Neuralink: O Futuro da Humanidade ou o Início do Fim?
Olá!
Como articulista, tenho um desejo antigo e, hoje, com a sua ajuda, vou realizar: Escrever um artigo sobre o futuro. Penso que teremos três situações possíveis. A primeira é que este artigo será apenas mais um de nossa lista, interessante na leitura, comentado por uma ou duas semanas, e depois arquivado. A segunda é que ele seja um grande, astronômico chute para fora, e vamos todos, inclusive eu, rir bastante de seu conteúdo nada preciso.
Como no dia em que disseram que ninguém ficaria em casa olhando para uma caixa de vidro (sobre a televisão) ou que o mundo não precisaria de mais de cinco computadores, e as casas não precisariam deste novo “eletrodoméstico”.
Por fim, as linhas que virão a seguir podem ser consideradas visionárias, e este texto vai entrar para a lista de coisas a que vamos nos referenciar nos próximos anos, quem sabe até décadas. Bem, meu desejo é obviamente este último cenário. Então, vamos lá!
O objetivo de conectar pessoas às máquinas não é novo.
Já estamos bem adiantados em termos de reconhecimento biométrico, tom de voz, olhar, etc. A cada dia, as máquinas no ambiente de internet das coisas (IoT) estão mais integradas conosco, conhecendo nossos hábitos e sugerindo caminhos, comportamentos e outros temas.
Soube até de um equipamento que, após medir a glicemia do seu proprietário, separa, entre vários itens do freezer, o que ele deveria comer naquele dia. Fantástico!
O que ainda está no campo da ficção científica é uma família de interfaces genericamente definida com o nome da organização de Elon Musk, Neuralink. Os chips de conexão cérebro-computadores (entenda nuvem) estão na pauta do dia com um propósito muito nobre: permitir que pessoas com deficiência severa possam interagir com equipamentos de vários modelos usando apenas o pensamento.
Ah, Edson. Isso não é futuro. Isso é presente!
Sim, isso é presente e não está relacionado a comportamentos. Agora vamos extrapolar isso e pensar de maneira futurística.
As conexões neurais cérebro-máquina permitem que você acesse equipamentos, aplicativos e demais itens computacionais somente com pensamentos. Isso permite, em tese, que você tenha acesso a todo o conhecimento registrado no mundo, instantaneamente e sem necessidade de equipamentos acessórios. Dessa forma, a primeira grande revolução será na área de educação.
Por que passar anos e anos na escola dos mais variados níveis, se basta pensar e a resposta já vem?
Agora imagine o abismo social e econômico que isso pode causar. Pessoas que possuem chip neural, competindo em termos de habilidades, conhecimento e mercado com pessoas que não possuem? Obviamente, nos primeiros anos, esses chips custarão milhares de dólares e não estarão acessíveis. Assim, dois fatores serão importantes: o fim da educação como conhecemos e o reforço do abismo social.
Agora, não precisamos extrapolar muito para imaginar que o mercado de entretenimento, assim como as chamadas redes sociais, vão se apropriar dessa tecnologia e aí, temos um impacto colossal nos comportamentos. Imagine as pessoas que hoje são viciadas em trocas de mensagens via celular, podendo trocar mensagens “telepáticas” com outras pessoas possuidoras de chips equivalentes? Agora, evolua um pouco mais e então pense nas milhares de tik-tokers postando em tempo real tudo o que se passa por seus olhos, com comentários e pensamentos instantâneos.
Imagine então o isolamento de pessoas sem chip, tentando interagir em um grupo onde todos os demais trocam conversas “telepáticas”. Por outro lado, o que aconteceria se um apagão derrubasse os data centers ou as fontes de energia?
Uma geração de zumbis tecnológicos. Pessoas cujos corpos existem no mundo tridimensional, mas a mente existe unicamente no mundo virtual. Um adolescente sentado na sala de casa, sem necessidade de ir à escola, trocando pensamentos com milhares de outros, inclusive em outros idiomas, com tradução em tempo real?
Interações entre seres vivos reais serão cada vez mais raras, até deixarem de existir por completo.
Um cenário muito parecido com o filme “Os Substitutos”, do diretor Jonathan Mostow, se tornará realidade e, não raramente, teremos humanos com seus corpos em grandes “fazendas”, sendo mantidos com nutrientes químicos enquanto suas mentes habitam metaversos perfeitos onde não necessitam de recursos para viver, amar, conquistar, existir.
A tecnologia não é e nunca será a vilã. Ela é o que é: um meio.
A grande pergunta, neste exercício de futurologia, é: Como queremos interagir com ela?
Vamos nos entregar completamente, não mais aprendendo antecipadamente e buscando somente os nano-conhecimentos necessários para a tarefa instantânea à nossa frente?
Pesquisem sobre um seriado dos anos 1960 chamado “Joe 90”. Isso dará bem uma ideia do que falo.
Nunca estivemos tão próximos de perder nossa humanidade e, paradoxalmente, a esperança estará nas mãos dos desvalidos. Pessoas sem recursos econômicos para estar conectadas, de verdade, serão certamente os herdeiros da terra e de todos os seus recursos naturais.
Pense nisso!
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre o Neuralink de Elon Musk e o Futuro da Humanidade, bem como os riscos, os dilemas éticos e impactos desta tecnologia na vida como um todo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
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