Medo e Resiliência na Vida Pessoal e Profissional em Tempos de Pandemia
(*) Por Natália Marques Antunes
Estamos há mais de um ano vivendo esta Pandemia que nos tomou de surpresa, e que não tem dia nem hora para ir embora.
Estamos todos sob essa tensão, embora com resultados mais positivos para alguns que seguiram as regras para diminuir as consequências negativas e destruidoras desse vírus que nos assola. Seja na vida pessoal ou profissional.
Alguns bons exemplos são a Nova Zelândia e Austrália, com suas restrições de fronteira e exigência de quarentena, conseguiram assim obter maior êxito no controle da Pandemia. Na Nova Zelândia expatriados pagam caro para voltar nos raros voos e precisam esperar uma vaga de hotel para quarentena, só assim são autorizados a retornar. A população destes Países já está podendo ter uma mais vida normal.
Estes Países seguiram as instruções à risca com lockdown, medidas sanitárias e ajuda financeira à população, o que permitiu assim maior controle e baixos índices de contaminações e óbitos.
Outro exemplo de sucesso é Israel, que seguindo o caminho da imunização vem atingindo excelentes resultados e sua economia voltando a crescer de fato.
Os EUA, depois de muitas baixas, seguem também por esse caminho. Têm vacinado sua população com uma velocidade absurda e dessa maneira permitirá a imunização de sua população em breve.
Mas, no resto do planeta, ainda há muita preocupação como, por exemplo, o descontrole assustador na Índia; e porque não dizer a preocupação acentuada no Brasil, com medidas restritivas tênues e com desrespeito às regras sanitárias necessárias. Esperamos no âmbito pessoal como no profissional, a santa imunização através da vacinação, que ocorre de fato a passos lentos.
A grande questão é como equilibrar o medo diante desse elemento intangível que são as consequências da pandemia gerada pelo Coronavírus. Mesmo nos Países que conseguiram conter a Pandemia, permanece o medo do descontrole e de uma suposta nova onda.
O medo passou a permear as nossas relações, sejam mais próximas e intimas, como mais distantes. Estamos num processo de alerta o tempo todo. Alguns de forma obsessiva, outros com equilíbrio e ponderação. E alguns (ou muitos) com profundo descaso, negando os perigos na situação.
Na vida profissional, em particular, cada um de nós pode fazer o seu papel. Desenvolver sua Resiliência por meio da ressignificação das crenças que determinam comportamentos favoráveis dentro da resiliência.
Estudos científicos mostram que a Resiliência não é um traço de personalidade. Ela é um comportamento aprendido ao longo da vida que nos prepara para lidarmos com as adversidades.
No meu trabalho, quando atendo como psicoterapeuta ou Coach especializada no desenvolvimento de resiliência, a pessoa que vêm das organizações, procuro trabalhar no sentido de ressignificar essas crenças que definitivamente determinam o comportamento resiliente. Por exemplo:
- Na Análise de Contexto – desenvolver a clareza de nada mais do que apoiar as decisões em fatos e evidências do ambiente de trabalho;
- Na Autoconfiança – incentivar o autoconhecimento que permite oferecer e entregar ao que se propõe e é demandado;
- No Autocontrole – ter consciência de si e então modular a resposta certa para o momento;
- Na Empatia – conhecer a essência do outro e como atendê-lo, e obter o seu apoio ou parceria;
- No Otimismo para a vida – ter entusiasmo e bom humor nas atividades. Isso auxilia na criatividade para a resolução dos problemas, como por exemplo estar isolado e longe presencialmente do time;
- No Conquistar e manter pessoas – ter uma rede de apoio, com a qual possa contar nos momentos de dificuldades e apertos;
- Na Leitura Corporal – ter uma percepção do seu organismo nos aspectos físico, emocional e cognitivo. Isso amplia as possibilidades de melhor gerenciar o estresse pandêmico;
- No Sentido de Vida – conhecer realmente o objetivo mais elevado.
Desenvolver a Resiliência não elimina o vírus, nem tão pouco o medo, mas é um comportamento que pode auxiliar a gerenciar e administrar as dificuldades e nos permite realizar as melhores opções para a vida de fato.
Não é uma resposta magica, pois exige esforço pessoal e análise, é uma ferramenta que auxilia no fortalecimento e no direcionamento das nossas atitudes.
“Resiliência é agir com pensamentos e comportamentos flexíveis para enfrentar as adversidades de forma estratégica e com menor impacto negativo”. (SOBRARE)
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como desenvolver a resiliência e equilibrar o medo? Então entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em responder.
(*) Natália Marques Antunes é Psicóloga Clínica, Pós-Graduada em Recursos Humanos e Psicanalítica. Trabalha os sintomas de Estresse, Ansiedade, Depressão, Síndrome de Burnout, e a Construção e Desenvolvimento da Resiliência. Master Coach de Desenvolvimento Pessoal no Instituto Holos (Sistema ISOR). Especialista em Saúde Organizacional e Ocupacional e palestrante em temas de saúde, trabalho, carreira e pós-carreira. https://www.nataliamantunes.com.br/
Natalia Marques Antunes
http://sobrare.com.br/
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