As exigências do mercado atuais estão trazendo ao mundo do trabalho, sérias e profundas reflexões.
Aqueles que estão empregados devem se perguntar: Até quando estarei na empresa? Ou até quando estarei empregado? E se pensar melhor: Será que sou empregável? Como anda minha empregabilidade?
Agora, aqueles que estão à procura de uma nova posição no mercado, também chamada de “transição de carreira”, devem se questionar: Será que estou preparado para buscar novas oportunidades de mercado? Que tipo de empresa quero trabalhar? Onde está a empresa que quero trabalhar?
Na verdade, para quaisquer dos casos, a pergunta mais adequada, ou até mesmo a mais correta é: O que eu realmente quero da vida?
Bem, neste mundo de grandes mudanças, em que o tempo passa tão rápido e que quando acordamos perdemos o “bonde da vida”, eu penso que esse jargão já está ultrapassado, eu diria, perdemos a nave da vida, há uma necessidade de pararmos um pouco e fazer uma profunda reflexão sobre a carreira.
Deepak Chopra, fala que “O melhor é conduzir à carreira dessa forma, fazendo o que gosta e, consequentemente, sendo feliz a cada momento. Isso é vivido por mim, e eu acho que deve ter uma ligação com as outras pessoas que tiveram sucesso. Sinto prazer com cada coisa que faço no meu trabalho”.
Na tese de Flávia Pacheco, que originou no livro “Talentos Brasileiros” escreveu que o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas divulgou um estudo no qual se revelou que 74% da população do Brasil é infeliz no trabalho. Essa imensa maioria não gosta do que faz; uma constatação extremamente triste.
A vida, ou seja, pensar no equilíbrio da vida pessoal com a profissional, isto hoje para muitos não é prioridade, é uma das necessidades do profissional atual, e gosto muito do pensamento do grande filosofo chinês, Confúcio 551 aC – 479 aC, que dizia: “Existe três maneiras de agirmos com sabedoria: A primeira é através da reflexão, do pensamento, a mais nobre; A segunda é através da imitação, a mais fácil, e a terceira é através da experimentação, ou a vivencia, a mais amarga”.
O que o grande filósofo chinês quis nos transmitir é que a maioria das pessoas vive somente a terceira, ou seja, vivenciam as experiências.
Outro grande personagem de nossa historia humana, o maior dentre todos, Jesus Cristo, veio ao mundo para ensinar ao homem a se transformar em grande pensador, ou seja, usar a reflexão como instrumento de tomada de decisão e planejamento, mas foi vencido pela ganância ao poder, tanto político, quanto religioso, pela inveja, porque ao invés de cuidarmos de nós mesmos, ficamos observando o que os outros fazem ou possuem, pela falta de criatividade e de acreditar cada um em si mesmo, em buscar a energia que está dentro de você, e que se quiser, você pode.
Depois de destacar todas estas coisas, vale a pena e sugiro, a todos vocês, que pensem em suas carreiras, e façam as seguintes perguntas: O que fiz com a minha carreira? Ou aquele que está em transição de carreira, O que falta para minha carreira?
Gosto muito de lembrar as pessoas que me procuram e digo: Olha, a zona de conforto é a pior arma de destruição da carreira, e aí me perguntam: Por que ela é a pior arma de destruição da carreira?
Respondo: Você perde a flexibilidade, sua criatividade, sua energia, sua capacidade de assumir riscos, seu entusiasmo, deixa de se atualizar, não se compromete com as mudanças que ocorrem diariamente no mundo, deixa de ser arrojado e, o pior, perde seu senso de missão. E ainda comete erros na carreira que o transforma em um dinossauro.
Ignoram seus objetivos de vida, e ainda, o pior, deixa o seu futuro na mão dos outros. Fica trabalhando em uma organização, que por uma escolha errônea, não lhe traz felicidade e desafios, e trabalha nela anos a fio sem nenhuma mudança. Esquece ou negligencia a importância do seu autodesenvolvimento. Isto, ainda, reflete no equilíbrio de sua vida pessoal e profissional, resultando numa pessoa amarga, infeliz, sem objetivos e metas, resistente a mudanças e sem emprego.
Como consultor de carreira, sugiro àqueles que ainda estão empregados, que procurem um Coach para lhes apoiar a fazer um plano B e começar já. E aqueles que estão em transição de carreira, ou seja, em disponibilidade para o mercado, um Consultor de carreira para lhes ajudar nessa transição, muitos chamam de outplacement, palavra inglesa bonita que dá marketing, que na verdade é um instrumento de gestão para ajudá-lo a alcançar seus objetivos, tanto profissionais, como pessoais.
Para encerrar, coloco uma das coisas que a Flávia Pacheco escreveu na conclusão de sua tese sobre as pessoas famosas do Brasil: “Uma das coisas que as pessoas importantes, realmente bem-sucedidas, têm um grande prazer em ajudar os outros. Eles têm prazer em compartilhar suas ideias e gostam da oportunidade de ensinar pessoas que estejam verdadeiramente interessadas em melhorar suas vidas”.
Espero que em 2017 vocês possam fazer de suas vidas um projeto que realmente valha a pena e seja interessante, produtivo e que consigam deixar um legado.
Iússef Zaiden Filho
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