Esses dias estava em um bate-papo sobre mudanças nas organizações e me lembrei de uma aula muito bacana que tive na Sociedade Brasileira de Coaching sobre Intentional Change Teory. O tema foi cunhado pelo professor Richard Boyatz e “descreve componentes essenciais para promover mudanças desejáveis e sustentáveis.
Lembrei-me desse tema porque quando falamos de Sustentabilidade e Diversidade, geralmente, falamos sobre como mudar o comportamento das pessoas, como levá-las a terem novos conhecimentos, habilidades e atitudes que sejam favoráveis ao meio ambiente, à sociedade e inclusivas. Em geral, devido ao desdém que as corporações no Brasil em geral têm com a áreas de humanas incorrem no risco de achar que não temos processos estruturados para estas mudanças. No entanto isso não é verdade.
Quando falamos de levar uma pessoa que usa cinco copos plásticos por dia, que demoram até 400 anos para se degradar na natureza, ao uso de copos de vidro, ou xicaras reutilizáveis ou ainda copos de mandioca que em até 3 meses viram adubo. Ou levar pessoas que são preconceituosas a ter um comportamento mais inclusivo às técnicas de mudanças intencionais, são essenciais.
É uma pena, na verdade, que tão poucas pessoas conheçam essas técnicas e estejam, por exemplo atentas, ao fato de que ao intencionar uma mudança quase sempre nos movemos para tratores emocionais negativos (sistema pelo qual respondemos a situações de perigo) e os positivos (que nos permitem responder situação de calma). Enquanto o negativo é o mecanismo de defesa muitas vezes associado à nossa sobrevivência, seja como seres humanos ou espécie na Terra, tratores emocionais positivos ajudam as pessoas a se engajarem e motivarem para as mudanças sustentáveis.
Neste sentido para promover mudanças por tratores emocionais positivos devemos focar em “o eu ideal”, “a motivação intrínseca”, “as emoções positivas”. Portanto, é fundamental em processos de Sustentabilidade e Diversidade levar a organização e os indivíduos a pensarem “como o mundo está hoje?”. “em que mundo querer viver?”, “em que mundo quero que meus filhos vivam?”. Ou seja, qual o futuro ideal desejado para e pelo indivíduo, tanto em sua singularidade, como em sua visão planetária.
Trabalhar dados que mostrem aspectos da realidade que precisa ser mudada, mas que também possibilitam uma sensação de otimismo ao mostrar que é possível gerar uma transformação positiva, possível e almejada.
Bem como, buscar a conexão entre os que realmente importam para as pessoas, em sinergia com Sustentabilidade e Diversidade, seja o valor humano, seja a vantagem competitiva da empresa. Por fim, despertar emoções positivas, antes e durante o processo, realizando uma estratégia que gere bem-estar em quem estará diante dos desafios. E ao longo das atividades mostrando resultados. Que transformações geramos, que diferença as nossas ações fizeram, quem foram os maiores beneficiados dentro e fora da empresa.
E aí, vamos ajudar os indivíduos e empresas a mudarem suas intenções em prol da Sustentabilidade e da Diversidade hoje?
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