Você já viu, em um parquinho, uma criança descer pelo escorregador pela primeira vez? Quase sempre, a primeira vez é aterrorizante para a maioria das crianças. Elas relutam em subir pela escada e olham assustadas para o pai ou a mãe, com a seguinte pergunta nos olhos: “Você quer que eu faça o que?”. Os pais sabem que é seguro, mas elas ainda não sabem.
Inicialmente, elas podem precisar de muito apoio e encorajamento só para chegar perto da escada. Algumas sobem até a metade e ficam com medo de descer. Finalmente, depois de verem outras crianças descendo eufóricas pelo escorregador, elas sobem até o topo e deslizam pela primeira vez. A mágica então acontece: O medo é substituído por entusiasmo, alegria.
Após experimentarem o gosto da aventura, elas não querem mais parar. Só querem subir correndo pela escada para descerem de novo. O maior obstáculo é descer pelo escorregador pela primeira vez.
Ralph Waldo Emerson escreveu há um século: “Faça aquilo que teme e a morte do medo é certa”. A frase é passível de discussão, mas a essência do conselho jamais perdeu a força. Se você olhar para a sua vida, provavelmente não terá dificuldade de se lembrar de coisas “que realmente lhe davam medo” e que se tornaram coisas possíveis de realizar, depois que você as experimentou.
Seja pular do trampolim da piscina, andar de montanha russa ou subir no palco para uma palestra. No entanto, apesar de todas essas experiências felizes e bem-sucedidas do passado, nos apegamos aos nossos temores sempre que nos vemos frente aos desafios.
Na minha experiência profissional tenho percebido que este medo também se estende para o potencial criativo. Muitas pessoas têm medo de criar algo novo, de colocar em prática a sua ideia pelo medo de fracassar. Ficam limitadas a exercer sempre os mesmos comportamentos e atitudes pelo receio de ousar.
Ao longo da vida, diferentes forças podem nos aproximar ou nos distanciar do nosso potencial criativo: O elogio de um chefe, o incentivo de amigos e pessoas próximas para experimentarmos uma nova atividade ou um ambiente que acolhe ideias. O que importa, querido leitor, é a crença na sua capacidade de realizar uma mudança positiva e a coragem de agir.
A criatividade, longe de exigir raros dons e habilidades, depende do que você acredita que é capaz de fazer com os talentos e habilidades que já tem. Libere a sua imaginação e permita-se descobrir novas habilidades. Escolha uma atividade ou um momento do seu dia para desenvolver o seu potencial criativo. Use o músculo da criatividade e coloque em ação as suas ideias.
Pode ser que no início você tenha receio de ousar, mas com tempo e a prática você ficará surpreso com a sua capacidade de criar. Afinal, a coragem nada mais é do que o acúmulo de pequenos passos.
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