Vamos aumentar a produtividade em 2023?
Como os leitores deste espaço já sabem, bem como os ouvintes de meus programas na Rádio Cloud Coaching devem ter percebido, sou apaixonado por assuntos que envolvam a gestão de marcas e as inovações que impactam a relação dos consumidores com as marcas. Nesse sentido, os estudos mais avançados de neurociência ganham em prioridade nessa minha busca por conhecimento sempre atualizado.
Eu conheci Billy Nascimento em uma palestra dada por ele na época dos Jogos Olímpicos de 2016, então em evento promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, tendo estreita colaboração com o COB – Comitê Olímpico Brasileiro. Ele se autodefine como “construtor de tecnologias cognitivas e neurocientíficas para entender o comportamento humano e criar soluções inovadoras”; Billy é empreendedor em neurotecnologia, sendo o fundador das empresas Forebrain e Athention. Portanto, desde já fica a dica para que acompanhem os trabalhos inovadores dele, pois valerá a pena!.
Continuando, recentemente ele publicou artigo muito interessante e desafiador, propondo cinco estratégias para obtermos um tão desejado aumento de produtividade, em 2023. Nesse artigo, ele pergunta: E se utilizássemos estratégias neurocientificamente comprovadas para aumentar a produtividade e alcançar nossos objetivos? E então apresenta suas propostas baseadas nas neurociências e ciências comportamentais. Vou reproduzir a seguir um resumo daquele artigo e, caso você tenha interesse pessoal ou profissional de conhecer o artigo na íntegra, clique aqui.
Estratégia 1: Priorizar tarefas
Segundo Billy, o cérebro humano só é capaz de se concentrar em uma tarefa de cada vez. Portanto, é importante priorizar suas tarefas, começando pelas mais importantes e urgentes. Estudos têm demonstrado que as pessoas que se envolvem frequentemente em múltiplas tarefas ao mesmo tempo, referidas como multitarefas pesadas, são mais suscetíveis à interferência dos estímulos ambientais irrelevantes. O recado importante está em termos consciência dessas limitações e evitarmos multitarefas desnecessárias.
Estratégia 2: Tenha um boa noite de sono
No artigo está explicado o quanto a boa noite de sono é crucial para o funcionamento adequado do cérebro. O ideal é que a pessoa durma de 7 a 8 horas por noite, para assim melhorar a produtividade durante o dia. Estudo realizado em 2018, com ampla amostra de 598.676 adultos empregados em diferentes indústrias, mostrou que há uma relação em formato de U (dormir muito pouco ou em exagero é prejudicial) entre a quantidade de horas de sono e a produtividade, com a menor perda de produtividade entre os funcionários que relataram 8 horas de sono. Logo, para alavancar a saúde e o bem-estar de suas equipes, a empresa deve avaliar os hábitos de sono dos colaboradores.
Estratégia 3: Faça exercícios físicos
A ciência já provou que exercícios físicos são um forte modulador dos genes que induzem mudanças estruturais e funcionais no cérebro, proporcionando benefícios enormes tanto para o funcionamento cognitivo quanto para o bem-estar geral (exercício físico é também fator protetor contra a neurodegeneração). E bastam 30 minutos de caminhada diária para fazer essa diferença.
Estratégia 4: Organize seu ambiente físico
Pesquisas têm demonstrado que bagunça não combina com desempenho. Então, o que fazer? Billy sugere que você organize seu ambiente de trabalho, limpe sua mesa, arquive seus documentos e tenha um lugar certo para cada coisa. Lembre-se, o ambiente de trabalho organizado é a chave para uma mente organizada. E não esqueça que, se sua mesa está bagunçada, sua mente também estará.
Estratégia 5: A “cereja do bolo” é o Neuroenhancement
A neurociência tem mostrado que ferramentas como neurofeedback e neuroestimulação servem para melhorar a produtividade. Essas aplicações chamadas de neuroenhancement, na finalidade descrita no artigo do Billy Nascimento, não terão o objetivo de atuar diretamente na saúde (distúrbios neurológicos e/ou psiquiátricos debilitantes), mas sim no aprimoramento holístico de pessoas tipicamente saudáveis. O neurofeedback é uma técnica ativada para esse aprimoramento, permitindo medir e controlar atividades cerebrais e melhorar o desempenho cognitivo. Similarmente, a neuroestimulação utiliza correntes elétricas ou campos magnéticos para estimular o cérebro na melhora do desempenho. Ambas as técnicas podem ser usadas para melhorar habilidades como atenção, memória, concentração e capacidade de aprendizado (a par de, como escrito acima, poderem ter aplicações em outras necessidades).
Aqui eu acredito ser fundamental minha contribuição pessoal ao artigo do Billy, que concluiu a postagem com um convite:
“se você está procurando um jeito inovador de aumentar sua produtividade, experimente o neurofeedback e a neuroestimulação – você pode se surpreender com os resultados”.
Começo pela abordagem importante quanto a dois termos: biofeedback e neurofeedback (explicação não citada no artigo do Billy Nascimento). Além de ambos serem procedimentos não medicamentosos, devem ser realizados com segurança apenas em centros laboratoriais competentes.
Para essa explicação, uso aqui as definições da Clínica Higashi, presente no Rio de Janeiro desde 2007, especialista em neuromodulação e neurologia.
Assista ao vídeo acima obre o processo de neurofeedback, publicado no YouTube, e conheça a explanação técnica presente no site institucional da Clínica Higashi:
O neurofeedback é um campo de especialidade dentro do biofeedback, o qual utiliza do eletroencefalograma (EEG) para mostrar os padrões elétricos atuais do indivíduo em seu córtex.
O treinamento com neurofeedback permite que o indivíduo modifique comportamentos disfuncionais, normalizando ou otimizando a atividade cerebral. No processo de neurofeedback sensores são colocados em partes do corpo do paciente, captando sinais emitidos e, a partir dessas informações, o paciente “aprende” através de software associado a um computador. Não se trata, especialmente, de tratamento médico, mas de treinamento comportamental, através de aprendizagem autorregulatória.
Tudo bem, eu sei que expressões novas chamam nossa atenção e nos deixam surpresos. Mas vejam que, a exemplo do que acontece com a clínica de referência que usamos nas definições (Clínica Higashi), o assunto tem estado presente no cotidiano das empresas há mais de 15 anos. E, crescentemente, o neuroenhancement será referenciado para ganhos de qualidade, competências e produtividade no desempenho profissional. Quero deixar claro que, para fins deste artigo, não avancei em mais explicações sobre biofeedback, o que facilmente se encontra em sites especializados no assunto.
Finalizando, se o Billy desafiou todos os leitores dele a aplicarem cinco estratégias para o aumento de produtividade, que tal meus leitores coaches, mentores, consultores e demais profissionais em intervenção humana também seguirem esses passos?
Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais, na Rádio Cloud Coaching ou, então, pelo site www.mariodivo.com.br.
Até nossa próxima postagem!
Gostou do artigo? Quer saber mais como experimentar o neurofeedback e a neuroestimulação como um jeito inovador de aumentar sua produtividade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br
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