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Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte V)

Como seria possível Viktor Frankl permanecer vivo, se não fosse a Esperança de encontrar sua família... e ainda existem pessoas que não encontraram até hoje o “Sentido da Vida”.

Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte V)

Viktor Frankl: Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte V)

Dando sequência ao artigo Viktor Frankl: Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte IV), hoje então voltamos a relatar os detalhes como era a vida dos Prisioneiros de um Campo de Concentração, e do Viktor Frankl e a sua busca de sentido.

Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte V) - FELICIDADE É SER POUPADO 

FELICIDADE É SER POUPADO

Éramos gratos ao destino quando ele nos poupava de sustos os mínimos que fossem. Já ficávamos contentes quando, à noite, podíamos catar os piolhos do corpo antes de nos deitar. Em si, não era uma operação agradável, porque era preciso despir-nos no barracão quase nunca aquecido, em cujo interior, muitas vezes, pendiam do teto estalactites de gelo.

Mas nos dávamos por satisfeitos quando, em tal hora, não havia um alarme aéreo que causasse um blecaute e nos impedisse de completar a operação cata-piolho, o que significava metade da noite sem conseguir dormir.

É claro que todas essas miseráveis “alegrias” do campo de concentração representavam, por excelência, uma felicidade no sentido negativo de Schopenhauer, ou seja, uma isenção de sofrimento, e mesmo essa, conforme mostramos acima, apenas em sentindo muito relativo. Alegrias positivas, mesmo pequenas, tínhamos só raras vezes.

Lembro-me muito bem que elaborei, certa vez, uma espécie de balanço do prazer, cujo saldo resultou em que, no curso de muitas e muitas semanas, tive apenas poucos momentos de real contentamento.

O primeiro momento

Ao voltar do serviço para o campo, depois de longa espera em frente ao barracão de cozinha, destacaram-me para aquela fila que dava no cozinheiro F., também prisioneiro. Tinha ele à sua frente um tacho enorme, de onde tirava sopa para distribuí-la nas vasilhas que lhe estendiam os companheiros de trabalho enfileirados.

Era ele o único cozinheiro que não olhava para a pessoa que lhe estendia o prato; era o único que distribuía a sopa por igual, literalmente “sem olhar a quem”, sem dar preferência a seus amigos pessoais ou a seus conterrâneos, pescando para eles as batatas no fundo do tacho, para dar aos outros o caldo ralo “de cima”…

– Mas não faz sentido criticar aqueles prisioneiros para quem a sua panelinha era tudo.

Quem vai atirar a primeira pedra em pessoas que dão preferência a seus amigos quando, mais cedo ou mais tarde, se trata de uma questão de vida ou morte? Num caso desses, ninguém deveria levantar a pedra antes de se perguntar com sinceridade, à toda prova, se com certeza teria agido de outra forma, estando na mesma situação.

Então, quem pode criticar? E se fosse você nesta situação… como agiria?

O segundo momento

Muito tempo depois de ser libertado do campo de concentração e recomeçar uma vida normal, alguém me chama a atenção para uma fotografia reproduzida numa revista, mostrando prisioneiros num campo de concentração amontoados em seus beliches coletivos, a fitar de olhar vazio e observador.

“Você não acha terrível isto, esses olhares horripilantes e tudo o mais…?” – “Como assim?” pergunto eu – e de fato não consigo entender. Pois naquele momento, estamos muito satisfeitos, sim, até felizes, apesar de tudo!

Cada vez que leio trechos deste livro, me pergunto como foi possível, Viktor Frankl permanecer vivo, se não fosse a Esperança de encontrar sua família! E ainda existem pessoas que não encontraram até hoje o “Sentido da Vida”. Mirem-se no exemplo e história de Viktor Frankl, bem como na Logoterapia!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a história de Viktor Frankl e a sua busca de sentido? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em informar.

Até próximo encontro!

Elizabeth Kassis
Coluna Tudo Azul

Referências: Wikipédia, Página Oficial: www.univie.ac.at/logotherapy/, Em Busca de Sentido (Viktor E, Frankl -1984), Professor Dr. Alberto Nery.

Confira também:
Num Campo de Concentração, em Busca de Sentido (parte I), (parte II), (parte III), (parte IV)

 

Filha da Luiza, meu maior exemplo, minha verdadeira fonte de inspiração de todos os dias. Empresária focada no desenvolvimento de Pessoas, Grupos e Organizações dos principais Setores da Economia. Engenheira de Produção – Universidade Mackenzie com Pós-Graduação em Administração Financeira e Orçamentária – FGV, Marketing de Varejo – USP e Desenvolvimento Empresarial – INSPER. Atuou como Executiva no Mercado Financeiro durante 24 anos. Líder e agregadora, focada em resultados. Conviveu em ambientes multiculturais, competitivos, inovadores e globais. Atuou durante seis anos como Conselheira Consultiva do Banco de Investimentos LLA ANDBANK. Trabalha com Hunting, Aplicação de Assessment, Mentoring, Escritora, Professora e Palestrante. Tem Especialização em Formação de Líderes, Consultores e Facilitadores – ADIGO. Certificada no Instrumento MBTI Step I e II – Fellipelli. Certificada no Projeto Emotions – Relações Interpessoais e Inteligência Emocional, Gerenciamento de Estresse – Tomada de Decisão – Fellipelli. FIRO B – Fellipelli e Técnico Master Disc – Sólides.
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