Há alguns anos ouvimos falar da necessidade de uma reforma na previdência, e que diversos são os fatores, e ainda, que o sistema atual é insustentável. Vários países passaram por isso, e um dos principais motivos alegados é o envelhecimento da população. Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição dos nascimentos, a previsão não é animadora, ou seja, é a de que em um futuro, não tão distante, tenhamos mais aposentados e menos trabalhadores ativos.
É muito importante entender que existem dois modelos de previdência que são atualmente utilizados, o de repartição e o de capitalização. O modelo de previdência brasileiro é o de repartição, que é o mais utilizado no mundo.
No sistema de repartição as contribuições pagas pelos trabalhadores ativos pagam os benefícios dos apesentados e pensionistas. Já no sistema de capitalização, a lógica é diferente, ou seja, cada trabalhador poupa recursos em uma conta própria e na aposentadoria, terá os recursos que guardou enquanto trabalhava.
Diversos países passaram por dolorosas reformas previdenciárias. A França entre 2010 e 2013 aumentou a idade mínima para aposentadoria de 60 para 62 anos, e da aposentadoria integral de 65 para 67 anos. Outra mudança importante foi relativa ao tempo de contribuição mínimo, que terá um aumento gradual até 43 anos entre os anos de 2013 e 2035.
A Alemanha teve 3 períodos de reformas (1992, 2007 e 2014), que foram importantes para manter o sistema sustentável. As principais alterações estão relacionadas à igualdade progressiva da idade mínima para aposentadoria de mulheres e homens e um aumento gradual da idade mínima, que era em 2007 de 65 anos, e que em 2029 passará a ser de 67 anos.
Ocorre que, foi possível observar nos países que reformaram seus sistemas, que muita gente, com receio de depender exclusivamente do sistema, passou a fazer contribuições para planos de previdência fechada, como uma forma ou de complementar a renda, ou mesmo de aposentar-se.
Os principais tipos de previdência privada existentes no Brasil são o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e o PGBL (Plano Garantidor de Benefício Livre). A principal diferença entre eles é a tributação. Assim, no VGBL o imposto de renda incide somente sobre a rentabilidade auferida e no PGBL só incide sobre o total a ser resgatado. Ainda, no PGBL os aportes realizados podem ser abatidos quando da Declaração de Imposto de Renda completa, com um limite anual de 12%.
Para saber o que melhor se adequa a você, é preciso conversar com um consultor ou um especialista, para entender qual modelo de previdência se adequa mais à sua situação ou mesmo ao seu perfil, ou se para você, é melhor buscar outro tipo de investimento, ou seja, outra alternativa.
De qualquer forma, é importante planejar o futuro, para que seja possível disfrutar de uma tranquila aposentadoria. Sucesso sempre e até o próximo encontro!
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