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Mundo Corporativo: Não tenho estômago para politicagem!

Verdade, poder, manipulação, negociata e outros nomes impronunciáveis impedem as pessoas de reconhecerem o mais simples dos fatos: O mundo corporativo é um jogo e você precisa aprender a jogá-lo!

Mundo Corporativo: Não tenho estômago para politicagem!

Mundo Corporativo: Não tenho estômago para politicagem!

Olá.

Quem nunca ouviu esta frase?

De fato, muitos de nós não somente ouvimos a frase “Não tenho estômago para politicagem!” como já a proferimos inúmeras vezes. A chamada cultura corporativa envolve a manutenção e o desenvolvimento de interesses o que muitas das vezes entra em rota de colisão com aquilo que as pessoas acreditam ser seus valores, gerando verdadeiro ranço sobre a forma como as coisas são feitas.

Conceitos como verdade, poder, manipulação, negociata e outros nomes impronunciáveis impedem as pessoas de reconhecerem o mais simples dos fatos: O mundo corporativo é um jogo.

Separei para você, meu querido leitor, algumas das situações mais comuns que geram gastura em algumas pessoas e levam a considerar que não possuem estômago para tratar com os temas corporativos, impedindo assim, muitas das vezes, seu próprio progresso.

A primeira delas é relacionada ao interesse:

  • Fulano só pensa nos seus interesses!
  • As pessoas não te valorizam, valorizam somente a sua utilidade!

Sim, e sim. Duas verdades. Quando estamos inseridos em um ambiente de relacionamento pessoal (isso inclui o profissional) estamos envolvidos com isso pois nos traz algo de bom, algum benefício e por que não dizer, atende aos nossos interesses. Mesmo as pessoas mais altruístas, o fazem por se sentirem bem ao ajudar o outro.

Se se sentem bem, seu interesse em se sentir bem está sendo atendido. Então, sim, fulano está pensando nos seus interesses. O segundo ponto é o mais divertido. As pessoas só valorizam a sua utilidade.

Acredito que isso seja natural. Por que alguém daria valor a algo inútil? O princípio básico da vida em sociedade é sermos úteis, não precisamos ser perfeitos, até porque, ninguém o é. Todavia precisamos ser úteis ao nosso grupo ou bando.

O segundo grupo de coisas está relacionada à verdade.

  • Fulano consta histórias diferentes em cada situação, e
  • Sinceridade não é negociável.

E se eu te dissesse, querido leitor, que a verdade é um ponto de vista?

O sistema liberado está com problemas, uma em cada cinco tentativas apresenta erro. Outra frase, o sistema está caminhando muito bem, já temos mais de 75% de funcionalidades homologadas. Ambas as frases são verdadeiras, ambas parte do mesmo fato, uma é positiva e outra negativa.

Onde está a verdade. Nietzsche Já dizia que: “Na natureza só há fatos, e na experiência humana não há fatos, existe apenas a interpretação dos fatos”. Assim o que chamamos de verdade não passa de um ponto de vista que pode ou não coincidir com as nossas expectativas. E, falando em expectativas, como seres humanos somos muito limitados para lidar com o imponderável.

Variáveis que oscilam, comportamentos que se adaptam e narrativas complexas são muito difíceis de lidar. Por conta disso, criamos nossos filhotes com a orientação de serem simplistas em suas colocações. “quem fala a verdade não merece castigo”, “seja você mesmo”, “seja sempre sincero” e outros comandos que visam simplificar assim a forma como nossas crias interagem conosco.

Já pensou em uma mãe, orientando seu filho ou filha para serem criativos, buscar seus interesses, encontrar argumentos de valor, focar no resultado, justo no momento que as vontades, a criatividade, a percepção de valor e o resultado da criança contradiz o que esta mãe ou pai considera correto?

Não, não criamos nossos filhotes para o mundo corporativo.

Nós os criamos para serem respeitadores das normas e regras da casa, e quando estas crianças adentram ao mercado corporativo eles pensam que o mundo é sujo e que não tem estômago para isso.

Como modeladores do nosso comportamento e de nossos filhotes, é preciso demonstrar que o mundo corporativo é um grande jogo. E que sim, todos precisamos saber das regras escritas e também das não escritas. Precisamos criar tanto alianças comerciais e de parceria, como precisamos construir blindagens emocionais para este jogo corporativo.

No basquete, concordamos que é do jogo que o adversário roube a bola. Mas na empesa, reclamamos quando outro projeto “rouba” nosso orçamento ou recursos para uma campanha de marketing. Quando estamos em posição de liderança, somos responsáveis pelo orçamento dedicado pela empresa ao custeio de nossa equipe.

Se uma pessoa da equipe não faz as entregas esperadas dela na qualidade e no tempo esperado, obviamente seguindo todos os passos do código de ética, ela precisa ser, de fato, desligada e ponto final.

Da próxima vez que passar pela sua cabeça dizer que não tem estômago para a politicagem na empresa, refaça a frase e então diga: Eu ainda não entendi as regras deste jogo. Preciso observar, compreender e treinar. Caso contrário não ganharei nenhuma partida.

E logicamente, não esqueça que você é livre. Se você gosta de esportes sem contato físico, procure então a ginástica artística e deixe de lado o basquete e o futebol americano. Nem todos os esportes são para todos.

Pense nisso!

Gostou do artigo?

Quer conversar mais sobre o grande jogo do mundo corporativo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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