O tempo é um dos princípios mais cruéis que conheço, e mostra o que ocorre no passado, prevê um futuro, mas se não agir no presente, o passado ficou na história, o futuro acontece de outra forma. Não tem jeito, sofremos e pagamos o preço por não agir em quanto há tempo.
Veja, olhando para nossa vida, fazemos história no nosso trabalho, anos após anos nas organizações e nem nos damos conta que estamos envelhecendo e o mundo lá fora está mudando; vivemos na “zona de conforto”, e as mudanças ocorrendo, mas o tempo nos avisa sobre isso.
Relendo Alvin Toffler em seus dois livros. Um deles, “Previsões amp; Premissas”, ed. Record, de 1983, ele já previa o que aconteceria na grande virada do século XX para o século XXI:
“Estamos sentindo os primeiros tremores de um terremoto econômico, e melhor seria que nos preparássemos para ele.
Enquanto falamos, o mundo capitalista do Ocidente sofre níveis mais altos de desemprego do que em qualquer outra época, desde a grande depressão da década de 30. Nações comunistas como a Polônia e a Romênia estão virtualmente falidas. A economia soviética arrasta os pés. Os sistemas bancários mundiais oscilam à beira do colapso. E as ideias de nossos economistas parecem mais distantes da realidade a cada hora que passa.
Não obstante, a natureza da crise é em geral mal compreendida. São obsoletos muitos de nossos conceitos econômicos mais fundamentais. Nem conservadores nem liberais, nem a “direita” nem a “esquerda” tem soluções, porquanto estão presos a compromissos ideológicos anacrônicos.
Em nossos esforços para impedir um colapso grave, estamos nos preocupando com fenômenos de superfície, em vez de nos focalizarmos na estrutura profunda, onde estão ocorrendo, na verdade, as grandes mudanças.”
Isso ele chamou de “A Convulsão Econômica”, em 1983.
Muitos dos grandes autores de Economia, Organização, Recursos Humanos, já tinham uma noção do que nos esperava, haja visto, que muitas organizações na década de 90, fizeram a chamada “Reengenharia”. Tudo estava sendo previsto, mas o que faltou para chegarmos aonde chegamos em 2017?
Sistemas de saúde falidos, Educação precária, Economia cada vez pior, as Empresas sucateadas, e o pior: as pessoas ainda não se prepararam para o grande desafio que este novo século nos coloca.
Tanto se fala do conflito de gerações, mas isso também era previsto, pois o próprio Alvin Toffler em 1973, já escrevia sobre isso, no seu livro “O Choque do Futuro” da editora Artenova, no capitulo denominado de “A 800a Geração”:
“Nas três décadas que nos separam do século XXI, milhões de pessoas comuns, psicologicamente normais, terão de enfrentar uma colisão abrupta com o futuro. Cidadãos dos países mais ricos e tecnologicamente mais avançados do mundo, muitos deles hão de achar o fato de se colocarem à altura de uma exigência incessante de mudança, que caracteriza o nosso tempo uma situação cada vez mais penosa. Para eles, o futuro terá chegado cedo demais.
A sociedade ocidental, nesses últimos 300 anos, tem sido arrastada num turbilhão de transformações. Esse turbilhão, longe de atenuar-se, parece que agora ganha uma densidade maior de forças. As transformações se expandem através dos países altamente industrializados, em ondas de velocidade que cada vez mais se aceleram e com um impacto sem precedentes.”
Bem, pensando em tudo isso, e fazendo uma profunda reflexão, o que nos resta é fazer bem rápido, é nos desenvolvermos cada vez mais, para adquirirmos competências necessárias para vivermos com as mudanças do século XXI, e a velocidade com que as coisas acontecem. Exemplo disso: preciso ter um modelo mental do século XXI (Mindset), desenvolver a cultura do Coaching, como sendo um Líder Coach, e a cultura do empreendedorismo, pois cada vez mais, isso nos será exigido, pois a competência de fazer a gestão das pessoas é atualmente a mais importante da Liderança, num mundo onde a exigência de adaptação à mudança exige um nível muito grande de interações e relacionamentos.
Por isso, comece a se preparar, para ter essas competências tão fundamentais.
Seja bem-vindo ao século XXI, apesar de já estarmos no início de 2018.
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