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O Risco de Ser Só: O Desafio de Ser Autêntico em um Mundo Competitivo

Descubra como a autenticidade pode ser desafiadora em um mundo que valoriza mais as aparências do que a essência. Entenda os riscos e as recompensas de simplesmente ser você mesmo em meio à competitividade e ao desejo de aceitação social.

O Risco de Ser Só: O Desafio de Ser Autêntico em um Mundo Competitivo

O Risco de Ser Só: O Desafio de Ser Autêntico em um Mundo Competitivo

Existe um ambiente imaginário onde é vital se destacar. Não pelo que se é, mas pelo que se aparenta ser. A competitividade, sem causa real, atormenta muitos e coloca pessoas em uma luta constante para chamar a atenção.

No trânsito, o meu ritmo tenta se impor ao fluxo. Se alguém me ultrapassa, fico com uma leve e elegante, mas real, sensação de estar perdendo algo. Nas conversas entre amigos, sempre preciso ter o comentário surpreendente, a palavra final, o argumento decisivo.

O que faz com que, para muitos, haja um prazer especial em vencer alguém, mostrar-se mais habilidoso, mais rápido, mais criativo, mais engraçado? Sim, somos mamíferos, precisamos fazer parte de uma tribo, precisamos sobreviver nos sentindo parte de um grupo, seja ele qual for.

Mas o que há de tão especial em ter que ser o Macho Alfa, a Frozen da turma, o mais destacado, mais isso ou mais aquilo? O que explica a necessidade de adicionar algo ao que eu sou, nem que seja com “anabolizantes” mentais, para que eu me destaque? O que faz com que uma pessoa só se sinta viva se estiver em guerra com alguém, por alguma coisa, algum lugar ou algum status?

E, mais importante, quanto daquilo que eu levo comigo como se fosse meu, na verdade, faz parte de um grande acordo social, no qual é preciso tomar como suas algumas afirmações que, na verdade, consciente ou inconscientemente, fizemos um “copia e cola” e enxertamos em nossa consciência. Adotamos uma ideia, um conceito, que, na verdade, é de outra pessoa?

O que faz com que seja, para muitos, tão difícil simplesmente ser o que se é, e viver a vida procurando sempre ser melhor hoje do que se era ontem?

Um dos mais importantes aprendizados nessas décadas em que eu trabalho lidando com gente e com os dramas e desafios pessoais, tão comuns entre a gente, é que a simples ideia de “só ser” traz consigo o risco de “ser só”. Para ser “da tribo”, é preciso pensar como a tribo, falar como a tribo, afirmar verdades que são verdades dentro de uma bolha.

Para uma criança, um comportamento “seguro” é clonar o pensamento e as verdades dos pais. Os bonzinhos comportam-se, na maior parte do tempo, exatamente como define o manual dos bons modos escrito pelos pais. Quem não faz assim, costuma sofrer mais. Ser autêntico, aprende-se logo cedo, pode ser custoso.

Na adolescência, o lugar mais confortável é daqueles que agem como a turma, “pensam”, ou pensam que pensam, exatamente como a turma. Adquirem os hábitos da turma e, portanto, merecem fazer parte da turma. Remar contra a maré significa perder seu lugar ao sol, seu direito de fazer parte, seu conforto e a inocência de viver para agradar, recebendo a recompensa de ser querido. Se ousar ser diferente, surge o medo, real ou imaginário, de ficar só, de ser banido, rejeitado, mal amado.

Com a maturidade e o desenvolvimento da chamada inteligência emocional, pode-se ser o que se é, pagando o preço de apenas ser. Mesmo que, pensando como genuinamente pensamos, corremos o risco de nos vermos isolados na hora da mesa.

Em tempos de cancelamento, quantos preferem não dizer nada a correr o risco de ser banidos?

Só ser, é bom que se diga, não é apenas escolher este ou aquele pensamento, esta ou aquela máscara social, apenas para ser “diferente”, como se o pensamento fosse um piercing ou uma tatuagem, um mero recurso estético de autoafirmação.

No entanto, o que caracteriza os sábios é sua capacidade de expressar seu pensamento claramente, sem necessidade de vencer batalhas a cada discussão, sem necessidade de se achar melhor do que alguém que pense diferente. Somente ser, despido de vaidades, correndo o risco de desagradar, faz toda a diferença. Se não para o mundo, mas para quem é aquilo que é.

Simplesmente ser, despido de arrogância, soberba ou orgulho. Se a sua afirmação puder ser humilde e sincera, não para agradar, mas apenas para permitir que outros pensem diferente, a vida torna-se mais leve. Ser ultrapassado na piscina, no trânsito ou no desenvolvimento de sua carreira por colegas mais rápidos, com mais pressa, sabe-se lá a razão, ou mais inteligentes, está tudo bem.

Dê passagem e deseje felicidades. Isso liberta o ser humano de uma vida excessivamente competitiva e permite que a própria pessoa seja sua meta. Ser melhor que si mesmo, pelo menos um pouquinho melhor, pode ser a meta de todos os dias.

Se isso te fizer melhor que alguém, deixe que os outros reconheçam isso. E aos apressadinhos, dê passagem e siga na sua toada. Em paz, conquistando seu aprimoramento e corrigindo seus erros.

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Quer conversar mais sobre o dilema entre ser autêntico e enfrentar o risco de isolamento social em um mundo que valoriza a competitividade e a aparência? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar com você.

Almir J. Nahas
Consultor Sistêmico
https://olharsistemico.com.br/

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Almir J Nahas é jornalista, palestrante, professor e facilitador de Constelações Familiares e Organizacionais desde 2004. Durante muito tempo pensou que trabalhava com informação e conhecimento, até descobrir que trabalhava com GENTE.
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