Conheço muita gente que ainda tem certo receio até mesmo de falar sobre investimento, imagina chegar a aplicar de fato seus recursos financeiros. No entanto, atribuo isso à falta total de conhecimento, afinal a prática não é nenhum bicho de sete cabeças e pode trazer muitos benefícios, se bem conduzida.
Uma das vantagens de se saber investir é conseguir realizar sonhos de maneira mais rápida e segura, isso porque, se a modalidade for a mais indicada para o prazo em que o objetivo se encaixa, a rentabilidade será muito boa, fazendo os juros trabalharem ao seu favor. Mas também, do contrário, pode fazer com que se atrasem os planos e até mesmo chegue a perder dinheiro.
Por esse motivo, tratarei um pouco do assunto nos próximos parágrafos, mostrando algumas das melhores opções do mercado e suas características, bem como seus riscos.
Ações
Comprar umaação significa ser dono de uma parte daquela empresa, por isso, estará sujeito a grandes rendimentos, mas também a grandes riscos, afinal, o mercado financeiro é instável, sofre muita especulação e pode mudar a qualquer momento. Para investir, paga-se taxa de corretagem para cada operação realizada (que varia de acordo com a corretora), de custódia e de emolumentos. Há incidência de Imposto de Renda.
Caderneta de Poupança
É uma modalidade segura e conservadora, por consequência, seu rendimento é baixo. Com a Selic em alta, não vem sendo muito atrativa. Não possui taxa de administração, não deduz do IR e não tem valor mínimo para começar a investir, no entanto, os valores mantidos por menos de um mês não recebem remuneração.
Câmbio
Investimento de alto risco, pois esta depende da variação do câmbio (fatores externos), por isso, é preciso estar atualizado com as notícias sobre economia e mercado internacional e políticas cambiais dos países. Também existe incidência de Imposto de Renda e IOF.
CDBs e RDBs
São títulos de renda fixa emitidos por bancos, considerados investimentos de baixo risco. A incidência do Imposto de Renda ocorre de acordo com o prazo da aplicação, isto é, quanto menor o tempo investido, maior a alíquota. Para prazos inferiores a um mês, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é cobrado.
Debênture
Para bancar os custos de emissão de debêntures é preciso dispender de altas quantias, pois é um processo caro. Os valores são pré-fixados e os aluguéis podem variar, isso porque existe a possibilidade de redução nos índices de reajuste.
Fundo de Investimentos
É um investimento de alto risco. Não há total autonomia na hora da decisão no que e como investir. Paga-se, no mínimo, 15% de Imposto de Renda sobre o lucro obtido e não há limite de isenção. É preciso bancar taxa de administração, além de, eventualmente, taxa de performance, taxa de ingresso e taxa de saída; despesas com corretagem, custódia, liquidação financeira de operações e de auditoria também estão presentes.
Fundos Referenciados DI
Um ponto muito importante para se atentar é quanto à taxa de administração. Quanto menor for a taxa, maior o rendimento para o investidor.
LCI e LCA
Não é recomendado para investidores iniciantes, por conta do alto valor mínimo para que se possa começar a investir. Prazo de 1 a 2 anos (definido no ato da aplicação) para fazer o resgate do dinheiro investido e seu rendimento.
Previdência Privada
Para saber se vale a pena o investimento frente aos rendimentos desta aplicação, é importante considerar todas as taxas e descontos. Na hora do resgate de planos PGBL, o imposto pago é sobre o total investido. É cobrada taxa de administração, além de carregamento (aporte de recurso) ou saída (resgate), dependendo da instituição em que o seguro foi contratado.
Títulos Públicos
Vêm se mostrando interessante nos últimos tempos e bem mais acessível do que antes. Também ocorre tributação do Imposto de Renda e do IOF (para aplicações com prazo inferior a 30 dias), dentre outros custos, como por exemplo, uma taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação. A aplicação inicial mínima equivale a 20% do preço do título a ser comprado.
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