O Perigo do Imaginário: Como está a sua imaginação?
A neurociência tem feito grandes avanços no entendimento da mente humana e seu papel na criação da realidade. Ainda assim, poucas pessoas apreendem estes conceitos. Se colocam de forma autorresponsável diante dos acontecimentos do dia a dia.
O ano de 2020 e todos seus acontecimentos tornam uma questão de sobrevivência este entendimento.
As gerações atuais não haviam experimentado nenhum outro cenário de crise e escassez como a pandemia do corona nos apresentou. Nenhuma grande guerra, nenhuma outra doença devastadora e desconhecida. Estamos mal acostumados com o conforto da ciência.
Diante desta inexperiência, além dos problemas intrínsecos da contaminação pelo vírus (me refiro ao adoecimento de inúmeras pessoas e à morte de boa parte deste grupo), vimos assim o mundo sucumbir ao alarmante aumento dos problemas de saúde mental, índice de suicídios, divórcios e falências. Falência de empresas, famílias, projetos, sonhos.
As perdas são reais e nos afetam de fato. Mas a forma como significamos estas perdas fará toda diferença no que está por vir a seguir.
O desafio deste processo está na base de crenças que carregamos. Então para conseguirmos dar um significado positivo a nossas perdas, é preciso crer que existe ganho na dor. Entender que a vida de fato é feita de ciclos. E, naturalmente, há tempo para todas as coisas.
Há tempo de plantar e tempo de colher. Há tempo de ganhar e tempo de perder. E há tempo de desfrutar e tempo de crescer.
Não existe crescimento sem dor.
Uma criança sente dores com o crescimento dos seus ossos. Uma empresa sente novas dores com o crescimento dos seus negócios. Uma gestante sente dores com o crescimento do seu bebê. Portanto, não seria diferente com nossas emoções e maturidade.
Um importante e saudável caminho para a superação de tudo que experimentamos no ano de 2020 está na resiliência. Diante do processo de amadurecimento que tantas perdas nos impõe.
Por isso, tenho perguntado a inúmeras pessoas: Como está seu imaginário?
Nossa imaginação é o berço das nossas crenças e entendimentos. A todo o tempo surgem incontáveis ideias em nossa mente. Sobressaem aquelas que mais alimentamos.
Se reforçarmos os pensamentos mais tenebrosos e assustados, estaremos assim posicionando o nosso imaginário na direção oposta à superação.
Por outro lado, se formos capazes de coordenar nossos pensamentos, alimentando somente ou, principalmente, aqueles que apontam para possibilidades e soluções, neste caso teremos dado um importante passo na construção de um próximo ciclo de colheitas.
Afinal, você decide no que acredita. Consciente ou inconscientemente. Então no que tem escolhido acreditar?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o perigo do imaginário? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Sheila Berna
https://www.sheilaberna.com.br/
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