Os amigos leitores deste espaço, na semana passada, foram desafiados a pensarem em como sair da sua zona de conforto para nunca serem pegos na contramão da história, dado o alto nível de dinamismo que ocorre no mundo. Para se ter uma ideia de como caminha a nossa vida, há menos de cinco anos a indústria de tecnologia lançava os televisores 3D (e o cinema 3D), sendo que já se fala em acabar com essa linha de produção em escala global. Claro que tudo passa pela oferta e demanda, mas tem sido constante o ciclo de motivar as pessoas para um produto ou serviço e depois torná-los obsoletos. O exemplo mais clássico está nos smartphones, laptops e tablets.
Em meio a tudo isso (e não vou tratar da questão da economia brasileira, pois o foco é outro), um Coach é chamado por um cliente para que juntos possam alcançar determinada meta, em meio a um cenário desafiador. Será, e isto sim me preocupa muito, que o Coach está acompanhando a dinâmica do mundo para não se limitar a conduzir o cliente por caminhos mais simples e próximos da sua zona de conforto? Não estou sinalizando que o Coach faria isso por falta de ética, mas sim por limitações de conhecimento, atualização técnica e metodologias.
Um dos personagens mais famosos do mundo, símbolo de modernidade e inovações tecnológicas, sempre foi James Bond. Quem hoje assiste um filme estrelado por Sean Connery (produzido nos anos 60) vai dar risada da “parafernália” que o 007 tinha à sua disposição. Os anos foram passando e cada novo astro avançava em novos equipamentos e facilidades, deixando atônitos os seus adversários. Mas o que sempre foi tratado como ícone do nosso espião chama-se Aston Martin. Só para se divertir um pouco, veja esta cena e entenda do que eu estou falando:
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=qKAME9fAA-4
Pois bem, para quem pensa que o Aston Martin, com toda essa tecnologia inovadora (e desafiadora, para os padrões do mundo) só existiria em filmes da série James Bond, saiba que a marca empresarial está dedicada ao desenvolvimento de uma gama de carros com tecnologias de baixas emissões de poluentes, principalmente pela energia elétrica, com a inclusão de tecnologias de conexão com o mundo (isso significa, televisão, gps, acesso à rede mundial de computadores), sistemas de segurança contra acidentes e um novo conceito de design. A entrega dos primeiros carros ingleses já será realizada em 2018 e sua fabricação será … chinesa (o Grupo Leco é especializado em tecnologias de comunicação).
No mercado global, hoje ninguém tem mais necessidade de veículos elétricos robustos do que a China, onde rapidamente o crescimento econômico transformou os céus em um problema terrível de poluição nos grandes centros urbanos. A partir de 2014, com uma eficiente combinação de políticas fiscais e de incentivo à indústria, a fabricação e as vendas de carros elétricos decolaram na China e já superam os números de outros mercados importantes, como o dos Estados Unidos. E agora, também a Volkswagen é outra empresa a se juntar ao Aston Martin para parcerias tecnológicas inovadoras na China, em um ambiente de marcas automotivas que só deve crescer.
Em pouco tempo, o cenário obrigará que outros importantes atores do mercado se mexam, e não só montadoras, mas também empresas que, de alguma forma, dependem do petróleo e do gás. Haverá uma rearrumação econômica que levará muita gente à ruína e, paralelamente, criará um fluxo de dinheiro para novas fortunas. Tudo depende de saber ler o recado do mundo, preparar-se e não ter medo de enfrentar mudanças. Há uma luz no final do túnel, ainda que dê trabalho chegar até ela.
Fica o recado ao Coach: veja o que o mercado ensina e não deixe de envolver o seu cliente na onda transformadora… Ou ambos ficarão debatendo dos porquês de as metas não terem sido atingidas!
Participe da Conversa