Se pensarmos na história das sociedades em geral, como também nas revoluções industriais, percebemos que cada era dessa exige do ser humano uma atitude ou comportamentos diferentes, devido ao grande impacto que essas mudanças atingem a sociedade.
Quando falamos de sociedade, a própria história nos mostra os vários estágios e suas mudanças. Por exemplo, na sociedade 1.0 enfrentou-se o desafio da estabilidade, na sociedade 2.0 o desafio era o crescimento, na 3.0 era o da externalidade e no atual estágio, chamado de 4.0, ou seja, também chamada de sociedade emergente, tem o foco na economia ecossistêmica cocriativa.
Com certeza a cada estágio desse, carrega uma grande mudança de atitudes, comportamentos e crenças, exigindo cada vez mais adaptação rápida e sistêmica do ser humano.
Aí é que entra o papel do coach e do mentor.
Vamos falar um pouco de cada um desses estágios que a sociedade viveu e está vivendo.
Na sociedade 1.0, tinha uma ideologia de crenças centradas no Estado, onde ele tinha toda a responsabilidade de organizar e manter essa sociedade.
Na sociedade 2.0, as crenças mudaram com referência a da 1.0, onde as crenças nessa sociedade estavam focadas no mercado, onde imperava a competição de mercado.
Já na sociedade 3.0, as crenças também mudaram, em relação às sociedades 1.0 e 2.0, onde a nova crença estava centrada na comunicação ou no discurso que, em geral, integra mercado e governo, ou seja, a economia tem um novo nome, passa a se chamar de economia social de mercado.
Bem, atualmente estamos no estágio 4.0, onde isso vem sendo debatido com muita ênfase em uma nova crença, a “economia ecossistêmica cocriativa”, que é uma inovação muito forte na vida da sociedade em geral. A grande chamada para essa sociedade é a cooperação, onde mudam os comportamentos que vinham de interesses particulares, que se organizavam coletivamente para lutar por seus interesses coletivos, onde os Sindicatos, Governos, ONGs entre outras entidades, só viam seus interesses.
Na sociedade 4.0, houve uma grande mudança de comportamento, onde a cooperação trás nova forma de pensamento, onde a economia deixa de ser individualista para uma economia compartilhada.
Essa mudança requer que as pessoas desenvolvam a capacidade de ver as situações do ponto de vista dos outros, buscando o resultado benéfico para todos, ou seja, houve uma grande conscientização e mudança de paradigma comportamental da sociedade como um todo, buscando o benefício mútuo.
A nova crença está centrada na saúde e sustentabilidade, com investimentos socialmente responsáveis. Esse é o novo estágio chamado economia 4.0.
Agora podemos entender a necessidade, tanto de coaches, com de mentores, pois as mudanças que atingem cada estágio das sociedades, tem mudanças drástica de comportamento, habilidades, competência e novas funções emergem na vida em sociedade.
Além disso, a exigência que um Coach e ou Mentor tem de buscar novos conhecimentos, novas técnicas e ferramentas para suportar a mudança e os processos de desenvolvimento humano.
Estou dizendo do papel do Coach e Mentor, ou seja, não é qualquer um que se diz Coach ou Mentor, exige sim especial formação e fundamentação dessa profissão, infelizmente, ainda, não reconhecida no Brasil, mas que há séculos é exercida em todo mundo.
À medida que o século XXI avança, aumenta a complexidade e novos cenários de desafios aparecem.
Tanto que as competências, hoje, estão focadas na Inteligência Emocional, na Neurociência, e exige muito do nosso cérebro pensante.
A grande mudança nessa nova sociedade é bem explicada por Daniel Goleman:
“A Neurociência nos diz que essa parte emocional do cérebro aprende de um modo diferente do cérebro pensante. Perceber isso foi fundamental para o meu estudo da nova exigência do trabalho com a inteligência emocional.
Nossas pesquisas revelam uma lamentável deficiência na maneira como as empresas vêm treinando as pessoas em tarefas que vão de ouvir seus colegas e liderar a organizar equipes e lidar com mudanças.
A maioria dos programas de treinamento adotou um modelo acadêmico. Mas isso foi um grave erro, que provocou o desperdício de milhões de dólares. Precisamos mesmo é de um jeito inteiramente novo de pensar sobre o que é necessário para ajudar as pessoas a desenvolverem sua inteligência emocional.”
Com as palavras de Daniel Goleman, ficou bem claro, o quanto os processos de coaching e mentoring, são importantes para ajudar no desenvolvimento de novas competências e habilidades para a sociedade 4.0
Bibliografia:
SCHARMER, Otto, Liderar a partir do Futuro que Emerge, ed. Campus 2014, p. 59 a 61
GOLEMAN, Daniel, Trabalhando com a Inteligência Emocional, Ed. Objetiva, 1999, p.18-19
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