Meus amigos leitores, hoje vou me dar a liberdade de tratar de algo que eu não gosto e não costumo fazer. Recebi mensagem de um grande amigo, pessoa que conheci nos idos de 1980, que me fez refletir bastante. Creio que, após a leitura tudo parecerá muito óbvio, mas, na essência, o que se pode concluir é como “o ato de viver é um constante desafio de adequação e aprimoramento pessoal”.
No nosso Espaço do Coach temos milhares de leitores e a estatística mostra que há grande concentração de pessoas na faixa dos 30 a 35 anos. Muitos se tornaram Coaches e outro tanto tem foco (ou interesse) profissional relacionado com o desenvolvimento humano, trabalhando em várias atividades afins como treinamento, seleção e contratação, escolhas de carreira, liderança, etc. E se voltarmos 10 anos da história do mundo, todos então estavam dando os seus primeiros passos na busca de concretizar os próprios sonhos profissionais.
Pensem em que estamos, agora, em 2005. No Brasil, explode a crise que ficou conhecida como Mensalão. Um ano que está marcado por furacões e desastres da Natureza, bem como pelo recrudescimento dos conflitos políticos entre forças muçulmanas e os Estados Unidos. Entre tantas pessoas conhecidas, morreram o cientista Cesar Lattes, o palhaço Arrelia, o sambista Bezerra da Silva, a cantora Emilinha Borba, o comediante Ronald Golias, a virtuose do violão Helena Meirelles, o arquiteto Simon Wiesenthal (mais conhecido como alguém que se dedicou a identificar nazistas escondidos pelo mundo), o dramaturgo Arthur Miller, o Príncipe de Mônaco Rainier III, o Papa João Paulo II e Terri Schiavo, a primeira pessoa a ter autorização para um processo de eutanásia.
Hoje (2005), ainda não criaram o Youtube nem o Netflix. Para assistir um filme antigo de sucesso, você precisa ir a uma locadora de vídeos ou ter sorte de ele estar na programação de TV (sem alta definição). Ir ao cinema de taxi depende da sorte de passar um ou ligar a uma cooperativa, pois o I99 ou Easy Taxi… nem pensar. Hoje (2005), o Facebook está engatinhando, o comércio eletrônico fica vinculado a CDs, Livros e DVDs, pois ninguém acredita que se poderá avançar com outras modalidades e itens negociáveis, tais como joias, roupas, tênis, automóveis ou apartamentos.
O celular, com a sofisticação do que temos como smartphone, é coisa de filme de ficção. Imagina só se um dia será possível alguém conversar vendo o outro à distância e de graça (Skype). Ou então, mandar mensagens de voz e imagens, pelo próprio celular, e também de graça (WhatsApp). E é duro de acreditar que esse aparelho ainda poderá ter um localizador de posição em qualquer lugar do mundo (GPS), com o mapa do local perfeitamente identificado (Google Maps). Na perspectiva de quem estava em 2005, tudo isso era um sonho muito distante que, agora, completa 10 anos.
Voltemos a 2015. Pergunto: com tudo o que aconteceu no mundo e com essa verdadeira revolução tecnológica, nos últimos dez anos, como você (Coach) se reinventou como pessoa e como profissional para poder atender seus clientes? Você já percebeu que muitos dos problemas que os clientes relatam são derivados exatamente da incapacidade que eles têm em lidar com mudanças e impactos tão fortes no cotidiano? Já imaginou o que está programado para acontecer nos próximos dez anos, e como você (Coach) precisa se reinventar para ajudar seu cliente a fazer o mesmo?
A sociedade começa a debater novas formas de conceituar a família. Ao mesmo tempo, há uma pressão crescente contra as fraudes e atos de corrupção, em todos os níveis. A violência no mundo tem agredido a sensibilidade humana em relação às outras pessoas. A Natureza tem mostrado sinais de esgotamento e a economia mundial sofre constantes crises. Não há duvida que cada pessoa recebe forte impacto diário e isso gera a necessidade de adaptação para seguir em frente. E se o Coach continuar sendo o mesmo, em suas práticas e metodologias, não conseguirá mostrar-se um elemento de apoio às transformações que os clientes precisarão enfrentar. Já pensou nisso?
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