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O Pilar Social do ESG: A Força que Transforma Vidas e Organizações

O Pilar Social do ESG vai além de normas: ele transforma vidas e organizações ao promover segurança psicológica, bem-estar e liderança empática. Descubra como esse pilar pode impactar positivamente sua empresa.

O Pilar Social do ESG: A Força que Transforma Vidas e Organizações

O Pilar Social do ESG: A Força que Transforma Vidas e Organizações

Era um dia comum, como tantos outros. Os funcionários haviam realizado suas tarefas matinais, todos empenhados em manter as políticas de segurança da empresa. Conhecendo bem aquela operação e suas lideranças, eu sabia que tudo era movido pelo interesse em proteger a vida e manter a segurança alinhada com os valores organizacionais. Naquele dia, muitos estavam diretamente envolvidos na operação da barragem de Brumadinho.

Ninguém queria que vidas fossem perdidas. Aqueles que estavam à frente da operação também estavam presentes no local, parte do cenário que se desenrolaria naquele instante trágico. Muitos já estavam no restaurante almoçando quando uma sirene ensurdecedora ecoou, trazendo a notícia de que a barragem havia se rompido.

Um dos colaboradores da operação, que até momentos antes cuidava para que tudo corresse normalmente, estava almoçando quando viu, em questão de segundos, o rio de lama se aproximando, tornando impossível sair com vida daquela situação.

Naquele momento, um pensamento surgiu: seu filho, João, ainda por nascer, cujo parto estava previsto para o mesmo mês. Esse pensamento lhe deu forças. Ele correu em direção a qualquer veículo que pudesse tirá-lo em segurança. Embora ele tenha conseguido salvar sua vida, o impacto emocional e psicológico daquele dia gerou uma ferida profunda, tanto individual quanto coletivamente.

Lidar com a saúde mental e os traumas adquiridos não é simples.

Especialmente quando a principal questão em jogo é a própria vida e o impacto profundo que isso gera nas vidas das pessoas. Essas conexões são entrelaçadas pela proximidade, pela necessidade e por tudo o que advém dessas relações.

Cinco anos depois, ao revisitar essa história com o sobrevivente, ficou claro o impacto duradouro que eventos como esse deixam. O trauma gerado pelo rompimento da barragem não se apagou, mas foi, aos poucos, sendo transformado em aprendizado, resiliência e novas perspectivas.

O apoio que ele recebeu, tanto de sua esposa quanto do acolhimento de uma profissional, foi essencial para que ele pudesse continuar em pé, especialmente no que diz respeito à saúde mental. Estive ao seu lado para dar o suporte emocional, a escuta ativa e a criação de um ambiente seguro para expressar os sentimentos, que foram fundamentais para sua recuperação.

Essa experiência me fez refletir sobre o verdadeiro valor do Pilar Social do ESG.

À primeira vista, o “S” pode parecer apenas um conceito abstrato, algo que deve ser abordado de maneira institucional. No entanto, o Pilar Social do ESG vai muito além de normas e regulamentações. Ele trata de pessoas — da vida e da dignidade de cada colaborador, de suas histórias, emoções e traumas. Não se trata apenas de evitar incidentes, mas de construir ambientes onde o bem-estar e a segurança psicológica são pilares fundamentais.

O impacto psicológico causado por eventos catastróficos como o de Brumadinho revela como o stress extremo pode desestruturar uma equipe e devastar a vida de todos os envolvidos.

No entanto, o que percebo em todos que passaram por esse trauma e receberam apoio adequado é uma mudança profunda na forma como veem a vida. Eles passaram a valorizar, mais do que nunca, as relações humanas e a presença daqueles ao seu redor. Em tempos de dor e adversidade, a união e o suporte mútuo são as chaves para superar as dificuldades.

Traumas dessa magnitude podem deixar cicatrizes profundas, manifestando-se em problemas psicológicos como estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. Para que as pessoas possam encontrar a paz interior e se restabelecer emocionalmente, é fundamental que recebam o apoio necessário. E esse apoio não deve vir apenas da família e dos amigos, mas também da própria empresa.

Empresas que estão alinhadas ao Pilar Social do ESG têm uma responsabilidade ainda maior.

Elas devem atuar de maneira preventiva, garantindo que seus colaboradores tenham acesso a recursos e ferramentas para lidar com crises. Seja por meio de programas de saúde mental ou criando uma cultura de segurança psicológica. Isso significa que as lideranças devem estar preparadas para identificar sinais de sofrimento emocional e oferecer suporte antes que o problema se agrave.

Esse tipo de atuação preventiva é essencial para construir uma cultura organizacional sólida e humana. Uma empresa que realmente valoriza o Pilar Social do ESG deve olhar além dos resultados financeiros imediatos e investir no bem-estar de seus colaboradores. Isso não significa apenas implantar políticas superficiais, mas garantir que cada pessoa se sinta ouvida, respeitada e apoiada, especialmente em momentos de crise.

A cultura de segurança psicológica é um dos pilares cruciais. Quando um ambiente de trabalho promove o diálogo aberto, o respeito e a escuta ativa, cria-se um espaço seguro onde as pessoas podem compartilhar suas preocupações e vulnerabilidades sem medo de julgamento. Isso fortalece as relações internas, aumenta a confiança nas lideranças e faz com que os colaboradores se sintam parte de um sistema de apoio genuíno.

Em eventos como o de Brumadinho, onde o inesperado e trágico acontece, a comunicação transparente é uma ferramenta vital. As empresas devem agir rapidamente para oferecer suporte emocional e financeiro às vítimas e suas famílias. Além disso, é essencial garantir um plano de reparação adequado, tanto para os danos físicos quanto emocionais. Isso fortalece a confiança dos colaboradores na organização e ajuda a mitigar o impacto negativo sobre a saúde mental das equipes.

O papel das ações comunitárias também não pode ser subestimado.

Quando uma empresa se compromete a ajudar as comunidades afetadas por desastres, demonstra sua responsabilidade social de forma prática. Isso não apenas alivia parte do sofrimento coletivo, mas também cria laços mais profundos entre a empresa, seus colaboradores e o meio em que estão inseridos.

Essas ações comunitárias refletem o verdadeiro espírito do Pilar Social do ESG, que não se limita às paredes da empresa, mas se expande para o impacto que ela tem em toda a sociedade.

Ao investir em projetos que beneficiam as comunidades afetadas, a empresa demonstra sua responsabilidade em reconstruir laços e oferecer suporte prático a quem mais precisa. Isso não apenas melhora a reputação da organização, mas também cria uma cultura de empatia e solidariedade, que reverbera internamente.

Quando as empresas se comprometem a agir de maneira consciente, focando na saúde mental e no bem-estar das pessoas, elas transformam não só suas estruturas internas, mas também a forma como são percebidas pela sociedade. O ESG, especialmente o Pilar Social, nos lembra que o valor de uma empresa não está apenas em seus lucros ou resultados, mas na maneira como ela cuida de suas pessoas e comunidades.

Após tantos aprendizados, percebo que a liderança desempenha um papel essencial nesse processo. Líderes conscientes de sua responsabilidade criam ambientes mais seguros e saudáveis, onde os colaboradores se sentem valorizados e respeitados.

Promover uma cultura de segurança psicológica exige líderes preparados para escutar, apoiar e atuar de maneira proativa em momentos de crise. É preciso que as lideranças inspirem confiança e mostrem que estão ao lado de suas equipes. Não apenas em tempos de sucesso, mas principalmente nas adversidades.

O poder de uma liderança empática é transformador. Quando os líderes colocam o bem-estar humano no centro de suas decisões, eles promovem um ambiente de inovação, colaboração e crescimento mútuo. E isso se reflete em todos os níveis da empresa, criando uma cultura organizacional mais forte, resiliente e adaptada aos desafios do mundo moderno.

Por isso, acredito que meu propósito como consultora vai além de trazer soluções práticas. Trata-se de trabalhar para formar lideranças que compreendam a profundidade do impacto que têm sobre as pessoas. A gestão consciente do Pilar Social do ESG não é apenas uma estratégia de negócios. É um compromisso ético e humano de promover o bem-estar, a inclusão e a segurança de todos.

Ao seguir nesse caminho, percebo cada vez mais a importância de construir uma cultura organizacional que promova não apenas resultados, mas também uma verdadeira conexão entre as pessoas. Quando as lideranças estão conscientes de seu papel e comprometidas com a criação de ambientes de segurança psicológica, a empresa se transforma. Ela deixa de ser apenas um local de trabalho e passa a ser um espaço de crescimento, inovação e cuidado com o ser humano.

É importante ressaltar que essas transformações não acontecem de forma isolada ou automática.

Elas demandam um esforço contínuo de todos os níveis da organização, especialmente dos líderes, para criar e sustentar uma cultura que valorize a escuta, o apoio emocional e o desenvolvimento das pessoas.

Isso implica revisitar constantemente as práticas internas, adaptar-se às necessidades dos colaboradores e garantir que todos tenham o suporte necessário, tanto em momentos de crise quanto em tempos de normalidade.

As empresas que abraçam o Pilar Social do ESG com seriedade e comprometimento não apenas fortalecem suas equipes, mas também se posicionam de maneira diferenciada no mercado. Elas se tornam exemplos de como é possível equilibrar desempenho econômico com responsabilidade social e cuidado humano.

Quando as pessoas sentem que estão em um ambiente onde são valorizadas, apoiadas e protegidas, elas se dedicam mais. Sentem-se mais seguras para inovar e tornam-se parte de algo maior, movidas pela confiança mútua.

Essa é a verdadeira força do ESG: uma combinação entre ações concretas e o entendimento profundo de que o sucesso das empresas e o bem-estar das pessoas estão intrinsecamente ligados. Não há sucesso sustentável sem pessoas saudáveis e motivadas.

Por isso, quando trabalhamos para promover a segurança psicológica, estamos, na verdade, criando as bases para um futuro mais promissor e justo, tanto para os indivíduos quanto para as organizações.

Diante de tantos aprendizados, sigo comprometida em trabalhar com lideranças que desejam fazer a diferença, que entendem o valor das pessoas e que têm a coragem de construir ambientes verdadeiramente transformadores.

Ao fortalecer a segurança psicológica, a empatia e o cuidado nas relações humanas, estaremos não apenas formando melhores profissionais, mas também moldando uma sociedade mais equilibrada, justa e sustentável.

Vamos, juntos, transformar o ambiente de trabalho em um espaço de crescimento humano e sustentável, onde o bem-estar das pessoas e a prosperidade da organização caminham lado a lado, fortalecendo o presente e criando um futuro de sucesso para todos.

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre como o Pilar Social do ESG contribui para a transformação das empresas e da sociedade, e de que maneira a criação de uma cultura de segurança psicológica pode impactar positivamente a saúde mental dos colaboradores? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar você.

Cristiane Maziero
Fundadora/Idealizadora @ Allure Desenvolvimento Humano | Psicologia Transpessoal
https://www.alluredh.com.br
https://www.linkedin.com/in/cristianemaziero/

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Cristiane Maziero é fundadora da Allure Desenvolvimento Humano, com mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento humano. Possui formação em Gestão estratégica de recursos humanos, MBA pela USP e pós-graduação em Psicologia pela Associação Luso Brasileira de Transpessoal. Também é pós-graduada em gestão estratégica de Recursos Humanos pelo Instituto Nacional de Pós-graduação, Campinas e em Sociedade Brasileira de dinâmica dos Grupos pela SBDG. Cristiane tem especializações em diversas áreas, como Coaching Ontológico, Coaching Evolutivo, Coaching Game e Punctum pela Points of you (Instituição Israelense), Neurocoaching (Fellipelli), Jogo Purpose Mining Game, entre outras. Além disso, possui certificação internacional no método de Richard Barret e é membro do Instituto Capitalismo Consciente e Art of Hosting. Ao longo de sua carreira, Cristiane atuou como mentora, coach e consultora em empresas renomadas como Grupo Pão de Açúcar, J&J, Vale S/A, Zurich Seguros, Reclame Aqui, Theraskin, Walmart e Reed Exhibition Alcântara Machado. Fundou a Allure Desenvolvimento Humano em 2005, onde atua na gestão da cultura organizacional, coaching, mentoring e capacitação de líderes e equipes. Com experiência em desenvolvimento humano, Cristiane tem apoiado empresas a alcançarem resultados positivos e a desenvolverem uma cultura de alta performance. Suas habilidades em mentoring, coaching e capacitação a tornam reconhecida no mercado e uma profissional altamente valorizada por suas habilidades em liderança e gestão de equipes.
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