Pessoal, hoje eu vou fazer algo que raramente me encanta, que é repetir longos trechos de material escrito por terceiros, mas eu recebi um texto muito interessante e não quero perder essa oportunidade. O conteúdo central é de Carol Kauffman, uma das mais expressivas pesquisadoras em Coaching, nos Estados Unidos e Diretora Executiva do Institute of Coaching, do qual sou um dos membros afiliados. Ela publicou um artigo com o título “Onde a intuição e a teoria se encontram”.
Segundo ela, a intuição é vista como uma parte fundamental do Coaching. E lança a pergunta ao leitor: mas o que é realmente a “intuição”? Como ela se manifesta positivamente no Coaching?
Para a autora, do ponto de vista cognitivo a “intuição” é a capacidade de sintetizar rapidamente vários níveis de informação. No cotidiano, um bom Coach traduz essa informação em questões-chave, comentários ou, eventualmente, nas observações de até onde o cliente pretende seguir. Na Psicologia, há o campo da estimulação subliminar, quando as coisas que não podemos ver subjetivamente transmitem a informação e abrem um caminho-guia para a reação necessária.
A pesquisadora questiona, então, qual o motivo para não aplicamos esse tipo de recurso a pontos que podemos notar sobre nós mesmos ou em nossos clientes. Você leitor, já se deu conta disso?
Continuando na mesma linha de pensamento, ela lembra que o Coaching não é uma disciplina linear, mas sim um processo emergente em vez de prescritivo. Ou seja, não há uma receita pronta! Por essa razão, nós devemos ser absolutamente ágeis para caminhar com os casos que nossos clientes trazem para resolver. Como diz um conhecido ditado popular, durante o processo de atendimento, “o Coach vai dançar conforme a música escolhida pelo Coachee”.
Carol conclui por afirmar que a “intuição” pode ser vista como habilidade que se desenvolve ao longo do tempo. E chama a atenção para uma advertência do Prêmio Nobel Daniel Kahneman – a intuição do mestre de xadrez é um fenômeno completamente diferente da intuição do novato. Então, para se tirar proveito da boa “intuição” é crucial estar em equilíbrio com o profundo conhecimento e não interromper o desenvolvimento das habilidades no nível mais qualificado possível. Precisamos cultivar muito bem ambos e saber qual o nível de pensamento é mais adequado a cada momento.
Alguém pode perguntar: porque o Mario Divo escolheu esse tema para hoje? É porque ele reafirma os princípios mais recentes de que tenho tratado neste espaço. Nenhum Coach será bem sucedido se permanecer estanque em suas práticas e não avançar na fronteira do conhecimento da profissão.
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