Viktor Frankl: Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte II)
Em sequência à parte I, volto a relatar os detalhes como era a vida dos Prisioneiros de um Campo de Concentração…
Os sonhos dos Prisioneiros
Qual é o sonho mais frequente da pessoa internada no campo? Ela sonha com pão, com tortas, cigarros e com uma banheira cheia de água quente. A não satisfação das respectivas necessidades mais primitivas faz com que ela experimente então a satisfação das mesmas em sonhos primitivos de realização de desejos. Outra coisa é o efeito desse sonho sobre quem sonha, no momento em que desperta para a realidade do campo de concentração e sente assim o terrível contraste entre a ilusão do sonho e a realidade do campo.
Frankl conta no livro a história de um colega, que uma certa noite estava tendo um pesadelo…. e gemia. Eles dormindo junto com ele perceberam que o colega estava envolvido em um pesadelo horrível. Mas ninguém quis acordá-lo. Porque nenhum pesadelo que ele estivesse tendo, seria pior do que a realidade ao acordar.
Fome
Face ao estado de extrema subnutrição em que se encontravam os prisioneiros, é compreensível que, entre os instintos primitivos que representam a “regressão” da vida psicológica no campo, o instinto de alimentação ocupasse então o lugar principal.
Em cima desse tema, Frankl diz o seguinte:
Ficávamos parecendo esqueleto vestidos de pele dos quais pendiam alguns trapos. Dali para frente podíamos então observar como o corpo passava a devorar-se a si mesmo. O organismo consumia a sua própria proteína, assim a musculatura ia definhando. Agora o corpo também não apresentava mais resistência. Morria um atrás do outro na comunidade formada pelo nosso barracão. Portanto, de acordo com a Logoterapia, era uma morte que começava no psíquico noético e terminava no biológico.
E aí vem a pergunta, que é uma das frases que mais devemos refletir no livro:
O que era o Homem?
O que éramos ainda? Uma partícula de uma grande massa de carne humana. Uma massa cercada de arame farpado, comprimida em algumas cabanas de chão batido. De fato, uma massa da qual diariamente apodrecia um certo percentual por ter ficado sem vida.
E assim continuamos relatando em detalhes como era a vida dos Prisioneiros de um Campo de Concentração…
Então até o próximo encontro!
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Até próximo encontro!
Elizabeth Kassis
Coluna Tudo Azul
Referências: Wikipédia, Página Oficial: www.univie.ac.at/logotherapy/, Em Busca de Sentido (Viktor E, Frankl -1984), Professor Dr. Alberto Nery,
Confira também: Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte I)
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