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O pior e mais perigoso ladrão do mundo!

Você já ouviu falar do pior e mais perigoso ladrão do mundo? Ele pode estar circulando perto de você, sem que você ou sua mente percebam.

O pior e mais perigoso ladrão do mundo!

O pior e mais perigoso ladrão do mundo!
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Estou aqui sentada tentando escrever esse texto, mas minha mente está sendo roubada por um dos obstáculos comuns à experiência humana: a sonolência, também conhecida como o pecado capital da preguiça.

Existe um Koan do zen budismo que diz que há três tipos de ladrões: o que rouba coisas grandes, o que rouba coisas pequenas e o que rouba sua mente.

Um Koan é uma narrativa, diálogo, questão ou afirmação que nos conta histórias com elementos inacessíveis à razão. O objetivo é facilitar o que no budismo é chamado de iluminação. O ser iluminado é aquele que alcançou um nível espiritual elevado e despertou para o verdadeiro significado da vida, libertando-se do sofrimento.

Vamos agora voltar ao koan citado acima, e falaremos do ladrão mais perigoso do mundo: aquele que rouba a nossa mente.

O praticante de meditação, durante suas práticas, se depara com cinco obstáculos que são: a dúvida, a agitação, a sonolência ou torpor, o apego ou desejo, e a aversão.

Dentro desse contexto, obstáculos são eventos mentais que quando surgem tiram o meditador do seu objeto de atenção, ou seja, eles nos roubam, eles levam a nossa mente.

Resumindo: tudo aquilo que te tira da meditação, é um obstáculo.

Esses obstáculos podem surgir espontaneamente, e podem vir de alguma tendência de comportamento que acompanha o meditador em sua vida há um tempo. Podem ser dias, semanas, meses. Eles podem ter relação com o que chamamos de força do hábito.

Mas além do surgimento espontâneo dos obstáculos, que têm relação com a força do hábito, há também uma outra forma em que os obstáculos se manifestam, que têm relação com algo que vem de um passado mais longínquo, e que tem a ver com a tendência da mente a reagir a esse obstáculo, dando a ele mais ou menos força de ação, ou seja, de nos roubar a atenção.

O meditador pode lidar com esses obstáculos de duas maneiras: primeiro reconhecendo o obstáculo quando ele já está presente; e segundo, reconhecendo os sinais do obstáculo, antes mesmo que ele roube a atenção por completo.

Na prática funciona assim: estou meditando, começo a dormir, acordo em instantes e percebo que estava dormindo. Então, gentilmente, escolho voltar novamente para o meu foco de atenção da prática meditativa, sendo o mais comum, a própria respiração.

Essa é a primeira forma de reconhecimento, mas o ideal é que treinemos para reconhecermos os sinais do obstáculo. Em outras palavras, nesse exemplo citado, seria perceber os sinais da sonolência chegando, como bocejos, olhos mais pesados, corpo dando sinais de relaxamento.

Tem uma analogia que ouvi de um professor que ilustra bem esses dois modos de reconhecimento de um obstáculo na meditação, que é o exemplo do trem na estação.

Quando você está na estação, antes do trem parar, ele dá sinais como o ruído, o tremor do chão, a buzina, o vento. Você pode notar o trem quando ele já está lá parado na estação. Ou antes mesmo de vê-lo, pelos sinais que antecedem a chegada do trem.

Na meditação, também podemos reconhecer os sinais de um obstáculo, seja ele qual for, ou o obstáculo quando já estiver presente. Treinar a atenção para notar os sinais, nos dá a possibilidade de dissiparmos o obstáculo antes mesmo que ele nos interrompa.

E isso vai nos ajudar a lidar com esses mesmos obstáculos na vida.

Treinamos na meditação para alcançar esse estágio de percepção e reconhecimento no nosso dia a dia, o que contribui para uma mente mais desperta e menos a mercê dos ladrões mentais que nos roubam de nós mesmos.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o pior ladrão do mundo e como aprender a reconhecê-lo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Silvia Cavalaro
https://www.silviacavalaro.com.br/

Confira também: Qual é afinal o Objetivo de Praticar Meditação Mindfulness?

 

Sílvia Cavalaro tem 7 anos de experiência como profissional de Comunicação e Marketing, e 9 anos de experiência na área de Desenvolvimento Humano. Coach especializada em Direcionamento e Desenvolvimento de Carreira, Consultora em parceria com Sher Consultoria e Treinamento, Analista Comportamental pela Universidade Quantum Assessment, Instrutora de Mindfulness pela UNIFESP atuando em parceria com Centro Paulista de Mindfulness. Formação acadêmica em Comunicação Social pela Universidade Paulista e especialização em Marketing de Serviços pela Fundação Armando Álvares Penteado. Criadora do Programa Carreira e Vida com foco em direcionamento de carreira. O programa é fundamentado em três pilares principais: Qualidade de Vida, Carreira com sentido/propósito e Clareza para escolhas conscientes e sustentáveis.
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