeiro deles foi me capacitar tecnicamente, o que me fez retornar à faculdade para uma graduação que era necessária para a nova empreitada.
Já se passaram pouco mais de duas décadas dessa fase. Hoje, trabalhando como mentor de profissionais com mais de 50 anos, venho percebendo que nós, os chamados 50+, temos bastante a oferecer ao mercado e as empresas têm muitos benefícios com um mix de profissionais de todas as faixas etárias.
Durante as mentorias, costumo enfatizar (e treinar) algumas características dos mais de 50 anos que são de grande importância às empresas. E, portanto, devemos ter ciência delas e usá-las a nosso favor.
A maioria de nós, profissionais com mais de 50 anos, não demos a devida atenção à nossa marca pessoal, o nosso personal branding, que tanto ajuda para nos tornar conhecidos pelas nossas habilidades. Contudo, nunca esquecendo, que nossa marca pessoal deve ser uma imagem fiel da realidade e não aquilo que gostaríamos que fosse.
Em outras palavras, isso significa que devemos estar muito bem preparados para aquilo que executamos. Que somado com as nossas competências emocionais mostram ao mercado quem realmente somos e o motivo de sermos reconhecidos pelo que fazemos.
Antes de tudo é importante lembrar que uma pessoa em cada quatro tem mais de 50 anos no Brasil, porém em muitas empresas este número não ultrapassa 10% do seu quadro de colaboradores. Talvez a principal razão deste número seja que os profissionais 50+ de um modo geral não se atualizaram tecnologicamente. Ou mesmo não acompanharam as necessidades do mercado.
Como é uma força de trabalho que cresce dia a dia, creio que as empresas deveriam ter programas para fazer a atualização de seu pessoal. Isso porque estes profissionais têm outras muitas vantagens a oferecer aos seus empregadores.
Quando mudei a minha carreira, foi exatamente isso que vislumbrei: poder compartilhar com as pessoas as minhas experiências, mostrar o caminho das pedras que encontramos e, principalmente, auxiliar pessoas nessa empreitada.
Sempre é tempo para mudar e aprimorar, até para nós maiores de 50 anos.
E você, está disposto a partir de agora dar a devida atenção à sua atualização profissional e à sua marca pessoal, o personal branding?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre marca pessoal (personal branding) e como lidar com a vida pessoal e profissional depois dos 50 anos? Então, entre em contato comigo. Com certeza será um prazer te responder.
Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/
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