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Onde você se sente em casa?

Como está o seu senso de pertencimento? A que você pertence? Com que pessoas você se sente amparado e cuidado? Em que você acredita?

pertencimento

Se antes escutávamos muitas notícias e pesquisas sobre depressão e ansiedade, imersos em uma pandemia, então não seria diferente. Não sou especialista no tema, logo não tenho a intenção de me aprofundar neles. Entretanto, gostaria de falar de um estado de ânimo que sinto que potencializa ambos, que é a falta de pertencimento.

Ao longo da história humana experimentamos diversas formas de pertencimento, nos povos mais antigos pertencíamos à tribo, depois aos impérios e reinados e hoje na sociedade moderna pertencemos a uma nação.

Outro pilar de pertencimento é a fé, guiados pela crença em algo divino (que nos protege, orienta e guia) sentimos que caminhamos amparados pelos desafios da vida.

Por fim trago o pilar “da família” que julgo ser importante na vida pessoal e social, pois nos ensina valores, limites e nos traz a sensação de ter um porto seguro. Para alguns talvez estes lugares não tragam as sensações que menciono, mas escrevo aqui desde o senso comum e minhas experiências.

Pare uns minutos para refletir:

  • A que você pertence?
  • Onde você se sente em casa?
  • Com que pessoas você se sente amparado e cuidado?
  • Qual a sua tribo?
  • Em que você acredita?

No trabalho acompanhei a história de alguns profissionais expatriados vindos de países distintos. E um ponto em comum me chamava atenção. O membro da família que não trabalhava nem frequentava escola, demorava mais para adaptar-se. Sempre procurei respeitar e compreender o processo de cada um.

Eu senti na pele a sensação de não pertencer quando cheguei em SP. No início nada nesta cidade me soava familiar. Para qualquer direção que eu olhasse não via o fim dos prédios. As milhares de ruas, avenidas e viadutos pareciam impossíveis de serem dominadas. E meus ombros travavam de tanta tensão quando comecei a dirigir aqui.

Me faltavam referencias simples, por exemplo: qual a minha padaria predileta, qual igreja que eu frequento e quem são meus amigos. Por sorte eu tinha aqui a minha prima Juci* de segundo grau, com a qual tive muita proximidade na adolescência. Crescemos juntas no interior de SC e foi graças à ela que fui encontrando aqui meu senso de pertencimento.

Ter escolhido morar no mesmo prédio que ela, por mais ilógica que parece minha decisão (trabalhava em Guarulhos e morava no Bairro Bela Vista) foi fundamental para que eu me sentisse amparada de fato. Eu tinha por perto alguém da família, que conhecia minha história desde sempre e com ela fui conhecendo pessoas e lugares que aos poucos foram se tornando familiares.

Se me permitir algumas sugestões, invista tempo com pessoas e lugares que te façam bem. Encontre seus refúgios onde você se sinta amparado e em casa. Cuide dos seus pilares e tenha um porto seguro pra descansar.

 

*Obrigada por ser a minha irmã de coração, sua presença suave e delicada é um alento neste mar de agitações.

Com carinho, Fran!

Gostou do artigo? Quer saber mais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Franciele Ropelato
https://www.linkedin.com/in/franciele-ropelato-84086b23/

Confira também: O que eu faço com aquilo que fizeram de mim?

 

Franciele Ropelato é HRBP, coach ontológica e organizacional com experiência profissional de mais de 20 anos. Atuou em empresas de manufatura e serviços nacionais e internacionais de diversos segmentos (têxtil, metalúrgico, plásticos, tecnologia e educação). É graduada em Administração de Empresas, especialista em gestão de negócios pela PUC e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV. Executive and Life Coach pelo Instituto ICI, Certificada em Coach Ontológico em Santiago do Chile pela Newfield Network e Coaching Organizacional pelo Institute for Generative Leadership – USA em parceria coma escola Newfield Network do Chile.
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