“Tudo o que ele precisava era de um pouco de amor.”
Querido leitor, para encerrar o ciclo de artigos sobre super-heróis, hoje, analisaremos o desenho animado Meu Malvado Favorito. Por indicação de uma leitora, resolvi assistir novamente esse desenho com “olhos mais observadores”. O desenho superou as minhas expectativas e proporcionou uma reflexão profunda sobre o maior de todos os sentimentos: O amor.
Gru o personagem principal do filme, sempre sonhou em ser o maior vilão do mundo. Desde muito pequeno sempre quis surpreender sua mãe com suas invenções mirabolantes, mas nunca recebeu a atenção necessária, pelo contrário, sempre foi destratado e desmotivado.
À partir desse cenário de desamor ele decide colocar suas forças e suas energias no seu lado sombra. E o que é o lado sombra? É o nosso lado não evoluído, onde armazenamos todas as nossas frustrações, raiva, desilusões, apego ao passado.
No lado sombra vivenciamos a ausência da luz. Enxergamos a vida sob uma perspectiva “cinzenta”. Nessa perspectiva projetamos o pior de nós nos outros. O mundo passa a ser um local feio, onde somente o mal prevalece. Diante dessa perspectiva Gru persegue obsessivamente a ideia de roubar a lua (a luz que ilumina a noite) e assim se tornar o maior vilão de todos os tempos.
Por ironia do destino, ele inclui nos seus planos três crianças órfãs e carentes de amor. Elas que têm o poder de ajudá-lo a conseguir a famosa máquina que irá diminuir a lua para ser roubada. As três crianças são dóceis e amáveis, apesar de terem sido abandonadas e maltratadas pela proprietária do orfanato onde vivem.
Elas teriam tudo para serem crianças sombra, mas ao contrário de Gru são crianças que irradiam luz e bondade. Mas, Gru inicialmente enxerga as crianças somente como uma estratégia no seu plano maquiavélico. Com esse objetivo em mente ele as leva para morar com ele. Pouco a pouco elas inserem uma nova rotina na vida de Gru que continua lutando para preservar o seu lado sombra e não se deixar levar pelas inocentes meninas.
Porém, no decorrer do filme o coração do nosso grande vilão começa a amolecer e o amor pelas crianças aparece. Mesmo assim, ele mantém o seu plano e consegue roubar a lua. No mesmo dia, as crianças o convidam para assistir sua apresentação de ballet. Gru planeja ir ao encontro delas após atingir a sua meta. Mas, ele chega tarde demais ao evento e as crianças são raptadas pelo seu rival e também vilão Vetor.
O final é feliz e as crianças acabam retornando para Gru e a lua para o seu lugar. A grande reflexão do desenho é sobre a enorme capacidade que o ser humano tem para mudar e se transformar. Gru era tão ou mais carente de amor e afeto do que as crianças. Queria chamar a atenção do mundo e suprir essa carência através de um grande feito que ironicamente era acabar com a luz que a lua irradia.
Internamente o personagem pedia por socorro, porém de uma maneira agressiva típico de alguém que foi rejeitado e agora quer se vingar do mundo. Quantas pessoas cruzam o nosso caminho na mesma situação? Muitas vezes, convivemos com pessoas amargas e mal-humoradas e as julgamos sem saber o que passa no seu íntimo.
A energia que possibilitou a transformação de Gru foi a energia do amor. Essa energia que regula tudo que está ao nosso redor. Desde o nascimento de uma flor que entrega a sua semente para a terra fecundar até o nascimento de um novo ser humano. Se olharmos a vida sob a ótica do amor teremos muito mais oportunidades de fazer o bem e ter atitudes mais gentis e generosas em nosso dia a dia.
E para você o que é a energia do amor?
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