Hoje eu vou comentar sobre uma pesquisa da organização Great Place to Work (www.greatplacetowork.com.br), instituição que pesquisa as melhores empresas para se trabalhar e, no Brasil, divulga a lista em parceria com a revista Época Negócios. Em resumo, uma das conclusões que a instituição mostrou é que o segredo para se ter um ambiente perfeito está na competência de construir relações de alta qualidade, caracterizadas por confiança, orgulho e excelente intercâmbio interpessoal. Pois então, o tema hoje fala bem de perto aos nossos leitores da área de Recursos Humanos, a quem gerencia equipes e, enfim, a todos os que trabalham em uma empresa.
Um trabalho que a Great Place to Work produziu, e vale a pena ser apresentado, está na avaliação do ambiente de pequenas e médias empresas em relação às expectativas dos funcionários. Por incrível que possa parecer, apenas 11% dos respondentes de uma pesquisa colocaram a prioridade nos salários e benefícios. Mais da metade (56%) colocaram a prioridade em desenvolvimento pessoal e 30% em qualidade de vida. Ou seja, nos dias atuais a estabilidade deixou de ter atenção máxima, pois de nada adianta ter a segurança de um posto de trabalho se ele não agregar valor ao seu maior patrimônio pessoal, que está na sua saúde mental e espiritual.
Dessa forma, para as empresas reterem o funcionário e contarem com a sua dedicação, o fundamento está em estruturar um caminho em que sejam oferecidas oportunidades de aprendizagem, formação, lazer, respeito e transparência das conquistas possíveis. Pelo lado do funcionário, e o Coaching está aí para contribuir, nunca se deve perder de vista quais as melhores formas de harmonizar os objetivos e as expectativas de carreira. E quando pensar em ter qualidade de vida (pessoal e no trabalho), identifique claramente com que critérios isso será avaliado por você. É a distância de casa ao trabalho? É o tempo livre? É a sua carga horária? É a forma de mostrar resultado? É a sua motivação pela atividade desempenhada? Sem critério tudo ficará sem sentido!
É claro que a empresa não pode deixar de pensar em uma forma de remunerar e distribuir benefícios aos seus colaboradores, ainda que a pesquisa mostre que esse não seja o ponto prioritário. Que não se entenda a expressão “benefício” apenas pela sua dimensão monetária, pois há outras formas de a empresa oferecer um conjunto de vantagens indiretas, as quais podem e devem ser avaliadas especificamente em cada caso. Porém, o maior erro que a empresa pode cometer é, de seu lado, também tomar decisões sem critérios. O pior dos mundos é esquecer da meritocracia, uma vez que o convívio no trabalho pressupõe uma troca justa entre quem oferece a sua competência e quem dela faz uso para alcançar resultados empresariais desejados.
Finalizando, fica a minha sugestão para que você acesse o link clicando aqui e assista os nove vídeos ali postados pela Great Place to Work. A série bem produzida mostra, com detalhes, as nove práticas que fazem com que a empresa seja considerada excelente local para trabalhar. Isso é bom tanto para quem é empresário como para quem é funcionário, pois um não conseguirá existir sem o outro. As nove práticas apresentadas são: inspirando, falando, escutando, agradecendo, desenvolvendo, cuidando, contratando, celebrando e compartilhando.
E atenção: após assistir os vídeos e fazer uma reflexão a respeito, converse com amigos e colegas. Veja como poderá contribuir para que o seu ambiente de trabalho seja o mais inspirador, motivador e feliz possível.
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