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O Seu Valor está em Ser ou Ter?

Às vezes as dificuldades e os problemas que enfrentamos na vida, especialmente os financeiros, podem ser bastante desafiadores, mas o importante é encontrarmos o nosso valor que está muito além do TER.

O Seu Valor está em Ser ou Ter?

O Seu Valor está em Ser ou Ter?

Olá!

 

Como você está? 

 

Eu estou bem! Feliz em estrear aqui a minha coluna para falar de finanças e relacionamento, parecem coisas diferentes, mas posso afirmar que não são. 

 

Tenho mais de 20 anos trabalhando no mercado financeiro, e nesta trajetória o que mais aprendi foi como lidar com pessoas, estudei muito: Fórmulas matemáticas, cálculos, planilhas, vários tipos de investimentos, riscos e toda aquela linguagem típica da área que só afugentam os investidores. 

 

Os clientes chegam com suas reservas te olham e esperam que o planejador financeiro faça o melhor, mas não é uma tarefa nada fácil, caso este profissional não consiga se conectar, qual história por traz daquele montante? 

 

Talvez seja por uma vida inteira de trabalho, repleta de renúncias, sacrifícios, talvez este recurso tenha sido deixado pelos pais que pelo preço do trabalho nem puderam usufruir. É muito além de olhar o passado do caminho daquele dinheiro é também olhar para frente, o que ele vai entregar? 

 

O sonho de uma nova família, casa, filho, a viagem, a segurança. Até aqui não foi feito nenhuma conta matemática, só histórias que já se passaram e as histórias que estão por vir. 

 

E é nesta reflexão e sensibilidade que tenho trabalhado ao longo destes anos, e vários aprendizados consegui extrair e muitos deles quero compartilhar aqui com vocês, é muito melhor aprender com estas histórias e evitar várias “dores” que algumas tiveram que passar. 

 

Espero que gostem da minha coluna! 

 

Carol Guimarães

O Seu Valor está em Ser ou Ter?

Hoje vou compartilhar com vocês sobre a vivência que tive com um dos meus clientes, e o tanto que tive que acolhê-lo e ter muita sensibilidade para conduzir o seu planejamento, vou chamá-lo de Nelson (nome fictício para preservar a privacidade).

Sr. Nelson estava há quase 2 anos com uma dívida muito alta. Várias tentativas de contato por telefone e e-mail, mas eu insistia e convidava para tomar um café na agência. Até que um dia ele foi; um homem de estatura alta, grande, com seus 60 anos, olhar muito melancólico e tímido.

Naquele momento em que o conheci pessoalmente percebi que deveria ter muito cuidado. Assim na sua primeira visita eu apenas quis conhecê-lo, saber sua história, o que ele fazia e de forma sutil ele foi se abrindo.

Tinha tido um grande patrimônio e há exatos 3 anos os pais faleceram. Ele relatou que já no velório os irmãos já começaram a batalhar pela herança e, por consequência, sua esposa pediu divórcio e parte também do patrimônio.

Foi nítido perceber que ele tinha dificuldades bem maiores que dinheiro.

Tivemos outros encontros e ele com muita relutância, em uma de suas visitas, acabou confessando que esteve 3 meses na UTI, pois tinham atentado contra a sua vida.

Tinha claro que manter o meu papel de gerente de banco, mas deixei um pouco este papel e sugeri algumas ações.

Ele tinha vários carros clássicos e começou a prestar serviços de motoristas para festas de casamentos, debutantes entre outros. Isso o impulsionou, voltou a gerar renda.

Então, pedi para alguns corretores de imóveis que ajudassem na venda de algumas propriedades dele. Como também tinha percebido que ele era generoso, comentei que a igreja do bairro precisava de água. Ele passou a ser voluntário da comunidade da igreja, e assim pouco tempo depois vi como ele reagiu. Era como se tivesse reencontrado sua identidade e o seu lugar no mundo.

Ah e sua pendência financeira? Sim ele renegociou e quitou todo o valor.

O que podemos aprender com o Sr. Nelson?

Por mais difícil que seja o assunto planejamento sucessório é primordial para uma família evitar brigas judiciais bem como desgaste entre os herdeiros. Fugir do tema só aumenta o sofrimento, sem falar nas despesas com impostos, custos cartorários e honorários advocatícios.

Existem várias ferramentas que em vida podemos contratar e já estipular como queremos deixar a divisão. Planos de previdência privada, seguros de vida e até mesmo uma constituição de holding familiar, com estes instrumentos a família conta com muita economia de impostos e acesso rápido dos valores.

Regime de casamento é algo muito importante também. Apesar de não ser nada romântico é extremante necessário para blindar o patrimônio nos casos de brigas conjugais. A família também pode incluir, tanto no patrimônio financeiro como o não financeiro, uma cláusula de incomunicabilidade evitando assim acesso do bem herdado ao cônjuge nos casos de divórcio.

E sobre o que aprendi com a pessoa do Sr. Nelson? Foi uma amizade construída com muito respeito e admiração, vi um homem que precisou buscar de forma solitária o seu valor, não se medindo apenas daquilo que já teve um dia, mas tudo que pode ainda fazer por si mesmo e pelos outros.

E o seu valor está em Ser ou Ter?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como cuidar de você e do seu dinheiro com equilíbrio? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre o tema.

Carol Guimarães
https://www.instagram.com/carol_investimentos/

Não deixe de acompanhar a coluna Cuidando de você e do seu dinheiro

 

Carol Guimarães é profissional do mercado financeiro há mais de 20 anos, coach de relacionamento e constelação sistêmica, possui Certificação CFP® (Certified Financial Planner) já ajudou centenas de famílias a cuidarem melhor do seu patrimônio, de forma humana e acolhedora.
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