O Poder do Perdão: Será que realmente você perdoa?
E quando você perdoa você não quer saber mais de estar com a pessoa? Será que realmente você perdoou?
O que é perdão?
Para mim o perdão está diretamente relacionado com o nosso orgulho. Quando eu não perdoo é porque acredito que o outro precise sofrer da mesma forma que eu ou até mais. Afinal ele me fez mal.
Para mim, perdoar é deixar a dor ir embora. Porque enquanto eu mantiver a raiva comigo ela vai me consumir, vai trazer toxinas para o meu organismo e estarei impedida de seguir em frente.
Passei muitos anos com várias dores que já não eram mais necessárias e quando aprendi que não precisava mais delas e que eu poderia perdoar, foi libertador. Na verdade, aprendi que o perdão foi para mim mesma, pois me liberei da dor que sentia, ou seja, deixei a dor ir embora.
Se o outro não percebe assim, está tudo bem porque a questão é dele e não minha. Ninguém tem poder de controlar o que sinto a não ser que eu dê a ele esse poder.
Mas é fácil perdoar?
Claro que não, pois estamos com tantas crenças a respeito do que acreditamos que os outros nos fizeram que acabamos criando um emaranhamento dentro de nós que coloca uma sombra sobre o fato em si e acabamos carregando mágoas e ressentimentos dentro de nós, sem perdoar.
E o que é o ressentimento?
É sentir o mesmo sentimento do passado no presente. E novamente tem muito a ver com o orgulho e acabamos sendo os julgadores do outro e que ele sofra como eu sofri. O que esquecemos é que quando julgamos o outro estamos liberando o outro para nos julgar. E vivemos neste círculo vicioso da culpa em que ninguém perdoa. Isso é muito cansativo e desgastante.
Perdoar tem a ver com o autoconhecimento e a autodescoberta, em perceber que se é muitas vezes vítima, mas também se é em várias ocasiões um algoz. E quando aprendemos a perdoar passamos ter a clareza de que também temos uma sombra dentro de nós e a forma de equilíbrio é o perdão, pois deixo de apontar o dedo só para o outro.
Quando perdoamos podemos observar nossa humanidade e nos traz a clareza de o outro é parte de mim mesmo ele tendo feito algo não tão bom. E o perdão é uma dádiva que está por trás da tragédia.
Convido você refletir com Desmond Tutu e sua filha por que perdoar e se faz sentido com o que coloquei acima:
• O perdão é benefício à saúde;
• O perdão permite a liberação do passado, do perpetrador e da vitimização futura;
• O perdão cura famílias e comunidades;
• Perdoamos para não sofrer, física e mentalmente, os efeitos corrosivos de nos apegarmos à raiva e ao ressentimento;
• Somos todos interconectados e a humanidade, nos é comum;
• O perdão é um presente que damos a nós mesmos.
O perdão libera nossa ascendência porque somos capazes de nos sentir menos deprimidos, aumenta nossa esperança, melhora nosso estado físico, mental, emocional, espiritual e diminui o estresse e consequentemente afeta a nossa biologia da crença.
Não podemos perdoar sob condicionamentos, se não ele só vai existir se tivermos alguma compensação. O que não sabemos é que quando se condiciona o perdão a transforma em corrente na qual nos prende a quem nos fez mal.
Nas constelações dizemos que o perdão libera todo o sistema familiar para seguir seu caminho para frente.
Segundo Dr. Fred Luskin em seu livro Aprenda a Perdoar e tenha um relacionamento feliz, o perdão pode curar inúmeros problemas psicológicos e emocionais, desde severos traumas até a dificuldade para lidar com perdas financeiras.
Segundo Dr. Fred Luskin perdoar não significa ser condescendente com grosseira, falta de consideração ou egoísmo de alguém e sim esquecer o sofrimento adicional que a própria pessoa se impôs depois de ter terminado o ciclo normal do sofrimento.
Convido a exercitar o perdão com situações menos graves para que gradativamente vá criando uma musculatura para o perdão.
Lembre-se, perdoar é deixar a dor ir embora e isso é autocuidado.
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Meu propósito é despertar o gigante adormecido que existe em você e na sua equipe! No meu LinkedIn e Instagram trago diariamente informações para seu autodesenvolvimento, autoconhecimento e autodescoberta.
Um grande abraço,
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
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