O Fim de Ciclos nas Amizades: Como Lidar com Mudanças
“A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também.” (Oscar Wilde)
Éramos todos muito unidos, solteiros, descasados e sem compromisso com qualquer coisa da vida que não fosse a diversão. E o tempo passou. Aquela união não fazia mais sentido, deixamos de ter identificação.
O que antes achávamos engraçado e até mesmo uma característica da outra pessoa, que fazia um contraponto com o grupo, passou a ser um peso, um olhar desconfiado, baseado em mentiras e em conversas infrutíferas e cansativas.
O que antes era um entendimento de admiração passou a ser considerado inveja e até mesmo suspeita de sabotagem em ocasiões em que já estava tudo certo e, subitamente, tudo mudou. As zoeiras se transformaram em brigas e desavenças, chegando, por vezes, à agressão verbal e à exclusão de vários eventos.
Qualquer relacionamento está sujeito a findar, e é inevitável que, ao longo dos anos, as pessoas mudem. Querer ser mais seletivo com a vida atual é natural, e talvez não haja mais a sinergia que havia antes.
As afinidades anteriores não têm mais significado, e outras coisas se tornaram mais importantes, enquanto novas necessidades se fazem mais presentes. E está tudo bem.
Antes que as coisas azedem, o afastamento é salutar. O rompimento não precisa ser marcado por mágoas e ressentimentos. O distanciamento será natural se você encarar isso de forma equilibrada e tranquila. Faz parte.
Num determinado momento, as diferenças eram interessantes, mas hoje elas incomodam e até provocam um mal-estar. Saber que é hora de dar um tempo com aquele amigo ou amiga é favorável. Antes que se torne um relacionamento tóxico.
É triste e melancólico diante de tantas aventuras e gargalhadas, mas as pessoas mudam, os gostos mudam, os sentimentos mudam e os desejos mudam!
Você não precisa ser agressivo, muito menos impiedoso; afaste-se e pronto. Se você tem algo a dizer que possa ser construtivo, diga. Se é um sentimento seu e vai contribuir, diga. E se você vai falar apenas para se livrar do tédio, pense: em que isso ajudará o outro e como isso influenciará as lembranças que compartilharam durante tanto tempo.
É algo que fará sentido? Expresse-se. É uma percepção única e só sua? Repense para que isso servirá.
É interessante perceber que essa falta de identidade com outra pessoa não precisa terminar de forma dolorosa. Ambos podem seguir seus caminhos e guardar os momentos inesquecíveis e as escolhas que fizeram — de forma consciente ou não —, e que foram absorvidas para melhorar, ou não, a sua vida.
Quem sabe o que o futuro reserva?
“A amizade é como um círculo e como um círculo não tem começo nem fim.” (Machado de Assis)
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Até o próximo artigo!
Márcia Rosa
https://www.marciarosaconsultoria.com.br
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