Na semana passada, assisti a um vídeo muito interessante no TED com o especialista em educação e criatividade Ken Robinson. No seu discurso bem humorado e inteligente ele questiona por que a maioria das pessoas passa a vida odiando o que faz, “aguardando o final de semana”, enquanto que outras encontram e desenvolvem o seu talento. Ele faz uma viagem ao universo da educação, questionando a metodologia de ensino e a sua falta de direcionamento para as verdadeiras habilidades dos alunos.
De todo o seu discurso, o que mais chamou a minha atenção foi o fato das escolas não incentivarem os seus alunos a errarem. Pelo contrário, todo o erro é considero vergonhoso e um verdadeiro fracasso. Ou seja, o modelo educacional não prepara as crianças, os jovens para o erro. Segundo ele, aquele que não está preparado para errar jamais fará algo de original. “O atual sistema educacional mata a criatividade”, afirma.
Correlacionando o tema com mudanças, percebo porque a maioria das pessoas tem medo das mudanças. Mudar significa correr riscos. Significa ter que cair e levantar, corrigir a rota, aprender e evoluir. Significa desapegar-se do próprio fracasso, afinal não existe sucesso sem derrotas. Através das derrotas podemos lapidar habilidades, desenvolver novas capacidades e potencialidades.
A grande questão é que não fomos ensinados a arriscar, a errar. Carregamos no nosso subconsciente o registro de que errar é feio. Quando nos deparamos com o desafio da mudança em nossas vidas, o primeiro instinto é ter medo. Medo de errar e ter que retornar, medo do que os outros irão pensar, medo de não sermos bons o suficiente.
Segundo Ken, somos formados por um sistema educacional fast-food, em que tudo é padronizado, industrializado. E como podemos fugir da padronização? Aprendendo a buscar as próprias respostas. Aprendendo a questionar pensamentos, sentimentos e atitudes. Quando você descobre suas próprias respostas, torna-se dono do seu próprio mundo. Com esse poder, não há medo que impeça a mudança.
Participe da Conversa