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O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou!

Muito se fala sobre a importância da Resiliência, mas será que ela tem um lado negativo? Descubra o lado obscuro da resiliência e como ela pode, de fato, afastar você dos seus sonhos e objetivos.

O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou!

O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou!

Olá.

Basta uma pesquisa rápida seja em buscadores de conteúdo ou mesmo nas modernas plataformas de inteligência artificial sobre as competências mais esperadas pelas organizações para identificar dez entre listas o termo resiliência.

Para melhor entender a resiliência, convido você a conhecer seus três significados:

  • Capacidade de quem se adapta às intempéries, às alterações ou aos infortúnios; estoicismo;
  • Tendência natural para se recuperar ou superar com facilidade os problemas que aparecem;
  • Característica mecânica que define a resistência dos choques de materiais.

Resumindo: adaptação, recuperação e resistência.

Por décadas este conceito foi se adaptando e porque não deteriorando até que passamos a entender a resiliência como a capacidade de lidar bem, com aquilo que não está de acordo com as nossas expectativas e no final, acabamos por entender a resiliência como a capacidade de conviver com aquilo que não está adequado: o erro!

Na inteligência comportamental recomendamos fortemente tanto aos nossos praticantes (nível um da formação) como aos modeladores (nível dois) que não aceitem o erro, não se acostumem com o erro e principalmente, não perpetuem o erro. Por mais simples que seja.

Quando nosso cérebro se acostuma com as pequenas falhas, elas se acumulam e acabamos por perder nossa capacidade de reação entrando em um modo de comodismo que afeta diretamente nossos comportamentos, impedindo nosso progresso e a capacidade de melhoria contínua.

Alguns exemplos de erros que nos acostumamos:

  • Aquela falha no teclado que emperra uma tecla. Damos duas batidinhas, a tecla solta e vamos em frente;
  • Aquela boca de fogão que está com fogo mais baixo que as outras;
  • Uma porta de carro que precisa de um jeitinho especial para fechar;
  • Uma perna de óculos que está meio bamba;
  • Uma pessoa que nos incomoda, mas dizemos “ela é assim mesmo”.

Sim. Erros e falhas não ocorrem somente em coisas físicas e equipamentos. Nossas relações pessoais também envolvem pequenos erros que não corrigidos e acabam se perpetuando na forma de um estado de coisas aceitáveis para os quais somos resilientes e nada fazemos. Com o tempo as coisas mais graves também não despertam inconformidade.

Guy Kawasaki já comentava em seus livros que muitas vezes somos submetidos ao efeito picles, o que significa que mesmo que não estejamos dispostos a aceitar as condições do ambiente, estas são tão pequenas e diluídas que não percebemos. Assim como a salmoura. Quando menos nos damos conta, viramos picles em nossos jarros.

Ok, aí você me pergunta: Então o que devemos fazer para evitar virar um picles comportamental tentando ser resilientes?

Três dicas rápidas vão ajudar:

A primeira – seja tempestivo.

Não, não significa fazer tempestade em copo de água, mas sim, dar prioridade para a solução dos erros assim que se apresentam. Algo não funciona, ou conserte ou descarte. Não mantenha peças defeituosas em seu poder. O mesmo raciocínio vale para as relações pessoais. Algo não vai bem, sente e converse.

A segunda –  suspenda o julgamento e seja analítico.

Existe uma diferença grande entre julgar e analisar. Quando julgamos existem duas possibilidades: Culpado ou inocente. Quando analisamos podemos entender que comportamentos e situações podem ser adequadas ou então inadequadas para o cenário e para o momento. Desta forma, você não precisa ter receio de criar desavenças ou clima ruim ao julgas algo que está, na sua visão, errado. Pense como adequado e inadequado e resolva imediatamente o que, no momento e no ambiente proposto, não estão adequado.

A terceira – Valorize-se.

Entenda que você é o recurso mais precioso que você possui para a realização de seus planos. Quando você aceita comportamentos, falhas e situações que te afetam com medo de causar desavença, você está reduzindo seu valor perante a pessoa mais importante de sua vida. Você mesmo. Obviamente existem maneiras de se posicionar. Utilize de formalidade gentil, combinada com as duas primeiras dicas. Isso aumenta sua autoestima e melhora a capacidade de resposta.

No final, o não conviver com o erro pode, de fato, ser mais trabalhoso. Mas no final do dia, fará toda a diferença na construção de uma estrada melhor em direção aos seus objetivos. Afinal de contas, por qual motivo levantamos da cama de manhã, senão para realizar nossos sonhos?

Pense nisso!

Gostou do artigo?

Quer conversar mais sobre o lado ruim da resiliência, os perigos da adaptabilidade a todo custo e como não cair nessa armadilha? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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