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Oceano Azul

Os nossos valores moram em um lugar muito profundo do nosso coração e servem como espinha dorsal do nosso caráter e atitudes. Quando não vivemos de maneira congruente com eles, o custo é altíssimo.

Olá, eu sou Andrea Lages, brasileira, vivendo há 4 anos na Inglaterra e há mais de uma década trabalhando em todos os continentes do mundo como treinadora e Coach Executiva. Fui convidada a escrever uma coluna na revista Cloud Coaching, convite ao qual aceitei com muito prazer!

Eles me pediram para me apresentar, contar um pouco da minha história, aqui vai… eu já trabalhei em várias áreas nesta vida: scuba diving (mergulho), direção de arte em teatro, televisão e finalmente cinema, PNL… mas desde o ano de 1999 eu decidi me dedicar ao Coaching.

Conheci o meu marido, Joseph O’Connor, quem também trabalhava na mesma área e resolvemos começar a trabalhar juntos.

Com o tempo e a experiência fundamos a Lambent (empresa de Coaching e Treinamento) www.lambent.com, escrevemos o nosso primeiro livro “Coaching com PNL – Como ser um Master Coach”, o qual já foi traduzido para 11 idiomas, incluindo o Português, fundamos a ICC – Internacional Coaching Community www.internationalcoachingcommunity.com, hoje já estabelecida como uma das maiores organizações de Coaching do mundo, presente em todos os continentes e escrevemos mais livros, rs… como, por exemplo, o “Como o Coaching Funciona” o qual foi nomeado ao prêmio “Best Business Book of the Year” do jornal Financial Times de Londres.

No entanto, a nossa maior criação se chama Amanda, uma menina abençoada, linda por dentro e por fora, a qual nos agraciou com a sua presença há quase 9 anos, e continuará nos encantando todos os dias enquanto vivermos, se Deus quiser.

Eis um pouquinho de mim. Será um enorme prazer dividir esta coluna com você e receber suas mensagens também!

Apresento então a vocês meu primeiro artigo aqui na Cloud Coaching: “Oceano Azul”. Espero que gostem!

Oceano Azul

Quero compartilhar uma experiência que eu tive recentemente.

Eu e Joseph, meu marido, temos uma filha linda chamada Amanda. Ela completará 9 anos em outubro deste ano.

Em agosto passado, nós fizemos um cruzeiro pelo Caribe. Em uma das paradas contratei uma sessão de “Snuba”, uma combinação de Scuba com Snorkel.

Eu trabalhei como instrutora PADI de mergulho há alguns anos, sou apaixonada por mergulho e achei o Snuba uma maneira prática e segura de introduzir a minha filha neste mundo do mergulho.

Enquanto esperávamos a nossa vez de sair, eu e a Amanda resolvemos fazer um pouco de snorkeling.

Inicialmente foi uma das experiências mais mágicas que eu já tive mergulhando. Amanda pegou o jeito rapidíssimo, manteve os braços na posição devida, usou o snorkel apropriadamente, inclusive para exauri-lo, estava tudo ótimo. Até que ela insistiu em seguir em frente!

Eu sinalizei para que voltasse em direção a praia, mas ela se negou, foi nadando cada vez mais rápido em direção ao mar aberto, estava tão empolgada que, claro que nem percebeu o que estava fazendo e quão longe estava.

Eu não tinha nenhum equipamento de flotação comigo, de repente estávamos eu e minha filha, em mar aberto somente com nadadeiras, máscara e snorkel.

O snorkel traz uma falsa sensação de segurança, eu sabia disso, ela não.

E antes que fosse tarde demais eu tive que alcançá-la, agarrar o braço dela fortemente, e rebocá-la de volta à praia. Chegando lá, ela recebeu aquela bronca! Ela ficou emburrada, afinal, eu tinha acabado com a diversão dela (e ela com a minha), mas o prazer de flutuar junto com a minha filha foi superado pelo instinto de proteção, de mãe.

Eu sei que ela estava feliz, assim como eu estava, explorando aquele lindo mar azul, mas houve algo que falou mais alto e terminou com a brincadeira na hora. E este ”algo” é um valor, a necessidade fundamental que eu tenho de proteger a minha filha. Claro que adoro me divertir com ela, e isso também é um valor importante para mim, mas quando algo ameaça a segurança e o bem-estar dela, eu esqueço da diversão e só penso em levá-la de volta à segurança. Imediatamente!

Os nossos valores moram em um lugar muito profundo do nosso coração e servem como espinha dorsal do nosso caráter e atitudes. Quando não vivemos de maneira congruente com os nossos valores, o custo é altíssimo. O sofrimento é muitas vezes insustentável ao longo do tempo.

Acontece que muitas pessoas podem chegar a viver, por anos, desalinhadas com os seus próprios valores. Por esta razão escolhi este tema para falar em minha coluna ao receber o convite para escrevê-la porque acredito que a nossa consciência e a qualidade do nosso relacionamento com os nossos valores, determina de maneira considerável a nossa realidade.

Nessa coluna nós falaremos disso, procurando responder sempre a uma pergunta muito simples e extremamente fundamental:

O que realmente importa?

Andrea Lages Author
⚙️ Lambent
Andrea Lages é a brasileira com a maior experiência internacional em Coaching. Ela já treinou centenas de pessoas de mais de 30 países e possui uma lista de clientes provenientes de vários países. Ela é co-fundadora e diretora global da ICC – International Coaching Community, uma das maiores organizações de Coaching do mundo, com sede na Inglaterra e presença em todos os continentes. É também fundadora e CEO da Lambent, uma empresa que oferece Coaching e treinamento para empresas e indivíduos, no Brasil e no mundo. Andrea é co-autora com Joseph O’Connor dos livros “Coaching com PNL – Como ser um Master Coach”, já traduzido para 11 idiomas, e do livro “Como o Coaching Funciona”, livro recomendado ao prêmio Best Business Book of the Year, do jornal Financial Times de Londres além de outros 5 e-books de Coaching.
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