Por que Você deveria Ter um Mentor ou uma Mentora?
Dizem que quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.
Será que no mentoring profissional também funciona assim? Como saber que você “precisa” de um mentor neste momento de sua vida e carreira ou empreendimento? E mais, que você “está pronto” para ser mentorado?
Tão simples quanto delicado. Por mais que pessoas experientes (e bem intencionadas) lhe aconselhem, só existe uma pessoa que pode saber – e ela mora aí dentro. Se você sente que sim, talvez tenha chegado seu momento. Permita-se a experiência de ouvir e ser ouvido por alguém diferente, que se dispõe exatamente a isso.
Alguém que vai (ou deveria) ter a paciência de acolher seus pensamentos, ideias, aflições e ambições e acompanhar você no decifrar dos novos caminhos. Dos momentos mais simples aos mais desafiadores, seja qual for sua travessia. Uma mudança sempre é uma travessia. E uma travessia sempre é uma mudança.
O foco na escolha do mentor é saber por quais mares ele navegou, que monstros enfrentou e o que fez para se sair bem – e com vida e saúde – na condução da roda do leme (timão) e dos mistérios do desconhecido.
Alguém que pode ser a luz do farol na noite mais escura da sua travessia. E com quem você pode compartilhar impressões de um certo lugar em que só ele já esteve e aonde você também quer aportar.
Basicamente, é isso: estimar a grandeza do desafio que você tem pela frente e se sente que está pronto para enfrentá-lo sozinho. Ou se considera sábia a possibilidade de receber orientação de alguém que já esteve nesse lugar (ou algo parecido) e obteve bons resultados. Ou, no mínimo, uma boa história para contar.
Falamos em “enfrentar sozinho o desafio”, mas isso não significa que estará de fato sozinho o tempo todo. Saber escolher as parcerias e quem vai caminhar/navegar/empreender/lutar ao seu lado é tão importante quanto se fortalecer e se preparar para as mudanças necessárias. E, nesse ponto, um bom mentor pode ajudar.
Não precisa ser uma pessoa famosa, nem duas gerações anteriores à sua. O importante é que tenha um tanto de vivência na seara que pretende explorar (ou se aprofundar). E, veja, nem falamos exatamente em quantidade, mas em qualidade de experiências.
Alguém que deu a volta ao mundo de barco ‘apenas uma vez’ com certeza tem bons e diversos conteúdos pra compartilhar – mais do que quem tem 100 medalhas de ‘volta ao redor da ilha’.
Claro, tudo depende do que é, do que você quer e (sente que) precisa: velocidade para chegar mais rápido ou conhecimento para chegar bem e inteiro? É uma travessia passageira ou uma mudança de vida?
Talvez responder a esta pergunta já lhe dê a dimensão da preparação que precisa realizar – com ou sem mentor. E, dependendo da sua personalidade, você pode querer primeiro desbravar os mistérios por conta própria (mesmo que isso demande mais tempo), para depois buscar a confirmação de estratégia ou orientação de caminho – como for mais confortável para seu entendimento no momento.
Ou você pode ser o perfil de pessoa que prefere, de saída, ouvir alguém com mais experiência, que já gastou saliva, neurônios e sola de sapato para chegar aonde você também quer chegar – economizando etapas, tempo e, em alguns casos, dinheiro também.
Perceba que até agora não falamos do alinhamento do seu cenário pessoal-profissional ao da empresa ou empreendimento em que atua (ou quer atuar). É proposital. Porque mesmo que a mentoria seja proposta e apoiada pela companhia – que, claro, tem interesse em vê-lo na sua melhor versão e potência –, é você quem vai dedicar seu tempo, compartilhar seus planos e receber orientações por algumas semanas ou meses.
É preciso disposição e disponibilidade, como todo processo que, de algum modo, significa sair do lugar. Porque é dentro de você e no que está ao seu alcance que a transformação vai acontecer.
E pode ser que, durante ou depois do mentoring, você reveja algumas estratégias ou decisões, passe a ver as coisas de outra maneira ou até mude de ideia em relação ao seu objetivo inicial. Assim como pode ser que obtenha ‘apenas confirmações’ sobre tudo e todos. Seja lá o que acontecer, é importante que saiba que está tudo bem: ninguém começa um movimento se não pensa em sair do lugar.
Em um jogo de xadrez, o silêncio é importante do primeiro passo do peão ao xeque-mate do outro lado do tabuleiro. Já em um jogo de futebol, a vibração em volume máximo das torcidas ajudam ou atrapalham quem está em campo, a depender de seu condicionamento emocional.
Seja qual for o jogo que escolheu, saiba que você é árbitro, jogador e torcida ao mesmo tempo. Seja no grito ou no silêncio, sua voz precisa ser ouvida. E um bom mentor vai começar justamente por aí: ouvindo o que você tem a dizer.
Gostou do artigo? Quer saber mais por que você deveria ter um mentor? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Indira Trindade
https://www.indiratrindade.com
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