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Demissão não precisa ser “exclusão”

A saída de um colaborador ou um sócio da organização pode trazer algum tipo de “herança maldita” para o sistema, caracterizando-se numa exclusão? Sim, pode. Mas não necessariamente.

Ordens do Amor: Demissão não precisa ser “exclusão”

Demissão não precisa ser “exclusão”
Todos os que tem algum conhecimento sobre as chamadas Ordens do Amor, que são a base do trabalho das Constelações Familiares, já sabem que o Pertencimento, o direito a um lugar na família, é uma lei básica para proporcionar a fluidez, a leveza e a facilidade em diferentes aspectos da vida e problemas de relacionamento. E que a desordem correspondente, a exclusão, traz problemas para o sistema familiar.

Os mesmos princípios que valem para as famílias, valem também para as empresas, de todos os portes. Porém esses princípios atuam de maneiras diferentes. A saída de um colaborador ou um sócio da organização pode trazer algum tipo de “herança maldita” para o sistema, caracterizando-se numa exclusão? Sim, pode. Mas não necessariamente.

Ao contrário da família, onde existem os vínculos sanguíneos, que são indissolúveis, uma vez que nascemos numa família, nós não nascemos numa empresa. Nós um dia abrimos um negócio ou passamos a trabalhar nele.

E podemos, assim como um dia nos tornamos membros de um sistema organizacional, um dia deixar de ser. Empresas abrem e fecham, são compradas, vendidas, fundidas. As relações societárias se alteram ao longo do tempo de existência do CNPJ, é um movimento inerente à natureza da pessoa jurídica (e dos negócios informais).

Assim, o que caracteriza uma exclusão é a maneira como uma pessoa deixa de pertencer ao sistema empresarial. O que motivou o desligamento? Como conduziram o processo de demissão, por exemplo, ou o distrato de uma sociedade?

Um caso: numa empresa de médio porte, bem administrada, prosperando, uma gerência especificamente tinha um sério problema de rotatividade numa função gerencial. Parecia de tinha pregos na cadeira daquela gerência.

Os profissionais recrutados, seguindo os mesmos critérios e modelos aplicados no recrutamento de outros gerentes, não permaneciam no cargo por mais de alguns poucos meses. Feito técnicos da maioria dos times de futebol.

Numa constelação, dentro de um processo de consultoria sistêmica, ficou evidente que a raiz do problema estava na maneira como demitiram um antigo gerente. Ele funcionava muito bem com a equipe, seu desempenho bem avaliado, e ele estava, aparentemente, preparando-se para ocupar posto mais alto na organização.

Sua demissão não se deveu, portanto, à sua desmotivação ou desalinhamento com as metas ou seu perfil pessoal que gerava problemas no clima organizacional. Puxaram o tapete dele. Alguém hierarquicamente superior sentiu-se ameaçado, e numa atitude antiética, forçou a saída do tal gerente.

Essa injustiça não ficou explícita, mas a equipe sentiu, e mais que isso, a organização “sentiu” (sim, isso acontece, sem mistificação). Algum tempo depois, o diretor que causou a demissão acabou sendo desligado, mas o problema com a cadeira do gerente injustiçado permaneceu.

Somente quando o excluído foi “visto”, reconhecido e sua contribuição para a empresa e as pessoas que ele ajudou a crescer honraram sua atuação na justa medida, o peso da exclusão foi dissolvido e a vaga deixou de carregar a maldição. Esse movimento de exclusão, feito na Constelação, com a presença do gestor do RH que contratou a consultoria sistêmica.

Esse foi um caso que vivenciei, em que o contexto fenomenológico da Constelação permitiu identificar a raiz oculta de um problema e apontar o passo a ser dado para a solução. O inexplicável turn over daquela gerência específica foi sanado.

Como disse Bert Hellinger:

“quando o passado é honrado na justa medida, ele pode ficar no passado, e serve ao futuro de bom grado.”

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as ordens do amor e por que a demissão não precisa ser exclusão? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar com você.

Almir J. Nahas
https://olharsistemico.com.br/

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Palavras-chave: ordens do amor, constelações familiares, demissão, exclusão

 

Almir J Nahas é jornalista, palestrante, professor e facilitador de Constelações Familiares e Organizacionais desde 2004. Durante muito tempo pensou que trabalhava com informação e conhecimento, até descobrir que trabalhava com GENTE.
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