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Números Mágicos

O sucesso é uma percepção pessoal e não uma definição midiática. Trata-se de uma busca e isso implica tirar o melhor proveito das experiências, refletir e, novamente, escolher – e assim continuamente.

Esqueça os ‘três passos para o sucesso’. Gerir a carreira é uma maratona que exige reflexão constante.

Há milhares de livros com receitas mágicas para atingir o sucesso profissional: são três passos para alcançar qualquer coisa. Note que não podem ser muitos passos – propõe-se até dez, no máximo, ou o processo já vira uma caminhada, e o que o mercado quer são soluções rápidas. Entretanto, não há receita que funcione para todos.

Aliás, são as frustrações com a não realização de tais “passos” que levam muita gente a rever sua trajetória profissional.

Gerir a carreira é um processo contínuo: está mais para maratona. Exige autoconhecimento, que também é um processo que deve ser empregado para sempre. Reflexões contínuas, autopercepção, pedidos de avaliações dos chefes e trabalhos com psicólogos, mentores e “coaches” também ajudam nesse processo.

A natureza das oportunidades se transforma do mesmo modo que nós mudamos em relação às nossas experiências. Há executivos que praticam hoje atividades que não aprenderam na faculdade ou em cursos de atualização. Simplesmente porque o mundo muda em um ritmo mais acelerado do que a capacidade das instituições de ensino de criar cursos.

Aprende-se no dia a dia do trabalho, por meio das situações e problemas que surgem. Assim, nos desenvolvemos enquanto trabalhamos e por meio do interesse em buscar atualizações.

Você deve prestar atenção ao que faz e aos sentimentos em relação ao que faz (a atividade) e onde faz (a empresa, o ambiente, o clima organizacional).

Pense se a relação com seu superior é produtiva, se o clima com os colegas é colaborativo, se você percebe que está aprendendo. A soma dessas percepções e outras como reconhecimento e sentimento de ser importante para um grupo faz com que se tenha a sensação de realização.

O sucesso é uma percepção pessoal e não uma definição midiática. Trata-se de uma busca e isso implica tirar o melhor proveito das experiências, refletir e, novamente, escolher – e assim continuamente. Acreditar em modelos numéricos para ter uma carreira significativa é um atalho que pode custar muito caro.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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