Objetivos são coisas sérias (parte IV) – Reversão Psicológica (Psychological Reversal)
Dando continuidade então às parte I, parte II e parte III deste artigo, publicadas em 03/06 e 01/07, respectivamente, vamos abordar hoje Reversão Psicológica (Psychological Reversal) e Coaching e Terapia
A Reversão Psicológica (Psychological Reversal) é uma das maiores descobertas da Psicologia nos últimos tempos. A Reversão Psicológica é um tipo de autossabotagem inconsciente que o indivíduo se impõe, tornando nulos não somente tratamentos físicos quanto psicológicos.
Trabalhar a Reversão Psicológica é uma das formas de se eliminar a autossabotagem inconsciente também nos planejamentos de metas e objetivos.
Creio que a Reversão Psicológica está na base do que foi chamada por algumas escolas de psicologia como ganho secundário ou intencionalidade da consciência e pela Programação Neurolinguística – PNL de intenção positiva do comportamento.
Conceituações à parte, saber qual é o ganho secundário ou qual a intencionalidade da consciência, ou ainda a intenção positiva do comportamento, por si só não resolverá nada.
Muitas vezes não é interessante fazer arqueologia psicológica, ou seja, aprofundar-se nos meandros do inconsciente do indivíduo para desenterrar possíveis causas de comportamentos prejudiciais no presente. Não em um primeiro momento. Vamos pensar um pouco: na arqueologia tradicional quando se desenterram os ossos – processo que é executado durante anos – com todos os ossinhos desenterrados é feita a remontagem… e aí, possivelmente, se vão mais alguns anos. Na arqueologia psicológica também.
Desenterrar e remoer traumas e tragédias, a priori, não traz cura nem evolução. Mudar as estruturas ou as representações internas (subjetividades) que fazem com que o indivíduo aja como age, num processo de profunda ressignificação podem trazer alívios imediatos (terapia breve ou superbreve) e duradouros.
Para nossa alegria e felicidade já existem muitas técnicas, que quando bem aplicadas, trazem o que se espera: conforto e bem-estar, além de continuarem agindo de forma generativa, ou seja, num processo dinâmico e que leva à evolução e ao autoaprendizado no processo terapêutico.
Fala-se hoje em tom pejorativo e sarcástico em autoajuda. Em primeira instância, eu prefiro a autoajuda à heteroajuda.
Particularmente, penso que a autoajuda deveria ser de interesse de toda pessoa que busca o crescimento pessoal. Explico-me:
No Portal de Delphos, no tempo de Sócrates, estava inscrito no pórtico do Templo: Conhece-te a ti mesmo. Ou seja, o oráculo já recomendava o autoconhecimento como o primeiro passo. Mas para o autoconhecimento, a rigor, não é necessária a arqueologia psicológica – um processo heurístico (de descoberta) bem conduzido produz uma análise (fragmentação) adequada, conduzindo o indivíduo ao centro de seus valores e propósitos.
Vamos resumir: Autoconhecimento + Autoajuda + Autocura = Evolução
Coaching e Terapia
É comum nos meios nos quais se pratica coaching dizer-se que coaching não é terapia – e não é mesmo.
Muitos coaches, inclusive, recomendam ou sugerem que o coach deve resistir à tentação de fazer a terapia do seu cliente (coachee), mesmo que o saiba.
Para mim, tais afirmações baseiam-se em três pontos:
- Onda de mercado: coaching é a bola da vez, precisamente pela sua efetividade, seu foco para objetivos;
- Coaches não terapeutas: alguns coaches que fazem tais afirmações não são terapeutas – há honrosas exceções, inclusive mundialmente renomados;
- Preconceito: para algumas pessoas soa pejorativo dizer que está fazendo terapia.
Entendo que se o coach tem qualificação terapêutica, especialmente em terapias breves, não há motivos para tal restrição. Aliás, hoje já se fala em Coaching Terapêutico – entre outros.
Particularmente – como tenho qualificações terapêuticas – se vejo um prego levantado e já estou com o martelo na mão, não me custa dar uma martelada, ou seja, se percebo que há algo no passado que possa ser resolvido de modo breve, intervenho. Sejamos coerentes: se for detectado algo cujo enraizamento dificulte o processo de Coaching e demande muito tempo, uma solução pode ser a realização do processo terapêutico separadamente.
Ainda complementando, coaching não é terapia, mas pode trazer resultados terapêuticos surpreendentes. Auxilia o indivíduo a focar-se nas suas qualidades, no seu momento presente, em seus potenciais, etc. Pode trazer toda uma nova significação à vida, além de tornar o cliente realmente uma parte ativa em sua própria vida.
Objetivos são coisas sérias!
Finalizando esta série de artigos, reafirmo que “Objetivos são coisas sérias”, sim. Que quando algo é realmente importante para nós, esse algo vai nos motivar a buscar todas as melhoras possíveis, pois sabemos que ao conquistarmos o tal objetivo conseguiremos olhar para trás, até o momento da decisão, e dizer: “Valeu a pena!”.
Ao concluir esta série, esperamos que ela tenha inspirado você a reconhecer e superar desafios psicológicos, e a se engajar ativamente na busca por melhorias. Cada passo dado é um passo mais perto do sucesso, e cada objetivo alcançado reforça que, sim, valeu a pena cada esforço.
Obrigado por me acompanhar nesta jornada profunda de autoconhecimento e transformação.
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Quer saber mais por que os objetivos são coisas sérias, Coaching com “C” maiúscula, PNL, níveis neurológicos e reversão psicológica? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Valdecy Carneiro
http://valdecycarneiro.com.br/
Confira também:
Objetivos são coisas sérias (parte I): Os 4 Quocientes da Inteligência (QI, QE, QS e QA)
Objetivos são coisas sérias (parte II) – Inteligências Múltiplas e Níveis Neurológicos
e Objetivos são coisas sérias (parte III): Coaching com “C” maiúscula e Programação Neurolinguística (PNL)
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