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O Progresso Humano: Um Olhar Baseado em Dados e Esperança

Descubra como o progresso humano, baseado em dados e ciência, revela um mundo em constante melhoria, apesar dos desafios modernos. Aprenda como a razão e o conhecimento podem continuar transformando a sociedade para melhor.

O Progresso Humano: Um Olhar Baseado em Dados e Esperança

O Progresso Humano: Um Olhar Baseado em Dados e Esperança

Eu encontrei uma apresentação feita para o TED, em abril de 2018, a qual já chegou a quase 4,7 milhões de acessos. Com o título original “Is the world getting better or worse? A look at the numbers” (em versão livre, O mundo está ficando melhor ou pior? Uma apreciação com números), o Professor Steven Pinker apresenta abordagem bastante interessante e que eu quis trazer aos amigos leitores deste espaço. Ele é professor de ciência cognitiva (o estudo da mente humana) e escreve artigos e textos sobre a natureza humana.

Fiz questão de lançar esta postagem no início da Primavera, estação que simboliza o renascimento e a renovação, a esperança e o otimismo, quando a natureza se torna mais bela. A partir de agora, farei uma interpretação daquela apresentação do Professor Steven Pinker. Muitas vezes, começamos o dia lendo notícias que parecem sombrias e desanimadoras. Violência, desigualdade, poluição, guerras e uma sensação de que o mundo está à beira de um colapso iminente. Por essa razão, muitas pessoas olham para o passado com nostalgia, acreditando que “aqueles eram os bons tempos”.

Mas será que essa visão pessimista e saudosa reflete a realidade do século XXI?

Ao compararmos o presente com décadas passadas, segundo o Professor Steven Pinker podemos descobrir que, na verdade, estamos vivendo em tempos de grandes avanços, embora muitas pessoas frequentemente ignorem esses fatos. A mídia, frequentemente, destaca as manchetes mais chocantes do presente, o que pode nos levar a crer que estamos em constante declínio. No entanto, quando analisamos dados objetivos e consistentes ao longo do tempo, um panorama diferente emerge.

Se usarmos um “padrão constante” para medir o bem-estar ao longo do tempo, o progresso humano torna-se evidente. Por exemplo, nos Estados Unidos, nos últimos 30 anos, a taxa de homicídios caiu de 8,5 por 100 mil pessoas para 5,3. Os indicadores de pobreza mais aceitos também apontam para um decréscimo significativo. E o Professor Steven Pinker apresenta outros números para suportar sua tese.

Em 2017, o mundo acompanhou 12 guerras em andamento, 60 autocracias vigentes, 10% da população mundial em extrema pobreza e, ainda, identificou mais de 10 mil armas nucleares. Mas 30 anos antes a história registrava 23 guerras, 85 autocracias e 37% da população mundial em extrema pobreza, com mais de 60 mil armas nucleares. Vale comentar que, na apresentação, o Professor Steven Pinker afirma que esses resultados positivos resultam de avanços concretos em políticas públicas, conquistas científicas e melhorias nas instituições que regulam e protegem a sociedade.

E então vem a pergunta: Por que tantas pessoas – especialmente intelectuais – são céticas em relação à ideia de progresso?

Uma possível explicação está na psicologia cognitiva. Temos a tendência de superestimar riscos e perigos, muitas vezes baseados na facilidade com que lembramos de eventos trágicos e violentos. Além disso, a mídia tende a focar em notícias negativas e derrotistas, uma prática famosa conhecida pelo ditado: “O que sangra é o que vende”.

Esse foco excessivo no negativo pode nos levar a um pessimismo indiscriminado, algo bem perigoso. Quando acreditamos que tudo está irremediavelmente perdido, a tendência é ceder ao fatalismo ou ao radicalismo. Alguns podem pensar: “Se nada do que fazemos melhora a situação, por que tentar?”. Outros, diante de um suposto colapso das instituições, podem optar pela destruição total, na esperança de que algo melhor surja das cinzas.

Conforme dados apresentados pelo Professor Steven Pinker, nós nos tornamos mais seguros em quase todos os sentidos. Ao longo do último século, estamos 96% menos propensos a morrer em acidente de carro, 88% menos propensos a sermos atropelados na calçada, 99% menos propensos a morrer em um acidente de avião, 95% menos propensos a morrer no trabalho, 89% menos propensos a ser mortos por um ato de Deus, como seca, inundação, incêndio florestal, tempestade, vulcão, deslizamento de terra, terremoto ou raios, dadas as melhorias na capacidade de prevenção e infraestrutura adequada.

Mas esse progresso não aconteceu de forma mágica ou inevitável.

Ele resulta de esforços humanos orientados por um princípio fundamental: o uso da razão e da ciência para melhorar o bem-estar da sociedade. Porém, o progresso sempre vem cercado por novos desafios – como as mudanças climáticas e o risco de guerra nuclear –, e devemos enxergar esses problemas como oportunidades para encontrar novas soluções, e não como sinais de um apocalipse iminente.

A ideia de progresso está enraizada no século XVIII, quando surgiu a crença de que a aplicação da razão e do método científico poderiam trazer melhorias concretas para a humanidade. Esse processo de resolver problemas não é perfeito, mas tem se mostrado eficaz. Ao longo da história, temos enfrentado grandes desafios, como fome, doenças, pobreza extrema, mortalidade infantil e analfabetismo. Hoje, as estatísticas mostram que esses problemas foram drasticamente reduzidos.

Embora a natureza humana seja muitas vezes descrita como um obstáculo ao progresso – marcada por egoísmo, violência e irracionalidade – ela também contém os recursos que nos permitem superar nossos próprios desafios. Somos dotados de uma capacidade de raciocínio único, de empatia, compaixão e imaginação. Essas qualidades, quando canalizadas por normas e instituições esclarecidas, tornam possível o avanço da civilização.

Conforme o pensamento do Professor Steven Pinker, não devemos ver o progresso como processo sobrenatural ou predestinado. Ele é fruto de decisões conscientes e esforços contínuos para melhorar o bem-estar humano. Ao reconhecermos que a natureza humana contém tanto o problema quanto a solução, podemos encontrar formas de contornar nossos defeitos e criar sociedades mais justas e prósperas.

O Professor Steven Pinker lembra que o progresso não significa que tudo vai melhorar para todos o tempo todo.

Novos problemas surgirão à medida que resolvemos os antigos. No entanto, isso não deve nos desencorajar. Ao contrário, devemos continuar aplicando o conhecimento e a ciência para resolver os desafios e buscar sempre maneiras de melhorar a vida das pessoas.

A apresentação deixa claro que nunca teremos um mundo perfeito, e que a busca pela perfeição pode ser frustrante. Mas não há limites para as melhorias que podemos alcançar se continuarmos a aplicar o conhecimento e a ciência para promover o desenvolvimento. A história do progresso humano é, de fato, uma narrativa heroica e verdadeira, e cabe a cada um de nós continuar escrevendo esse capítulo.

Avaliando os dados e a história, o Professor Steven Pinker afirma que o progresso não é apenas uma ideia abstrata, mas um fato concreto. Estamos vivendo mais, melhor e com mais liberdade do que nunca antes. O mundo tem seus desafios, mas temos também mais ferramentas e conhecimento do que nunca para superá-los. Se formos guiados pela razão e pela busca incessante de soluções, podemos continuar construindo um futuro mais próspero para todos.

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Quer saber mais sobre como o progresso humano pode transformar o futuro da sociedade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar e aprofundar o tema.

Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.

Até nossa próxima postagem!

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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