Estou passando por grandes desafios desde que saí do “mundo corporativo”.
Aprendendo a ficar sozinha botando ideias no papel e fazendo contatos e me reunindo com várias pessoas que nunca vi antes.
Confesso que o que mais gosto é de estar com pessoas diferentes o tempo todo. Essa troca é muito rica. E o maior desafio de todos tem sido trabalhar com essas diferentes pessoas. Porque alguns encontros têm gerado projetos instantâneos e isso é muito mágico.
Às vezes trabalhamos com pessoas durante anos e não conseguimos criar e construir nada juntos. Ficamos presos aos defeitos, às ideias pré-concebidas, aos pensamentos turvos do nosso ego.
Construir um trabalho em equipe por projeto e com pessoas diferentes tem sido maravilhoso. É como se não desse tempo de julgar sem conhecer muito bem o outro. Temos que trocar o que temos de melhor, damos nesse encontro o compartilhar de ideias intensamente e fica para todos a troca como o mais importante.
Como tenho estudado e trabalhado muito como é a forma da mente egoica e trocando meus pensamentos de medo pelos de amor (pelo menos esse tem sido um treino diário), estou buscando olhar para o outro como se ele fosse eu. Como se fôssemos uma coisa só. Porque somos uma coisa só.
Quando algo me irrita ou me preocupa, paro e olho para aquela situação como um rico aprendizado para meu desenvolvimento. São tantas pessoas com tantos medos que as vejo em mim mesma. E ao mesmo tempo são tantas possibilidades de rever esses pensamentos de forma amorosa com o outro e consequentemente comigo mesma.
Quando penso que o outro foi agressivo comigo, me pergunto: e eu? Estou tendo uma atitude agressiva com o outro?
Recebo carinho e atenção e logo me pego refletindo onde estou sendo carinhosa e dando atenção plena ao outro?
E com isso me peguei numa grande jornada de auto-observação e conhecimento de minhas emoções e atitudes.
Hoje depois de uma reunião com divergências, trocas, complementariedades, risos, emoções, projetos saindo do papel, o que ficou foi o olhar amoroso para o outro.
O outro é o meu espelho e a cada encontro tenho uma oportunidade de encontrar a mim mesma. A cada encontro saio com o outro dentro de mim me trazendo aquilo que é meu.
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