O Cliente e Seu Coach Defensor do Pensamento Positivo (parte I)
Há um preço a ser pago quando a gente se decide pensar de maneira resiliente.
É dar espaço, de fato, para o pensar mais livre.
É um preço paralelo àquele que temos ao se contratar um profissional do coaching que acredita que deve pensar somente de modo positivo.
Algumas pessoas ligadas a nós podem se chatear se souberem que nós somos tanto otimistas quanto negativistas.
Você já participou de uma reunião na qual o líder desejava que todos pensassem sempre de maneira positiva? Chato, não é?
Essa é uma questão delicada e que quando levantada pode ser mal-entendida ou levada a erros de conclusão, por isso vamos passo a passo nesse assunto.
Um desafio a ser enfrentado, é ser capaz de pensar de ambos os modos, ou seja, positiva e negativamente.
Ocorre que em nossa cultura desenvolvemos quase que um jeito predominante de pensar somente com uma atitude positiva e entender que o se expressar de maneira negativa é uma atitude má, não desejável. Por conseqüência, a maioria das pessoas com atitudes positivas tem uma atitude negativa diante de pessoas que expressam pensamentos negativos. (Confuso, não é?)
O que cria um problema para as pessoas que sabem que são práticas, quando pensam de maneira positiva e negativa – nos 2 modos.
Em uma organização com líderes que enfatizam fortemente o pensamento positivo, indivíduos que pensam das 2 formas, positiva e negativamente, são muitas vezes tachados de pessimistas.
Por exemplo: Um especialista em TI em um workshop que promovíamos, disse:
“meu gerente não entende. Eu pontuo os problemas que ele está envolvido e que ainda estão sem solução, para assim ajudá-lo assim a ter mais sucesso na resolução. Mas ele me chama de o Senhor Negativo, e tenta me isolar nas reuniões”.
Essa situação demanda autoconfiança e uma saudável autoestima para enfrentar assim as reações negativas que são expressas pela gerência.
É difícil o clima em reuniões se pessoas com quem você trabalha sempre expressam de maneira positiva e nunca negativa. Essas pessoas acabam se tornando fatores de pressão social, levando assim pares e subordinados a se sentirem, de algum modo, sozinhas e isoladas, não como parte do time.
Uma das lições em resiliência que se pode aprender é de que não há um problema negativamente negativo, se é que podemos dizer dessa forma. (Confuso de novo, não é?).
O real problema está em pessoas que expressam a negatividade de uma maneira que gera uma energia negativa. Drenam a boa energia do ambiente ou então criam um efeito de minar a energia de desenvolvimento no contexto. Essas pessoas sim, acabam favorecendo uma má reputação.
Experiências desagradáveis vividas ou faladas com pensamentos improdutivos e pessoas focadas na mente pessimista é que contribuíram para a nossa cultura desenvolver uma mentalidade de proibição para o tipo de pensamento dual.
O início se deu com algumas pessoas que causam problemas para outras com a energia que drena negativamente o ambiente. Culturalmente se acabou tendo o padrão de que uma boa pessoa não deve nunca se engajar em qualquer tipo de pensamento ou ação negativa. E tem sido uma norma absoluta. Particularmente entre coaches. O perigo está em levar os clientes com pensamentos e modos negativos, a esconderem as suas maneiras produtivas de pensar negativo.
Pessoas comprometidas com o pensar somente de modo positivo e nunca de maneira negativa tentaram manter e proteger assim um simples e fechado sistema de crenças. A isso se chamou de “o pensamento positivo”. Uma maneira nociva e cruel de lidar com os problemas da vida.
A resiliência está, de fato, na liberdade do pensar.
Pense nisso!
Gostou do artigo? Quer saber mais como pensar de maneira resiliente? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Equipe de Especialistas na promoção de Resiliência da SOBRARE
http://sobrare.com.br/
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