O conjunto The Beatles acabou. Vida Longa ao The Beatles!
Há cerca de 30 anos, eu participei de um evento, no Rio de Janeiro, em que se debatia experimentos futuristas que, na época, aconteciam pelo mundo. Um dos principais palestrantes, que agora não lembro o nome, relatou (com alguns audiovisuais) um trabalho em curso desenvolvido por instituição suíça. O trabalho fez a plateia ficar na dúvida entre ser aquilo uma utopia, uma brincadeira de mau gosto, um sonho, um desejo ou, por outro lado, algo que efetivamente poderia vir a acontecer.
Sem mais enrolação, resumidamente o experimento era utilizar efeitos de holografia, sintetização de voz e outras tecnologias então incipientes para juntar pessoas vivas com pessoas falecidas, como em um almoço familiar festivo. Objetivamente, imagine se, no próximo Natal, você pudesse compartilhar momentos da família com quem faleceu, trazidos à cena por variadas tecnologias de ponta. Conforme o palestrante daquele evento evoluía na sua apresentação, mas a plateia ficava em um misto de curiosa com incrédula.
Os anos passaram, as tecnologias foram evoluindo em todas as frentes e aplicações, sendo que hoje a inteligência artificial começa a se mostrar cada vez mais presente no nosso cotidiano. Algumas de suas possibilidades estão ao alcance de qualquer pessoa, bastando ter em mãos um celular desses mais modernos. Entre conquistas alinhadas ao que o palestrante então comentava, foram surgindo montagens em que pais e filhos cantam juntos. Por exemplo: Natalie Cole e seu pai Nat King Cole (assista ao vídeo logo abaixo), em 1991. Ou mesmo Elvis Presley e sua filha Lisa Marie (assista ao segundo vídeo abaixo), ao final dos anos 90.
Essas gravações apresentam instrumentação recente apoiada em trilhas vocais antigas, com mais complexas contribuições de mixagem e efeitos modernos de edição e pós-produção.
Além desses dois exemplos, ainda simples e básicos se comparados às possibilidades atuais, muitos outros casos interessantes foram sendo construídos nessa mesma linha. Que tal Elvis Presley cantando com Freddie Mercury & Queen, uma produção lançada em 2019 (assista ao vídeo logo abaixo), ou mesmo entrando no jogo dessas produções sofisticadas o inesquecível Michael Jackson (assista ao segundo vídeo abaixo)? Atualmente, essa aplicação da tecnologia de ponta está sendo bem explorada até entre cantores vivos, como neste caso de uma excelente produção envolvendo Phil Collins e Mariah Carey (assista ao terceiro vídeo abaixo).
Pois bem, agora a evolução da tecnologia chegou a tal ponto que, mesmo após a morte de John Lennon e de George Harrison, eis que renasce o conjunto britânico The Beatles.
O quarteto fez sua última apresentação pública no Candlestick Park, São Francisco – EUA, em 1966. Depois, cada um seguiu carreira solo, ainda que mantivessem contato constante, pois ainda nesse mesmo ano foi lançado o disco Revólver, com algumas novidades inovadoras de gravação e produção.
Com a morte do empresário da banda, Brian Epstein, em 1967, e as diferenças artísticas que passaram a existir entre os quatro integrantes, o mundo assumiu o fim do conjunto. Eis então a explicação para a primeira parte do título desta postagem: O conjunto The Beatles acabou!
Porém, como prometido por aquele palestrante do evento citado no primeiro parágrafo, muita coisa nova seria possível com o desenvolvimento tecnológico, em todos os sentidos. E eis que um fato novo permitiu que, em pleno 2023, o conjunto The Beatles lance um presente aos seus milhões de fãs mundo afora.
Melhor do que eu contar essa história, por certo, será ouvi-la pelos dois integrantes do conjunto The Beatles ainda vivos: Ringo Starr e Paul McCartney.
O documentário que você pode assistir logo abaixo (com legendas em português), conta como foi possível aproveitar uma gravação caseira feita por John Lennon, em seu apartamento, dar todo o tratamento tecnológico possível e, agora, lançá-la como a mais recente música dos The Beatles tornando assim Now and Then (assista ao segundo vídeo abaixo), um marco na história da música, por todas essas circunstâncias que o documentário apresenta.
Obviamente, em um mundo tão complexo e holístico, essas fronteiras que vão sendo transpostas pela tecnologia talvez, um dia, chegue lá no cenário descrito pelo palestrante de muitos anos atrás.
Quais serão os futuros impactos que teremos nessa transição entre passado e presente, como se perdas e finais de vida nunca tivessem acontecido? Seremos um dia todos nós imortais, nesse sentido tecnológico?
No momento, o que tenho mesmo de convicção está em escrever a segunda parte do título desta postagem: Vida Longa ao The Beatles.
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Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.
Até nossa próxima postagem!
Mario Divo
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