Essa foi a reflexão que sinto agora.
Depois de inúmeras enfermidades e de sentir meu corpo inflexível para vários movimentos, me percebi com pensamentos angustiantes sobre essa condição de aprisionamento que me colocava.
Em meus últimos estudos sobre o sentir e não sobre o pensar, uma enorme emoção eu senti ao ouvir uma vozinha bem lá no fundo dizendo: “Claudia, o seu corpo está a serviço da sua alma e não a sua alma a serviço do seu corpo. A sua alma é livre. O seu corpo é livre.”
Por que aprisionamos nosso corpo, assim como aprisionamos nossos pensamentos e consequentemente nossos sentimentos?
O que nos faz endurecer o corpo? E percebi que estava alimentando pensamentos de medo, de dor e abandonando alguns pedidos da minha alma.
Minha alma é livre, dança, se move sem amarras. Gosto de dançar, cantar, mover os braços e pernas com leveza e me peguei endurecendo a lombar, os ombros, deixando de esticar meus desejos de liberdade.
Chorei com muita alegria por ouvir minha alma dizer, “seu corpo está a serviço da sua alma”. E hoje acordei ouvindo minha alma, cantei, dancei, alonguei, me peguei expressando emoções nos meus músculos, células, no meu respirar.
Apesar de estar sempre atenta ao meu corpo, a prisão de entender onde dói, onde pesa, onde incomoda, estou prestando atenção, onde sou livre, onde o movimento quer ir baseado no que sinto, no que amo.
Dar ouvidos à alma é diferente de dar ouvidos ao corpo. A alma tem minha divindade, minha conexão com o coração, com o Deus que está em mim, com o Amor que eu sou.
Um calor profundo invadiu meu corpo e percebi que não tinha dor nesse lugar. Nessa escolha, nesse ouvir.
Esse aprendizado já me preencheu antes, mas é como se ainda precisasse dar mais um passo na direção desse sentir, porque ficamos acorrentados por um corpo achando que ele é tudo. Ele só é um veículo para carregar meu amor e meu viver profundo.
E aí alma? Vai querer o que hoje?
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