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Mulheres no Pódio: A História de Conquistas e Desafios nas Olimpíadas

Descubra a incrível jornada das mulheres nas Olimpíadas: da exclusão à conquista do pódio! Prepare-se para se emocionar com histórias inspiradoras de força e determinação de atletas que desafiaram limites e mudaram o esporte para sempre.

Mulheres no Pódio: A História de Conquistas e Desafios nas Olimpíadas

Mulheres no Pódio: A História de Conquistas e Desafios nas Olimpíadas

As Olimpíadas, não diferente de diversos campos, nem sempre tiveram a participação de mulheres. A primeira Olimpíada da era moderna ocorreu em Atenas, Grécia, no ano de 1896, e a estreia das mulheres aconteceu pela primeira vez nas Olimpíadas de Paris em 1900, com competições de tênis e golfe somente. Esta inclusão foi uma resposta de alguns organizadores como um “prêmio de consolação” para a classe feminina, apesar de estas modalidades não oferecerem premiação naquela ocasião.

“As mulheres serão sempre imitações imperfeitas, nada se aprende vendo-as agir, e assim, os que se reúnem para vê-las obedecem preocupações de outras espécies. Talvez as mulheres compreenderão logo que esta tentativa não será proveitosa nem para seu encanto, nem para sua saúde”.

Esta frase foi dita pelo Barão de Coubertin, o responsável pela criação das Olimpíadas na Era Moderna. Era notório o pensamento de submissão e inferioridade que pairava naquela época, cuja participação feminina em quase nenhum evento era permitida ou considerada importante.

Então, Alice Joséphine Marie Milliat, mais conhecida como Alice Milliat, tomou as dores de todas as mulheres e começou uma batalha contra essa ideia absurda de Coubertin. Nascida na França em 1884, a educadora e ativista era também nadadora, remadora e jogadora de hóquei.

Ela tinha apenas 12 anos quando os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna aconteceram. Milliat liderou essa luta em 1919, aos 35 anos, exigindo do Comitê Olímpico Internacional a inclusão do atletismo feminino nas competições.

Apesar dos esforços, o COI negou todas as suas solicitações, o que a levou a criar os Jogos das Mulheres, em Mônaco, com a participação de equipes femininas da França, Inglaterra, Itália, Noruega e Suécia. Dois anos após a sua criação, os jogos femininos começaram a incomodar os críticos, devido ao seu imenso sucesso.

Após mais de 15 mil espectadores assistirem à competição em Paris, um jornal da época comparou o sucesso das “Olimpíadas das mulheres”, que tiveram quatro edições, com as dos “homens”, o que incomodou o COI e a pressão obrigou o órgão a fazer mais por nós, mulheres.

Aproveitando a situação favorável, em 1928, Alice usou da sagacidade feminina e negociou com o COI para incluir cinco competições em que as mulheres comporiam o quadro de atletas. Na ocasião, 277 mulheres participaram, representando menos de 10% dos 2606 participantes masculinos.

Porém, o Comitê levou quase seis décadas para finalmente abrir espaço para elas, o que só aconteceu em 1980. Quatro anos depois, já tínhamos a maratona feminina e outras modalidades. Infelizmente, Alice Milliat faleceu em 1957, aos 73 anos, sem poder testemunhar a igualdade se tornar mais real. Algo que só foi totalmente alcançado em 2012. Foi a partir desse ano que as mulheres puderam competir em todas as modalidades dos Jogos Olímpicos, as mesmas em que os homens disputavam há anos. Um marco desse avanço foi a inclusão do boxe feminino na edição de Londres, nove anos atrás.

Reconhecida como pioneira no esporte feminino, a militante, professora e atleta foi recentemente homenageada com uma estátua no Comitê Olímpico Nacional da França, em Paris, ao lado da escultura de Barão de Coubertin, que anteriormente negara a participação das mulheres nos Jogos. Irônico, porém, imensamente satisfatório!

Desde 2016 a França conta com uma organização em apoio aos esportes femininos denominada Alice. Ainda, durante os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, uma arena será nomeada em homenagem a Milliat. A arena sediará as competições de badminton e takedown paralímpico. E, posteriormente, se tornará o local de jogos do Paris Basketball e do time de handebol do PSG.

A busca constante por reconhecimento e equidade resultou na adição de mais modalidades esportivas femininas ao longo dos anos. O ponto de virada ocorreu em 1928, quando houve a participação das mulheres pela primeira vez no atletismo, conforme mencionado.

Desde então, a presença feminina nos Jogos Olímpicos tem aumentado consideravelmente, com a inclusão de mais competições esportivas e uma maior igualdade de oportunidades. Prova disso é que, nesta edição de 2024, o mesmo Comitê Olímpico Internacional (COI) que ignorou as ideias de Alice no passado determinou que as vagas fossem preenchidas por 5.250 mulheres e 5.250 homens.

Assim como Alice, outras mulheres fizeram história nas Olimpíadas: Maria Emma Hulga Lenk Ziger foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial. Se tornou a principal nadadora brasileira e foi a única mulher do nosso país introduzida no Swimming Hall of Fame (salão da fama dedicado a esportistas).

Charlotte Cooper, a tenista britânica, colocou seu nome no mundo das Olimpíadas por ser a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro no tênis.

Larissa Latynina, ucraniana, é a mulher com mais medalhas na história dos Jogos Olímpicos, sendo medalhista por 18 vezes.

A brasileira Aída dos Santos foi a única mulher da nossa delegação nos Jogos de Tóquio em 1964. A atleta conquistou o inédito quarto lugar no salto em altura, ainda que tenha ido sem uniforme, tênis ou técnico.

Sandra Pires e Jacqueline Silva, na Olimpíada de Atlanta, em 1996, ganharam o primeiro ouro feminino no vôlei de praia e colocaram, mais uma vez, a participação das mulheres na Olimpíada em destaque.

Enriqueta Basilio teve uma importância diferente das demais atletas. Isso porque a velocista mexicana foi a primeira mulher na Olimpíada a acender a pira. Esse momento histórico e de grande importância aconteceu na abertura dos Jogos do México, em 1968. E judoca Rafaela Silva, carioca, iniciou sua vida no esporte no Instituto Reação. Nas Olimpíadas Rio 2016, se tornou a primeira atleta na história do judô brasileiro a ter o título de campeã mundial e olímpica.

Feito memorável, porém, as mulheres ainda sofrem obstáculos velados na saga de serem atletas olímpicas. Mesmo com os progressos notáveis, as competidoras do sexo feminino ainda enfrentam diversas barreiras como:

  • disparidades de investimento e apoio financeiro, onde as atletas recebem menos recursos do que os atletas masculinos;
  • discriminação de gênero e sexismo, que se manifestam em tratamento desigual e falta de reconhecimento;
  • falta de visibilidade na mídia, afetando sua capacidade de inspirar outros e atrair patrocínios;
  • pressão estética e imagem corporal, prejudicando sua autoestima e desempenho esportivo; e
  • dificuldade em conciliar carreira esportiva com a maternidade, devido à falta de suporte e políticas flexíveis, entre outras coisas.

É só observarmos a comoção nacional pela seleção brasileira de futebol masculino não estar classificada para as Olimpíadas, e a indiferença no fato de que a mesma seleção de futebol brasileira, porém feminina, é a favorita ao ouro olímpico este ano.

Mesmo com avanços na promoção da igualdade de gênero, é necessário continuar o trabalho para garantir oportunidades e reconhecimento iguais para as atletas femininas.

Diversas ações e políticas estão sendo implementadas para fomentar a equidade de gênero nos Jogos Olímpicos, mesmo já alcançando a igualdade nos números. Algumas das medidas incluem o aumento de competições femininas, como por exemplo:

  • em modalidades como boxe, judô e esportes que requerem maior força física;
  • igualdade de premiação, pois muitos comitês olímpicos estão se esforçando para garantir que haja igualdade na premiação entre atletas masculinos e femininos em suas competições, garantindo que o reconhecimento financeiro seja equitativo para ambos os sexos;
  • campanhas de conscientização e educação, uma vez que estas iniciativas e ações educacionais são essenciais para promover a equidade de gênero nos Jogos Olímpicos, abordando questões como sexismo, discriminação e disparidade de oportunidades;
  • programas de apoio e desenvolvimento para atletas femininas, com implementação de programas e políticas de apoio específicos para atletas do sexo feminino, incluindo financiamento, mentoria, acesso a treinamento e recursos, em prol de ajudar a superar desafios e promover o crescimento de carreiras esportivas para mulheres; e
  • a promoção e a presença de mulheres em posições de liderança e decisão em comitês olímpicos e organizações esportivas, que é crucial para garantir a consideração de perspectivas femininas e promover a equidade de gênero, entre outras ações.

Essas são apenas algumas das medidas em curso para promover a equidade de gênero nos Jogos Olímpicos. O propósito é criar um ambiente esportivo mais inclusivo, equitativo e capacitador para atletas do sexo feminino.

Em suma, posso dizer que este campo é algo que devemos celebrar. As mulheres alcançaram, apesar das inúmeras dificuldades que ainda passam, a equidade de gênero e marcam presença nos Jogos Olímpicos de 2024.

Sem Alice Milliat, mulheres como as citadas acima, e outras brasileiras como Nádia Comaneci, Daiane dos Santos, Hortência, Rebeca Andrade, Ana Marcela Cunha, Maurren Maggi, Martina Grael, Mayra Aguiar, Kahena Kunze, Rafaela Silva, Sarah Menezes entre outras, jamais estariam no topo e não teriam feito a diferença na história.

Elas hoje estão usufruindo do seu grande feito, que está sendo absolutamente proveitoso e eficaz. Acreditamos na força de realização de todas as mulheres, esteja ela onde deseja estar!

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Quer falar mais sobre a participação das mulheres nas olimpíadas, seus desafios e as histórias inspiradoras de  luta, determinação e conquistas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Edna Vasselo Goldoni
https://www.institutoivg.com.br

Confira também: Cenário da Mulher no Brasil: Como podemos promover a igualdade de gênero?

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Edna Vasselo Goldoni é Presidente e Fundadora do IVG – Instituto Vasselo Goldoni. Graduada em Biomedicina, iniciou sua carreira em São Paulo; mas em pouco tempo percebeu que seu maior talento e aptidão estavam voltados à área de vendas. Abandonou a carreira de Biomédica e enveredou numa grande empresa de seguros, tendo identificado e desenvolvido suas habilidades técnicas atuando como consultora na área de benefícios. Tempos depois, abriu sua própria empresa na mesma área de atuação. Junto com meu sócio (e marido), fizeram a companhia crescer e se tornar um negócio de relevância no mercado. Nesse período, foi indicada e premiada no ranking Top Of Mind RH, como a 1ª mulher profissional de vendas do país. Ao longo de dez anos consecutivos foi indicada no mesmo ranking, dos quais fui premiada em três. Tendo conquistado uma carreira brilhante de muito sucesso, decidiu aposentar-se.

Pausa necessária
Pensando em devolver à sociedade um pouco do que havia conquistado, criou o projeto “Semeando Pérolas”, uma ação social que realizava em comunidades carentes, hospitais e empresas, empoderando mulheres e valorizando suas histórias. Em pouco tempo, foi convidada pela ONU para representar o Brasil no Congresso Mundial ONU Mulheres.

Nasce o Instituto
Em 2017, nasceu o IVG – Instituto Vasselo Goldoni com o objetivo de trabalhar o protagonismo feminino. Desde então, sua missão tem sido mostrar para as mulheres, o quanto elas são capazes de conquistar tudo o que quiserem.

Com grande força realizadora e muito senso de responsabilidade, segue à frente do IVG, trabalhando pelo empoderamento feminino, desenvolvimento e capacitação de mulheres, através de programas de mentoria, entre outras atividades diversas que ocorrem em paralelo com o mesmo foco: protagonismo feminino | empoderamento feminino | a força da mulher | liderança feminina | carreira de sucesso |
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