A postagem anterior abordou o que são as principais áreas de conhecimento necessárias ao excelente desenvolvimento profissional do Coach. Elas são: “Psicologia”, “Business”, “Organização” e “Coaching”, valendo relembrar que ninguém consegue ser igualmente preparado e eficaz em todas elas. Especificamente, quanto ao “Coaching”, os estudiosos apontam nove atributos, divididos entre o que é essencial (básico) e o que é desejável (avançado). Neste primeiro de três artigos específicos, vamos detalhar três atributos em cada postagem, começando hoje por (1) maturidade e autoconfiança; (2) capacidade de transmitir energia positiva, e; (3) a assertividade.
O atributo maturidade e autoconfiança requer, basicamente, que o Coach se mostre confortável na relação com o cliente. Demonstrar maturidade significará, no aspecto técnico, evidenciar experiência pessoal e profissional que pode contribuir com as expectativas do Coachee. Mostrar autoconfiança, resumidamente, dará liberdade ao profissional para colocar em desafio as próprias habilidades e perspectivas. O Coach, mesmo quando autoconfiante, precisa ser humilde, com a consciência de que o sucesso surge a partir dos esforços coletivos e não apenas do seu. E será excelente se, além disso que chamamos de básico, o Coach tiver a habilidade de sempre construir a sensação de conforto para o cliente de seus serviços, mesmo tendo que usar de coragem em situações inesperadas ou mesmo quando os caminhos fogem do senso comum e avançam por terrenos perigosos e arriscados.
O segundo atributo do Coach, de que trataremos hoje, é a capacidade de transmitir energia positiva. O verdadeiro e dedicado profissional deve ter energia, otimismo, bom humor e entusiasmo. Mais do que isso, precisa incutir a “esperança” como parceira do trabalho. O profissional experiente e autoconfiante saberá administrar as próprias emoções e é absolutamente resiliente. Tem a habilidade de estimular o pensamento criativo para o cliente viabilizar novas possibilidades para atingir o objetivo.
O terceiro atributo de que trataremos hoje é a assertividade. Como um ponto fundamental, ser assertivo é saber estabelecer limites e até dizer “não” de forma adequada ao contexto do trabalho. É saber enfrentar o cliente sempre que este não estiver seguindo os compromissos assumidos e abordar, sem receio e educadamente, questões difíceis ou sensíveis. Porém, o Coach precisa ir além disso ao desenvolver a capacidade de pesquisa, construindo uma base de conhecimento que lhe permita debater teorias e eventuais procedimentos metodológicos, até com outros Coaches experientes.
Na semana passada, fiz o desafio para que cada leitor construisse sua Roda de Atributos e verificasse como anda o seu conjunto de atributos colocado à disposição dos clientes. Certamente, não se vai usar deste espaço para comparações, pois o que cada Coach precisa é adequar o equilíbrio entre os seus nove atributos. Na próxima semana, a segunda parte da matéria irá abordar a sensibilidade interpessoal, a abertura ao diálogo e flexibilidade, e, ainda, a orientação ao objetivo do cliente.
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