
O Perigo Invisível da Mentalidade Fixa no Mundo Corporativo: Como Ela Sabota o Crescimento e a Inovação
Li o livro de Carol Dweck sobre mentalidade fixa e de crescimento assim que foi lançado. Desde então, tenho observado como esses conceitos se manifestam na prática, especialmente nas organizações em que atuo e na postura das lideranças.
Essa reflexão me levou a decidir escrever dois artigos sobre o tema: um agora e outro no próximo mês. E, curiosamente, escolhi começar pela mentalidade fixa. Por quê? Talvez porque ainda precisemos falar mais sobre isso.
A mentalidade fixa é silenciosa, mas poderosa.
No ambiente corporativo, ela aparece nas pequenas e grandes decisões do dia a dia—um gestor que descarta uma nova abordagem sem considerá-la, um colaborador que evita desafios por medo de errar, uma empresa que resiste a mudanças. O efeito é profundo e muitas vezes passa despercebido, dificultando a inovação e o crescimento.
Pense em um líder experiente que, diante da proposta de otimizar um processo, responde sem hesitação: “Sempre fizemos assim e funciona”, ou ainda, “Em time que está ganhando não se mexe”. Embora pareça uma postura fundamentada na experiência, essa resistência pode ser um reflexo do receio de testar algo novo e fracassar.
O problema é que, enquanto algumas empresas prosperam ao arriscar, antecipar tendências e inovar, outras permanecem estagnadas, presas a crenças que impedem sua evolução.
Essa mesma barreira afeta muitos profissionais. Diante de um desafio maior, alguns simplesmente recuam, convencidos de que suas habilidades são limitadas e não podem ser desenvolvidas. Outros não aceitam pois dizem serem bons demais, não tendo mais nada a desenvolver com este desafio.
Um colaborador que evita aprender um novo software por acreditar que “não é bom com tecnologia” exemplifica esse fenômeno. Esse bloqueio autoimposto restringe oportunidades e impede que talentos alcancem seu verdadeiro potencial, mantendo-os na zona de conforto.
A cultura organizacional também sofre as consequências dessa mentalidade.
Empresas que punem erros, em vez de enxergá-los como parte do aprendizado, criam ambientes rígidos e conservadores, onde sugestões inovadoras são vistas como ameaças. Funcionários, temendo represálias, preferem seguir protocolos seguros, mesmo quando menos eficientes.
A falta de estímulo ao desenvolvimento reflete a crença de que apenas algumas pessoas “nascem talentosas”, enquanto outras devem permanecer em papéis estáticos. Esse pensamento compromete a capacidade de adaptação da organização e, no longo prazo, enfraquece sua competitividade.
Mas será que todos esses padrões são realmente conscientes?
Muitas vezes, reproduzimos comportamentos sem perceber que estamos limitando nosso próprio crescimento ou o das pessoas ao nosso redor. O impacto vai além da produtividade e da inovação: ele afeta a motivação, o engajamento e a forma como profissionais enxergam seu potencial.
Talvez essa seja a grande questão. Quantas decisões, oportunidades e trajetórias são influenciadas por uma mentalidade fixa sem que percebamos? E VOCÊ, já se pegou agindo dessa forma? Quais momentos da sua trajetória refletem essa postura? E, mais importante: o que você pode fazer a partir dessa consciência?
Gostou do artigo?
Quer descobrir quais comportamentos e atitudes podem estar refletindo uma mentalidade fixa — e silenciosamente sabotando seu crescimento e bloqueando sua inovação no trabalho? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Até o próximo artigo!
Vera Godoi Costa
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