A crença e a cultura nacional empurram os jovens para as universidades, em busca de melhora na qualidade de vida, obtenção de maiores ganhos financeiros e segurança. Mas hoje verificamos que há falta de profissionais de nível médio, técnicos e especialistas em diversos segmentos.
Dois dos segmentos de mercado que mais crescem, em números absolutos, são o varejista e o agronegócio. Há pouca divulgação sobre as oportunidades nesses setores, que são, infelizmente, pouco reconhecidos e valorizados do ponto de vista da carreira — sofrem do estigma de “carreira sem glamour”.
Entretanto, em razão da dificuldade de se encontrar bons profissionais, aqueles que se destacam crescem com rapidez e são remunerados regiamente. Esses trabalhos são percebidos como de menor valor se comparados a profissões imperiais, como direito, medicina e engenharia e, por isso, registram alta rotatividade. São funções encaradas como transitórias.
Conversando com alguns executivos do comércio varejista, a queixa maior é a falta de pessoas qualificadas para o atendimento no comércio, de norte a sul do país.
Para reverter essa situação, os empresários e associações desses setores têm papel fundamental na valorização e no reconhecimento dos bons profissionais que atuam na área. É preciso pensar diferente para evitar o “efeito manada”. Incentivar as pessoas a inovar e recriar a identidade do negócio, a fim de encontrar modelos diferentes dos tradicionais.
Para quem deseja atuar nesses segmentos, vale a pena conhecer e pesquisar mais sobre as diversas carreiras que vão desde a produção até as gôndolas dos supermercados.
Competências altamente desejáveis são: excelente comunicação verbal, habilidade de relacionamento, negociação, capacidade analítica, iniciativa e criatividade. Existem programas de formação técnica para o varejo, mas, para quem deseja se aprofundar, há graduações, pós-graduação e até MBAs sobre o tema. Tirar os olhos dos grandes centros também pode ajudar a ampliar a visão desses mercados potenciais.
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