O que esse maravilhoso órgão e centro do sistema nervoso de todos os animais (vertebrados e alguns invertebrados) possui em comum com o Coaching – método que utiliza a mudança de padrões de comportamento como desenvolvimento? Tudo.
Mudar significa transformar – qualquer tipo de alteração que modifica ou dá uma nova forma a…”
O Processo de Coaching apóia e auxilia a pessoa que deseja conquistar novos objetivos. Para isso, é possível que necessite de atitudes e comportamentos que, via de regra, não fazem parte do circuito das sinapses habituais, ou seja, não existe na memória e, consequentemente, não faz parte do modelo de comportamento padrão dessa pessoa.
Entra então em foco, a necessidade de desenvolvimento de novas sinapses, e graças à neurogênese que “…adiciona poder ao nosso entendimento da neuroplasticidade, de que o cérebro continuamente se renova de acordo com as experiências que temos.” (Daniel Goleman)
Portanto, só conseguiremos atingir novos objetivos com a mudança de pensamento, sentimento, atitude e, claro, modificando os comportamentos em relação à meta desejada. Como exemplo, se um profissional quiser ser um líder, e para isso necessita ser um bom ouvinte, esse será um dos comportamentos a ser desenvolvido, e nesse caso, ao silenciar-se e passar a ouvir mais e mais vezes, fará com que esse circuito (ser bom ouvinte) seja ampliado e se fortaleça em seu cérebro (do profissional).
Evidentemente este hábito (de falar mais do que ouvir) está instalado como um comportamento padrão. Nesse caso, ao tentar mudá-lo, estará enfrentando a resistência de um circuito para algo que pratica e repete milhares de vezes.
Dificilmente o padrão se modifica só com o desejo. É necessária ação, o que também não é tão simples assim.
Algumas dicas podem ser úteis quando o negócio é alterar um comportamento que seja padrão. Algumas dicas podem ajudar.
1 – Empenhe-se.
Seja persistente. A todo momento lembre-se da finalidade desse exercício, do seu objetivo a ser alcançado. Lembre-se também que o seu cérebro insiste em manter o comportamento padrão, pois ele foi insistentemente utilizado em outras situações. E até funcionou.
2 – Não tente aprender tudo de uma só vez.
Se não faz exercícios físicos e quer começar a praticar uma atividade, não é recomendável começar com um intenso programa de musculação por exemplo, e todos os dias. Concorda que num curto espaço de tempo a tendência é cansar e abandonar? Isso porque o cérebro não vai ter tempo para instalar o programa como novo padrão e pior, vai se tornar chato e cansativo (até porque os resultados não aparecem num curto prazo de tempo).
3 – Associe ao novo comportamento algo que seja prazeroso.
Se vai começar a caminhar, escolha lugares agradáveis, horários adequados e sem comprometer outras atividades. Então caminhar deve se tornar algo gostoso, mesmo antes da liberação, por exemplo, da endorfina (que acontece com a prática constante do exercício).
4 – Estabeleça metas simples e possíveis.
Nada de começar com objetivos que estão muito distantes. É um analista e quer ser um gerente? Comece desenvolvendo as competências de um gestor em inicio de carreira, como um supervisor.
5 – Supere os obstáculos.
E eles irão surgir. É a preguiça, o medo, o tempo de chuva, o chefe que não ajuda, a falta de dinheiro. Inevitavelmente. Tenha um plano B.
6 – Supere a si mesmo.
E aumente a freqüência do novo comportamento padrão. Faça mais e mais vezes.
E se persistir no novo hábito, esse novo circuito, agora já instalado pela frequência do comportamento, se conectará e se tornará cada vez mais poderoso, até que um dia você fará a coisa certa sem hesitação. Isso significa que o circuito se tornou tão conectado e sólido que essa passou a ser a nova opção-padrão do cérebro. (O Cérebro e a Inteligência Emocional)
Ah… E comemore.
Vibre. Você superou, conseguiu, venceu.
O seu corpo, o seu cérebro a seu serviço. A busca pelo melhor.
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